Capítulo 7

402 43 41
                                    

Vai ser combo meus amores! Um comentário no capítulo anterior me deixou feliz então vou postar dois capítulos de uma vez rsrsrs presente ♡

Falta pouco para tudo se acertar :3 espero que estejam gostando, e se gostarem, deixem seu favorito e comentário, certo? Isso me deixa muito feliz.

Tenham uma boa leitura ♡
______________________

Um mês, mesmo já tendo se passado dois meses em coma ainda precisou ficar mais um mês no hospital antes de receber alta, e nesse meio tempo ele quase não falou com ninguém mesmo que pelo menos um dos três familiares sempre estivesse no quarto para o acompanhar. Quando saiu foi obrigado a voltar para a casa do casal que já o acolherá, sim, obviamente insistiu muito para voltar para a própria casa porém Minato não aceitou, e sendo ele o Hokage, questionar estava fora de questão, mas também não podia culpa-los, já não tinha motivo para esconder o que sentia, eles podiam ver sem esforço algum sua vontade em acabar com a própria vida e deveriam temer que conseguisse.

Já que não tinha nada para fazer e estava sob constante vigilância, ironicamente de Naruto, o grisalho tentou retomar a rotina de antes, todavia seu corpo o impediu. Já não conseguia correr ao redor do terreno da casa várias vezes para realizar a patrulha, assim como também não podia treinar em excesso para não esgotar seu corpo ao ponto de ter que se alimentar e hidratar mais do que seu metabolismo suportava absorver agora. Desse modo, a maior parte do seu dia se resumiu em arrumar a casa, fazer comida, limpar roupas, ler e dormir, assim preocupando os três moradores dali, não por ser uma rotina ruim, mas porquê Kakashi estava de tornando compulsivo com organização, além disso, a geladeira estava tão cheia que já não tinham onde colocar as comidas que o grisalho fazia, e como se não bastasse, o mesmo gastou todo o seu dinheiro em livros que encheram três estantes do chão até o teto, mas em uma semana já tinha lido quase todos.

O Hatake realmente estava definhando a vista de todos, mesmo respondendo que estava bem ninguém mais acreditava, tanto por saberem que não, quanto por ser nítido no físico magro, nas bolsas negras abaixo dos olhos, nos olhos vazios desejosos pela morte e no modo que estava constantemente olhando para o chão. Infelizmente, o que mais assustava era o fato de que se ele não tivesse chegado em seu limite físico e psicológico, ninguém conseguiria notar o quanto estava acabado, ou no caso de Minato, ignorar. Pois seus hábitos, apesar de compulsivos, eram naturais, ele ainda fazia piadas com Minato, sorria para Kushina e carregava Jardim dos Amassos para tudo que era canto, nada mudou, a não ser, é claro, Naruto. Ele fugia da presença do loiro o máximo possível, lógico que voltaram a o treinar depois que o jovem Uzumaki aprendeu linguagem de sinais e o código feito por Minato e Kushina, mas já nem isso era a mesma coisa, ele evitava falar com o mais novo.

Naruto reparou na mudança e se sentiu péssimo, tentou se aproximar de todos os modos e demonstrar que estava interessado nele por meio de flertes e frases de duplo sentindo, mas parou quando notou que o outro realmente se incomodava com isso, ao ponto de arranhar as próprias mãos, pulsos ou braços. Por preocupação contou aos pais sobre os arranhões, e Kushina, na brutalidade e insistência, conseguiu arrancar fora a camisa do Hatake, deixando a mostra as marcas fortes que maculavam a pele do tórax, braços e pescoço. Com medo, mas sem poderem simplesmente arrancar as unhas do grisalho fora, apenas retiraram de perto quaisquer objetos cortantes para tentar evitar possíveis cortes piores.

Demorou até notarem que prender Kakashi e forçar uma aproximação só fazia com que ele se ferisse mais ainda, mas quando perceberam pararam de tentar e respeitaram o limite que ele os impunha. E foi a melhor decisão que tomaram, fez com que ele se abrisse mais, tanto que passou a, depois de muito tempo, conversar com Naruto com mais frequência, apesar que, ironicamente, mesmo tendo uma relação sem nome com ambos os loiros, era com Kushina que ele se abría, talvez pelo papel de mãe que ela ocupou em sua mente e coração ou talvez por não ser ela um dos motivos de sua agonia, de todo modo, era reconfortante poder conversar com ela sem ser julgado, mesmo que fosse sobre seus sentimentos com relação a seu marido e filho.

As Formas De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora