Narnia selvagem

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_Luci, ainda tem maçã?– perguntei enquanto andávamos.

_Tem sim...– ela ia dizendo.

_Olhem!– Susana chamou nossa atenção e eu fui até ela, de longe era possível ver humanos, eles estavam para jogar um anão ao mar.

_Consegue acertar daqui?– perguntei sabendo a resposta.

_Você bem sabe que sim.– ela disse já ajeitando a flecha e atirando.– Larguem ele!– ela falou alto e os caras nos olharam.

Os dois homens no bote literalmente largaram, só que... Na água. Susana atirou em um e o outro fugiu nadando, Pedro correu para pegar o anão e Ed foi pegar o barco. Eu peguei uma maçã na bolsa e dei uma bela mordida.
Quando os trouxeram para a areia, Lúcia tratou de cortar as cordas com o punhal, e o anão cuspiu água.

_Larguem ele?!– o anão perguntou.– Foi o melhor que pode pensar em dizer?

_Pode voltar pra lá se quiser.– Falei mordendo a maçã novamente e em seguida oferecendo a Pedro que negou.

_Um simples "obrigada" já é o bastante.– disse Susana.

_Eu estava me afogando muito bem sem sua ajuda.– ele disse.

_Deviamos ter deixado.– disse Pedro e o anão o encarou.

_Por que eles queriam matar você?– Lúcia perguntou.

_São telmarinos, é o que eles fazem.– o anão respondeu.

_Telmarinos? Em Nárnia?– Ed perguntou.

_Onde estiveram nós últimos cem anos?

_É sério isso?– olhei pra Pedro– cem anos? de novo?

_Isso é uma história meio longa.– lu respondeu e eu passei a espada para o loiro, ele havia largado na areia.

O anão pareceu nos analisar.

_Só pode brincadeira.– o anão disse.– São vocês? Os reis e rainhas do passado?

_Sou o grande rei Pedro, o magnífico.– o loiro estendeu a mão.

_Você podia ter omitido a última parte.– disse Susana e eu não aguentei e ri.

_É, podia.– o anão riu.

_Pode se surpreender.– Pedro desenbanhou a espada.

_É melhor não fazer isso rapaz.

_Eu não.– sorriu pra mim.– Ele.– apontou para Ed, e passou a espada para o anão, eu bem sei o quanto isso é importante para os dois irmãos.

O anão pegou a espada que foi com ponta direto para o chão, como se fosse muito pesada.
Ed nos olhou como se aquilo fosse fácil, mas o anão o surpreendeu ao bater com a espada fortemente na de Ed, uma, duas, três vezes, Ed se defendia mas não estava com a postura boa por ser pego de surpresa.

_Você está bem?– o anão ironizou.

Ed desviou do próximo golpe e bateu fraco nas costa do anão no fazendo rir, o garoto nos olhou de novo.

_Foco Edmundo!– falei, uma coisa que eu aprendi no mar, é que não se deve subestimar seus oponentes, mesmo que ele seja bem menor que você.

O anão atacou de novo, e Ed desviou todas as vezes, até que Ed fez sequências de ataque com a espada, e logo a do anão foi pra longe, e o anão se ajoelhou derrotado.

_Eu ensinei isso a ele.– sussurrei pra Susana e Pedro que reviraram os olhos.

_Com trinta diabos... Não é que a trompa funciona mesmo?– ele disse.

_Que trompa?– Susana perguntou.

.....

Bom, o anão disse que se chamava Trumpkin, e ele explicou que os narnianos estavam em guerra contra os telmarinos e que o príncipe Caspian tava com a trompa mágica de Susana e havia soprado para convocar os reis e rainhas de volta pra Nárnia para que possamos ajudá-lo na guerra.
Pegando o bote e nele formos até onde a água passava entre as montanhas.

_Estão paradas...– Lúcia comentou.

_São árvores.– disse Trumpkin.– você queria o quê?

_Elas costumavam a dançar.– falei seguindo o pensamento da mais nova.

_Pouco depois que saíram, os telmarinos invadiram, os sobreviventes se retiraram para os bosques.– ele disse.– e as árvores... Se retiraram para tão dentro dela que nunca mais a ouvimos falar.

_Eu não entendi.– disse lu.– como Aslam permitiu isso?– e eu franzi os olhos para ela.

_Aslam? Achei que tivesse nos abandonado junto com vocês.– ele disse e eu suspirei.

_Não foi escolha nossa.– falei.

_Não quissemos abandona-los.– disse Pedro.

_Não faz diferença agora, faz?– o anão perguntou.

_Leve-nos aos narnianos... E fará.– Pedro remou novamente com uma cara de cansado assim como Ed, eles estavam revezando no Remo.

_Me deixe remar pedro.– falei.

_Não, eu tô bem.– ele disse.

_No legolas, quando tínhamos que enfrentar tempestades e grandes ondas, eu ia até a parte de baixo e remava com minha tripulação, nunca os deixei fazer o trabalho pesado sozinhos.– falei seria encarando ele, que pelo cansaço cedeu. – acreditam se eu disser que tava com saudades disso? Remar é mó legal.

Eles me olharam como se eu fosse doida.

.....

Chegamos até a margem, onde a areia é mais grossa e Trumpkin foi amarrar o barco. Comecei a caminhar com Lúcia mais a frente enquanto olhava para o nada, até que ouvi.

_Olá seu urso?– Lúcia cumprimentou o urso pardo que logo notou a presença da garota e ficou em duas patas.–  Tá tudo bem, somos amigos.– ela se aproximou mais.

_Lu!– falei alto.– lu para.

_Não se mova magestade!– Trumpkin disse e o urso começou a correr na direção da garota, eu que estava mais perto, corri e coloquei ela atrás de mim sem exitar e tentamos correr mas ela caiu e me fez ir junto com ela.

_Aaaaah– Lúcia gritou quando o animal chegou mais perto, e eu pensei que era realmente nosso fim.

_Susana acerta ele!– Ouvi a voz de Edmundo, mas a flecha só chegou depois quando ele estava prestes a nos atacar.

Olhei pra trás e a flecha de Susana ainda estava no arco, quem atirou foi Trumpkin.

_Por que ele não parou?– Susana perguntou.

_Devia estar com fome.– disse o anão e os meninos correram até a gente, Lúcia abraçou Pedro e ainda me mantive no chão, não tive forças para levantar.

_Obrigada.– disse lu.

_Era selvagem.– disse Ed me ajudando a levantar.

_Acho que ele nem podia falar.– supôs Pedro.

_Seja tratado como um animal burro por muito tempo...– Trumpkin começou.

_E vai virar isso..– concluí o pensamento dele.

_Vão descobrir que Nárnia está mais selvagem do que se lembram.– o anão disse começando a tirar a pele e carne do urao.

_Eu garanto que vai voltar a ser o que era!– falei me afastando atrás de galhos.

tudo está diferente, e tá me assustando.








“Que vossa sabedoria nos abençoe até que as estrelas caiam do céu.”











Pronto!! Mais um capítulo pra vocês meus nenéns (◍•ᴗ•◍)

Nárnia- Long live the pirate queen.Onde histórias criam vida. Descubra agora