Capítulo 3

1.7K 467 88
                                    

Oi, ovelhinhas! Saindo mais um capítulo para vocês!

❤️❤️❤️

❤️❤️❤️

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

❤️❤️❤️

Ana Flor

Depois do teste de farmácia ter dado positivo, eu fiz um exame laboratorial para tirar a dúvida. E deu positivo! Por uma fração de segundos, eu pedi e implorei a Deus que o teste estivesse errado, pois eu não queria acreditar que esperava um filho do Alessandro. Não sabia como faria para esconder a minha barriga por muito tempo. Não sabia quanto tempo de gestação eu estava e nem lembrava quando foi a última vez que tomei o anticoncepcional.

Nos dias que se seguiram eu vivi em um forte estado de provação. Quase não dormia à noite e não comia direito, pois passava a maior parte do tempo enjoada. Estava sendo muito difícil disfarçar o meu desconforto diante dos meus pais. Abalada e sem perspectiva, eu trabalhava durante o dia na farmácia e à noite me refugiava em meu quarto, dando desculpa que estava cansada. A minha mãe estava cismada, e me perguntou se estava tudo bem. Respondi que era o cansaço por conta do trabalho e que logo, me adaptaria. O meu pai me olhava desconfiado, mas não fazia comentários. Na verdade, desde que saímos de Florença do Sul, ele quase não me dirigia a palavra, apenas nos cultos e em momentos extremamente necessários. Era sua maneira de deixar claro o quanto estava insatisfeito comigo e que não perderia a oportunidade de usar a situação contra mim.

Maria Alice sempre estava ao meu lado, e algumas vezes presenciou meu mal-estar. Minha filha também perguntou se eu estava bem e tive que mentir para ela, assim como estava fazendo com todos. Eu me sentia horrível e perdida em todos os sentidos. Rezava todos os dias, de dia e de noite, tentava me conectar com Deus, implorar por sua misericórdia mesmo sabendo que eu não era digna do seu perdão.

Às madrugadas, eu me joelhava sobre os grãos de milho, aos pés da cama, fechava os olhos e rezava. A maioria das vezes eu nem conseguia terminar de ler um trecho da bíblia. As lágrimas banhavam meu rosto e nublavam a visão. Meu peito parecia que rasgava, de tanta agonia. Depois de muito chorar, eu me arrastava na cama e dormia ao lado da Maria Alice. Sabia que precisava controlar minhas emoções, procurar um médico para iniciar o pré-natal, mas ainda era tudo tão novo para mim que eu não conseguia pensar direito.

Falei com a Patrícia, minha colega de trabalho, e pedi a ela que não comentasse nada sobre a minha gravidez. Eu tinha medo de que o gerente da farmácia me colocasse na rua. Eu não podia ficar desempregada. Como eu iria sustentar duas crianças se eu não estivesse trabalhando? Eu precisava ser forte para enfrentar mais essa atribulação que a vida me dera.

A rotina de São Paulo era outra coisa que me deixava angustiada. Os prédios cinza, o barulho das buzinas e motores dos carros, poluição, correria. Era tão deprimente. Florença do Sul era verde, tranquila, as pessoas conheciam umas às outras. Eu sentia falta de Florença do Sul, da tranquilidade de cidade interiorana, da cafeteria, dos amigos que fiz lá, mas, sobretudo do Alessandro. A sua ausência em minha vida me rasgava ao meio, estilhaçava o coração, os sonhos de um futuro bom, de viver ao seu lado, amar e ser amada.

Flor do éden - redenção e amor - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora