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OI MENINAS! Quarta chegou e é dia! Ontem foi só extra, bora?

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08 | Kat.

Dois dias depois que comecei a trabalhar no setor de comunicação, nós ainda estávamos analisando a grande pasta de currículos que a Alicia me entregou logo depois que o Devon saiu. Nós tivemos acessos às redes sociais, fiquei rodando na sala com a cadeira de rodinhas ao ter a senha do instagram do Devon no meu telefone celular. A quantidade de mensagens de mulheres era impossível de calcular. Algumas mandavam nudes, outras, mensagens ousadas com seus números de telefones. Muitas queriam uma oportunidade de ser divulgada para ter uma carreira.

Fugi do Devon nos últimos dias, saindo da empresa quando ele não estava, mal respondendo as suas mensagens e ficando o máximo de tempo com a minha mãe que ainda estava meio chateada comigo. Meu marido por desafio era um bom oponente, mas ele entregava o seu jogo sempre que me desafiava a algo físico, isso renovava a minha tática de soar indiferente às suas investidas. Não que eu tivesse muita resistência em estoque.

— Eu vou na estação pluvial mais próxima da Pro Valley hoje, você me cobre?

Vanessa desviou os olhos do seu celular.

— Tome cuidado. — Soprou um beijo.

Peguei a minha bolsa e saí da sala que compartilhamos. O andar estava meio vazio porque era o horário do almoço e a maioria saía ao mesmo tempo. Ainda não fiz muitas amizades, diferente do Cassino, onde todo mundo se ajudava e compartilhava boas risadas, os funcionários do último andar eram meio na deles. Acreditava que o meu novo sobrenome não ajudava em nada. Cada vez que relia o contrato de casamento no qual, não só assinei concordando com uma multa ridícula, mudei o meu amado sobrenome Summer para Winterfield, tinha vontade de me chutar.

Se eu pudesse, me chutava de verdade.

Entrei no Bertie me preparando mentalmente para a minha missão. Na primeira estação que visitei, percebi que o atendente ficou um pouco resistente em me atender e permitir que olhasse os documentos mesmo sendo de domínio público. No segundo, eu percebi que eles se comunicaram e os documentos foram mais restritos, precisei fazer um pouco de escândalo. Agora, eu ia com coragem para o terceiro e mais próximo da estação da companhia.

Bertie não pegou de jeito nenhum.

— Vamos lá, meu filho. Eu preciso de você. — Choraminguei. Ele continuou apenas no ensaio de pegar e não pegou. Frustrada, bati minha cabeça no encosto do banco mil vezes. — Porra, Bertie.

Ouvi um barulho suave que o meu carro não fazia e suspirei. Devon voltou antes que conseguisse sair. Olhei para o lado, ele só desceu o vidro, sorrindo.

— Vai sair no meio do seu expediente?

— Ser a sua esposa precisa me dar alguma vantagem ou é um casamento inútil. Além do mais, o Bertie não quer pegar.

— Precisa ir a algum lugar em especial?

— Está me perguntando como chefe ou apenas querendo meter o seu nariz curioso nos meus assuntos? — Virei de lado e sorri.

— Estou perguntando como marido.

— Então, não é da sua conta. — Abri um sorrisinho irritante, peguei a minha bolsa e saí do carro. Vanessa precisaria me levar em casa porque eu me recusava a pagar um uber. Custaria uma fortuna. — Vou voltar para minha sala.

— Eu te levo. — Gritou do carro e virei no meio do caminho para o elevador.

— Nem sabe onde é.

Amor Em Jogo (Livro I - Cidade do Pecado)Onde histórias criam vida. Descubra agora