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05 | Kat
Cretino, miserável, filho de uma... Enfiei o meu telefone no bolso para não xingá-lo um pouco mais. Irritante de uma figa.
— Kat! — Vanessa gritou, acenando loucamente, como se não estivesse com um vestido amarelo berrante e um par de óculos escuros com a armação branca, no meio da praça. Para melhorar, o chafariz explodiu atrás dela. — Ai que legal!
— O que deu em você com esse look exótico? — Me aproximei e soltei uma risada quando ela rodopiou, fazendo graça, exibindo o seu bom humor que eu era apaixonada. — Está linda.
— Encontrei esse vestido em um brechó e a dona disse que ele estava rejeitado porque era horrível. Eu disse a ela que o vestido só precisava encontrar alguém que soubesse usá-lo.
— Claro que esse alguém seria você. — Demos os nossos braços e começamos a andar.
— Por que estava tão irritada?
— Seu irmão, é claro. Quem mais poderia estar elevando os meus níveis de pressão arterial com apenas dois dias de casados? Essa ideia é a coisa mais estúpida de toda a minha vida. — Me abanei, morrendo de calor. — Ele está certo em se fazer presente. Eu ainda não acredito que bebi, casei e transei com o Devon.
— Também não, parece pegadinha, mas está sendo muito divertido acompanhar.
— Divertido? — Bufei, e paramos em uma barraquinha de sorvete. Tirei o meu telefone do bolso. — "Bom dia, linda esposa. Como você está essa manhã?" — Li a mensagem e a encarei. — Ele enviou muitas dessas ontem a noite.
— Bom que você vai aprender a não desafiar um oponente disposto.
— Não é isso. — Fiz um pequeno beicinho. — Não pensei que a coisa toda iria tão longe, sabe? Era só um estúpido comentário. Ele perguntou a minha opinião.
— Esse casamento vai ser muito físico, ou ficaram no zero a zero depois de quase derrubar o teto solar da casa? — Balançou as sobrancelhas do jeito irritante que o irmão dela fazia.
— Não vai ser nada físico. Ele quer me provar que pode ser comprometido e leal, não precisamos adicionar o sexo na equação porque ele já fodeu com metade da cidade sem compromisso.
Pedimos o nosso sorvete e nos afastamos, procurando um banquinho na sombra. Vanessa me ligou quando estava finalizando meu meio expediente na revista. Ela tinha algumas coisas para resolver no centro da cidade, e eu tinha algumas horas para matar antes do meu horário no cassino começar.
— Não pode julgar o Devon por ter atitudes de um homem solteiro.
— Se ele fosse uma mulher, seria julgado, então, eu posso julgar. — Dei de ombros, lambendo a minha bola e foi uma maravilha doce naquele calor. — Se ele quer provar compromisso, por que cederia ao sexo?
— Sexo faz parte de um relacionamento, do comprometimento, em se doar e provar. — Vanessa falou toda sonhadora. — Eu espero encontrar um homem que seja honrado, que me valorize, cuide de mim e me faça sentir única.
— Eu amo o seu jeito de pensar, me faz sentir esperança que exista um homem incrível por aí apenas esperando que o destino nos cruze em algum caminho.
— Você é casada, mulher. Sossega. — Me empurrou com os ombros e rimos juntas.
Olhei para ostentosa aliança na minha mão e me perguntei como explicaria para as pessoas o que ela significava. Ainda não tive coragem de contar para minha mãe. O motivo pelo qual estava usando a aliança era porque fazia parte do acordo com o Devon. Ele insistiu que um casamento não podia ser apenas o papel e com isso, eu fiz que ele usasse também. Se eu andaria pela cidade marcada como um gado, não seria a única. Devon Winterfield estava fora do mercado por seis meses, eu faria com que fossem os meses mais infernais da sua vida.
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Amor Em Jogo (Livro I - Cidade do Pecado)
RomantikLançamento em novembro: Sorte no jogo e azar no amor? Sorte nos... dois? Será possível? Quando o amor está em jogo, o que é impossível? Katrina Summer é uma aspirante a jornalista de dia, hostness de noite, uma menina-mulher única. Divertida, usa o...