Tudo que eu menos quero é abrir os olhos e acordar para minha realidade, onde me declarei para o cara que eu gosto me rejeitou de certo modo. Ele fora gentil comigo, mas mesmo tenho medo do que me espera na escola. Minha mãe me chacoalha para me acordar, mas já estou acordado. Levanto e vejo que minha irmã ainda dorme com minha sobrinha. Pego o celular e sigo para o banheiro, para tomar banho.São cinco e cinquenta da manhã. Sempre acordo mais cedo porque tomo banho e demoro para acordar de verdade. Ligo o chuveiro na água fria mesmo, já que não está frio e adentro. Me arrependo instantaneamente por tomar banho na água gelada. Me Ensaboo pensando na merda que eu fiz ao me declarar e as lágrimas começam a criar vida e descerem sem minha permissão. Escovo os dentes e me seco com a toalha e visto o uniforme da escola - calça e blusa.
- Bom dia. – Digo a minha mãe que está lavando louça. Ela não responde como sempre. Não sei por que insisto em dá bom dia.
- Teu pai não pode te levar no ponto de ônibus hoje. – Avisa sem me olhar. Termino meu café mesmo sem fome. Da minha casa até a escola é quase uma hora e da minha casa até o ponto de ônibus são quinze minutos a pé. Significa que irei sair mais cedo, para não perder o ônibus, que passa as sete horas.
Vou no quarto me despedir da minha sobrinha, mas ela ainda dorme com minha irmã. Pego minha bolsa e saio de casa.
- Tchau mãe. – Aceno. Ela acena de volta.
Queria muito ouvir música, mas é muito perigoso já que essa hora mal anda pessoas na rua. Já tentaram me assaltar quando eu voltava da escola, mas por impulso eu corri e me livrei, no entanto fiquei com trauma de andar a pé por aqui. Exatamente as seis e cinquenta da manhã chego no ponto para esperar o ônibus. Eu espero vinte minutos o ônibus, mas o ônibus não me espera um minuto. Já tem algumas pessoas esperando também.
- Olá. – Joana cumprimenta. Sorrio de volta.
O ônibus não está tão cheio, mas logo ficará. E assim o ônibus enche de gente. Agradeço por esta sentado. Desço do ônibus e sinto vontade de fugir para qualquer lugar, que não seja a escola. Fico no mesmo mercado onde fiz merda e espero minhas três amigas - Marta, Julia e Alana. -. Marta é a primeira a chegar e eu sorrio ao ver ela. É involuntário e ela faz o mesmo.
- Vamos esperar Júlia e Alana? – Pergunto. Alana costuma vir de moto e Julia sempre chega atrasada por causa do ônibus.
- Sim. – Responde e volta a mexer no celular, faço o mesmo.
Conheci as três no começo do ano e formamos um grupo de pessoas, mas aí o irmão de Alana - o qual é meu melhor amigo, o Antônio. - parou de estudar, então ficamos só nós quatro. Quero muito falar sobre ontem, mas não tenho coragem por não saber qual será a reação de Marta. Alana chega de moto e ficamos esperando somente Júlia, assim entraremos somente na segunda aula.
Seguimos os quatros para a escola rindo. Elas estão contando sobre seus ficantes, falo sobre eles também e a gente gargalha. Quando viramos a esquina, vejo ele sentado de frente para a escola com os amigos. Sinto meu coração bate descontroladamente e minha respiração falhar, mas nenhuma das meninas nota. Me escondo entre elas, para ele não me ver. Assim que os portões abrem entramos rapidamente. Por te entrado na segunda aula, perdemos nossos lugares e sentamos atrás dos amigos - duas meninas e dois meninos. - de Diego. Alana e Marta sentam juntas e eu e Julia sentamos mais a frente das duas e atrás de Diego e os amigos. A vontade de fugir da escola novamente é bem maior agora, mas não posso fazer isso.
Tento me manter o mais longe possível da sua visão, mas nem sempre é possível, já que vários amigos dele estão sentados perto da gente também. Ainda tem os quatros idiotas da sala - Samuel, Caio, Daniel e Luiz.
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Eu Desejo A.. (✔)
Short Story(+13) Você já se perguntou se algum dos pedidos feito na hora dos parabéns já se realizou? Será mesmo só superstição? David é um garoto de 16 anos, passando pela a descoberta da sua sexualidade, aceitação e quebrando seus preconceitos internos. Filh...