- Eu vou tirar a minha mão, espero que você não assuste a Maya de novo.
Ele se afasta aos poucos, eu nada faço além de encarar ele com os olhos arregalados.
- Eu preciso ir embora, pense no que você tem feito.
Não consigo falar nada, o homem coloca uma camiseta e sai do quarto batendo a porta com força.
Eu ainda estou sem reação, assustada demais para sequer me mover.
Dois minutos depois da porta se fechar, ela é aberta por um outro homem.
Me encolho na cama com medo de que ele também me machuca.
- Sam?
Sua voz é suave e baixa. Eu o encaro, ainda sem me mover.
O homem se aproxima de mim lentamente, apoiando sua mão em meu joelho.
- Você dormiu com ele de novo?
Do que ele está falando?
Eu estou confusa, eu nem sei quem eu sou.
Eu não sou a Samantha.
Seja lá quem ela for, eu aposto que nós somos bem diferentes.
Eu tenho uma tournê para fazer, não tenho nem tempo para dormir com a minha namorada. O que faz ele pensar que eu dormiria com aquele homem?
Eu nem gosto de homem.
Eu sou lésbica.
- Está tudo bem meu amor, eu estou aqui com você.
O homem me abraça, eu permito.
Por algum motivo eu me sinto segura com ele.
Eu confio nele.
- O que está acontecendo? - murmuro, minha voz quase inaudível.
Ele apenas sussurra algumas palavras de conforto para mim, afagando meu cabelo enquanto me abraça.
- Eu quero a minha mãe... - sussurro, engasgando com o choro e soluçando alto.
O homem franze a testa, me afastando um pouco para que ele pudesse ver meu rosto.
Aproveito os segundos para o ver melhor. Ele é negro e cheio de tatuagens pelo corpo, seus olhos são de um castanho claro e seu cabelo é alto e perfeitamente cacheado. Seu sorriso e seu jeito carinhoso me deixam inclinada a idéia de que ele é gay. Ele murmura um "meu amor" e eu tenho a confirmação.
Ele com certeza é gay.
- Ele te drogou amiga?
Aperto os olhos, frustrada com toda aquela situação.
- Me leva pra casa, por favor.
Meu choro é alto e eu pronuncio cada palavra com dificuldade.
- Você está em casa Samantha, essa é a nossa casa você se esqueceu?
- Meu nome não é Samantha. Para de me chamar assim, meu nome é Billie! Billie Eilish.
Ele me encara com pena, acariciando meu rosto.
- Você não é a Billie Eilish meu anjo.
Em nenhum momento ele parece irritado.
- Sou sim!
- Não Sam... - ele me abraça de novo, levando meu rosto de encontro ao seu peito. - Você não é a Billie Eilish porque a Billie Eilish está morta!
...
Eu disse último? rs
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Oblivion | b.e
FanfictionFazemos parte do mesmo universo, mas pertencemos a mundos diferentes... Por pouco tempo!