Saudades de uma sexta-feira movimentada, né,minha filha?
Vai um extra!
...
04 | Kat
Minha cabeça estava doendo, abri os olhos e fechei de tamanha dor que explodiu com a claridade. Meu corpo estava pesado, deitada de lado, me movi, ergui o meu braço e um braço masculino foi erguido junto. Lívida, tentei lembrar quem poderia ser e tudo sobre a noite anterior eram flashes confusos. Eu lembrei de uma dança horizontal muito prazerosa que tive com um homem de cabelos escuros. Ainda de olhos fechados, tive a lembrança de uma cabeleira escura entre as minhas pernas...
Merda. Uau...
Foi uma excelente lembrança. Caramba, com quem eu fiz sexo?
Abri os olhos e virei na cama.
Devon estava dormindo atrás de mim, descoberto, nu e uau... Dei uma boa olhada no seu corpo, tendo flashes vívidos de tudo que fizemos desde que tropeçamos pela porta aos beijos. Como essa porra foi acontecer? Não podia ser real. Tentei lembrar da noite inteira em sua ordem cronológica e nada fazia sentido. Ele se moveu e me abraçou, então, eu reparei que estávamos algemados ao outro.
— Bom dia... — Beijou o meu ombro.
— Bom dia? — Sentei bruscamente. — Como isso foi acontecer? — Ergui o punho que estava com a algema. — Nós fizemos sexo!
— Huum, sim. — Cantarolou com um sorriso safado misturado com um sonolento. Era uma visão esplêndida. — Pelo que lembro, fizemos muito sexo. — Murmurou satisfeito e as minhas bochechas ficaram vermelhas. — Quanto às algemas, eu não lembro. — Esfregou as têmporas. — Porra, minha cabeça está me matando.
O latejar nas minhas têmporas era extremamente nauseante. Enfiei a mão no meu cabelo, estava embolado e eu estava exalando um cheiro de bebida intragável.
O que foi que eu fiz?
— Preciso tomar um banho. Cadê a chave dessa coisa estúpida?
Devon sentou-se e ficamos lado-a-lado. Havia penas de um travesseiro destruído pelo quarto, as roupas espalhadas, roupas de cama e parecia que um furacão havia passado ali. Furacão Katrina bêbada, com tesão, porque não parecia real que eu estava nua na cama com o Devon. Olhei para o lado sem acreditar. Saímos da cama devagar, nus como viemos ao mundo, paramos de frente ao outro, eu estava quase chorando de vergonha, confusão e medo. Observei o quarto, procurando o meu vestido e não estava em lugar nenhum.
— Será que nós usamos camisinha? — Perguntei baixinho.
— Não sei. Acho que sim... — Devon puxou o cabelo. — Porra. Isso é fodido.
Seu comentário foi o suficiente para me fazer chorar. Eu nunca fui irresponsável, nunca fiquei tão bêbada e tão inconsequente. A única vez que perdi totalmente o controle foi na faculdade, mas foi junto com a Vanessa e tudo que aconteceu foi um desmaio em uma praça. A polícia nos encontrou, ligou para a minha mãe e para o Devon porque nós duas tínhamos apenas dezenove anos. Depois disso, nunca mais aconteceu.
— Preciso tomar banho. — Funguei.
— Ei, não chora. Está sentindo dor? — Se aproximou e me encolhi. — Kat? Você está ferida? — Devon travou no lugar. Seus olhos demonstravam a preocupação e medo. — Te machuquei?
— Não. — Sequei o meu rosto. — Isso é constrangedor. Nunca aconteceu... — Mordi o lábio. Ergui os meus olhos, enquanto me sentia atropelada por um caminhão, ele parecia apenas desalinhado pós sono. — Estou tentando lembrar, porque não sou tão irresponsável.
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Amor Em Jogo (Livro I - Cidade do Pecado)
RomanceLançamento em novembro: Sorte no jogo e azar no amor? Sorte nos... dois? Será possível? Quando o amor está em jogo, o que é impossível? Katrina Summer é uma aspirante a jornalista de dia, hostness de noite, uma menina-mulher única. Divertida, usa o...