Capitolo quattro. L'ARTE DICE LA VERITÀ

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ROTEIRO DOIS | PARTE DOIS
CAPÍTULO TRÊS
A ARTE DIZ A VERDADE

It's so quiet here; And I feel
so cold; This house no longer;
Feels like home

AMBROSIA da VINCI

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AMBROSIA da VINCI

          Sandro e Giuliano me levaram até o pequeno estúdio de pintura de Sandro, onde ele guardava as telas, tecidos e tintas. O lugar era minúsculo, nada comparado aos ateliês de Verrocchio, quem eram amplas salas, repletas por livros, obras e materiais.

            O espaço de Sandro era feito em sua maioria por granito, escadas íngremes levavam a pequenos compartimentos de materiais. Velas iluminavam o local, visto que pouca claridade passava pela janela feita no alto.

            Entretanto, ali estavam mais de suas obras. Eram lindas. Desde a primeira delas que vi na casa dos Medici, me apaixonei por seus traços e formas como conduzia as cores.

Por cima que todos os olhares e galanteios, Giuliano e Sandro, felizmente, não me trataram como porcelana, com medo de me levar a um lugar como aquele — mesmo que Sandro estivesse envergonhado comigo ali vendo a bagunça que fizera. Mas era isso o que me alegrava, ver a realidade e o dia a dia deles ali.

— Isso é maravilhoso, Sandro — exclamou Giuliano. Encarando a pintura de um leão na parede.

— Oh, eles não têm valor algum. Pôsteres de torneio são esquecidos — resmungou, subindo as escadas de granito em busca de algo.

— Eles mostram a grandeza de Florença — argumentou.

— E a sua técnica é perfeita — complementei, sorrindo.

— Mas isso não é arte — disse Sandro, pegando um dos tecidos lá de cima. — É artesanato.

— Sandro, isso é arte — insistiu Giuliano.

— A arte não diz às pessoas o que elas querem ouvir — falei, chamando a atenção deles. — Ela diz a verdade.

Giuliano me entendeu a mão, pedindo para que eu me sentasse ao seu lado no único banco que não estava coberto pelas obras de Sandro. Aceitei seu convite, visto que os saltos me cansavam rapidamente.

— A verdade? — repetiu. — Que verdade?

— Deus, é claro! — respondeu Sandro por mim

— As pessoas não conseguem ver Deus — falei. — Mas conseguem ver sua grandiosidade. É isso que um artista quer mostrar-lhes.

— É exatamente isso — concordou Sandro comigo.

— E como você planeja mostrar-lhes? — perguntou Giuliano a ele.

RENAISSANCE 𖠷 𝐋𝐨𝐫𝐞𝐧𝐳𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐞𝐝𝐢𝐜𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora