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Silêncio.

Minha cabeça está latejando de dor.

Meu coração está acelerado.

Tento me mexer, percebendo que estou deitada em uma cama.

Eu tento me sentar mas imediatamente me sinto tonta, voltando a deitar.

Tiro o cobertor grosso de cima de mim mas o mínimo esforço faz com que meu estômago se revire.

Grunho em desconforto.

Talvez eu esteja com febre.

Deve ser por isso que eu estou sentindo meu corpo tremer.

Esse sonho no meet and greet foi muito realista...

Eu sempre deixo meu celular debaixo do travesseiro quando eu vou dormir mas hoje ele não está lá.

Apalpo a cama mas não o encontro.

Por que tem tantos travesseiros na minha cama?

Continuo procurando o celular, sem sucesso.

Deve ter caído no chão.

Em que hotel eu devo estar agora?

As tournês são sempre tão confusas.

Abro os olhos devagar, procurando por algum despertador mas não encontro nenhum.

Abro a boca para chamar minha mãe mas demoro um pouco para lembrar das palavras.

- MÃE!

A porta do quarto é aberta, fazendo com que a luz o invada.

Levo meus braços ao rosto, me protegendo da luz e tentando diminuir a dor de cabeça forte.

- Você finalmente acordou, eu já ia chamar um médico. - ouço uma voz grossa falar.

- Eu estou me sentindo um lixo... - murmuro, assumindo ser apenas um dos seguranças.

Silêncio.

Abro apenas um olho mas a claridade parece ser tão forte que me forço a fecha- lo.

- Chama a minha mãe.

- Você está muito louca né vadia. - o homem responde com uma risadinha.

Imediatamente eu me sento na cama, ignorando a náusea e encarando o homem na porta.

- Como é que é? - pergunto, cerrando os olhos. - Que porra você disse?

- Eu disse que você deve estar muito louca, sua mãe morreu quando você tinha três anos. - murmura com uma expressão confusa no rosto.

Eu encaro o homem por tanto tempo tentando entender com quem ele pensa que está falando que meus olhos começam a arder, pedindo para que eu os pisque.

O homem grunhi, abrindo um pouco mais a porta e colocando a cabeça para fora.

- Maya, sua mãe acordou!

Ouço uma voz baixa ao longe mas não consigo identificar o que ela está falando.

- Sim a mamãe. - o homem responde com uma voz engraçada.

Que mamãe?

Quantas pessoas estão na porra do meu quarto?

Coço os olhos, me sentindo cada vez mais confusa quando sinto um pequeno corpo em cima da cama.

Tiro as mãos do rosto e olho para baixo, me deparando com uma garotinha com pouco mais de um ano. Seus olhos azuis quase iguais aos meus estão grudados em mim enquanto ela tenta se sentar na cama, vestindo um pijama com desenhos de coroas.

- ma ma. - ela murmura, jogando seu corpo de encontro ao meu.

Confusa, encaro o lugar em que eu estou.

Eu não estou em um quarto de hotel.

Esse quarto é branco e espaçoso, algumas luzes piscantes estão espalhadas de um jeito organizado na parede pintada de branco, alguns quadros decoram as paredes vazias e uma poltrona está no canto, perto de uma porta que eu imagino ser a do banheiro. Tem dois criado mudo de cada lado da cama e um homem alto parado na porta está sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom.

- Onde eu estou?


...

Olha eu de novo:)
Só pra explicar algumas coisas:

. Todos os capítulos dessa história vão ser curtos
. Tudo aqui é fruto da minha imaginação e um monte de coisa não vai ser realista então não vem militar não, tudo aqui é FICTÍCIO
. Eu vou atualizar com mais frequência porque ela já está quase completa
. Vão ter cenas de agressão explícita, quem for sensível a esse tipo de conteúdo eu não recomendo que continue a leitura

Se preparem para ficar confusos, vou adorar ver a reação de vocês

Bebam água,

Mari

Oblivion | b.eOnde histórias criam vida. Descubra agora