Capítulo: 3 - Maldita Velha!

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O meu coração batia forte no meu peito por dois motivos. Primeiramente, eu quase que morria quando fui atirada pela janela fora pela velha malvada. E segundo, eu fui salva por esse rapaz de olhos imensamente azul como a água do mar. Ele me olhava como se estivesse a fazer um raio-X ao meu corpo com aqueles olhos azuis celestes.

Descaramente, ele olhou-me da cabeça aos pés, isso fez o seu cabelo negro cair sobre os seus olhos, o que me impediu por um instante de ver aquele olhar afrodisíaco para o meu cérebro e, de seguida o seu olhar faz o caminho inverso até se fixar no meu rosto. O rapaz passa a mão pelo cabelo e desvia-o dos seus olhos, enquanto o seu olhar agora fixo nos meus suavizam e os seus lábios rasgam-se num sorriso travesso.

Aquele sorriso me fez perceber o que ia na cabeça dele. O rapaz gostou do que viu. As minhas roupas eram demasiado justas, isso chamou a atenção dele e fez a sua mente pensar em coisas pouco dignas a meu respeito.

Sinto o meu rosto a ficar quente e isso me fez pensar que a minha cara deveria estar vermelho que nem um tomate maduro. Com essa reflexão bem presente na minha mente, deixei o meu olhar cair para o chão com o intuito de impedi-lo de ver o meu rosto corado.

Levo a minha mão até o meu peito para acalmar o meu coração que batia descompassadamente. E, ao mesmo tempo aproveitei para esconder o sutiã que se via por baixo da minha blusa preta praticamente transparente.

Muita calma nessa hora coração, acabei de conhecer esse "Deus grego" mas não precisas de me matar com um ataque cardíaco, pensei para comigo.

Foi ainda com os olhos no chão que ouço o rapaz a dizer algo baixinho que só nós os dois ouvimos.

- Que garota adorável. - disse ele com a voz suave e quase num sussurro. Mesmo assim eu conseguia ouvi-lo perfeitamente bem. Levantei a minha cara do chão com um esforço e voltei a fixar o meu olhar naqueles olhos azuis celestes. O sorriso travesso se abriu ainda mais e o seu olhar brilhou de forma pecaminosa.

Mas não era só ele que estava de olhos fixos em mim. Eram uma multidão de fadas e elfos, que me olhavam com curiosidade e espanto plantada nos seus belos rostos. Eu conseguia ouvir as suas vozes. Muitos falavam da minha roupa e outros falavam de mim, por ser humana.

- Olha, é uma humana? - disse uma Fada algures.

- Será ela a Sacerdotisa? - gritou uma menina sorridente.

- Não pode ser! - exclamaram alguns elfos em simultâneamente.

- A rainha não faria tal coisa. - falou uma Fada enquanto voava em redor de mim como se me estivesse a medir - Escolher uma humana como Sacerdotisa é demasiado.

- Que roupas são aquelas? - um elfo falou bem alto e todos olharam-me de cabeça aos pés tal como o rapaz de olhos azuis fez. - É assim que os humanos se vestem em ocasiões especiais?

Rapidamente, voltei as costas para o rapaz de olhos azuis celestes, envergonhada, comecei a correr o mais rápido possível. Uma gargalhada me acompanhou. E a sua voz áspera e grave chegou até aos meus ouvidos. - Não foge de mim pequena humana. Eu prometo que não mordo!

A multidão continuava de olhos em mim, enquanto eu abria o caminho entre eles e corria o mais longe possível daquela gente e dos seus olhares de reprovação. Era óbvio que eles não queriam uma humana como a Sacerdotisa guardiã da jóia sagrada. Eu era apenas uma humana insignificante. Porque a rainha me escolheu? Porque o livro apareceu justamente a mim? Porquê eu?

Maldita Velha, ela era a culpada pela minha desgraça. Foi ela que me colocou nessa situação vergonhosa. Primeiro, recusou a me dar uma roupa digna, depois me atirou pela janela. Eu odiava aquela velha anciã. Eu continuava a correr desesperadamente com intuito de me esconder longe daquele castelo. E continuava a praguejar pragas a velha anciã.

- Maldita velha. Eu lhe odeio! - disse bem alto - Ficarás ainda mais velha e feia. Viverás mais mil anos em total sofrimento. E vou amaldiçoar toda a sua família até a quinta geração. Eu a Sacerdotisa guardiã da jóia sagrada eu lhe amaldiçoou.

- Porque estás a amaldiçoar uma velha e a sua família? - disse uma voz - O que ela te fez de mal, humana?

Parei ofegante pela raiva e pela exaustão da corrida. E olhei a minha volta surpresa. De onde vinha essa voz?

- Meta-te na tua vida - gritei irritada - e não me incomoda.

- Mas foste tu que me incomodou com os teus gritos. - disse a voz

- Quem és? - gritei enquanto olhava ao meu redor - Mostra-te perante mim, agora!

- Porque eu faria tal coisa? - questiona a voz.

- Porque sim. Não falo com estranhos.

- Mas já estás a falar com um estranho.

- Eu não tive escolha se não responder a um intrometido.

- Tinhas escolha sim. Bastava-te calar e ignorar-me.

- Se não saíres do teu esconderijo agora, eu irei amaldiçoar-te por cem anos. - disse furiosa.

- Uuuh. Que medo! Ela vai me amaldiçoar.

O dono da voz riu-se alto.

- És muito engraçada, sábias? - acrescentou ele - Olha para cima.

Eu levantei os meus olhos e o vi sentado num ramo de uma árvore. Eu não conseguia acreditar no que os meus olhos esbugalhados viam. Estaria eu sonhar?

~

Hey lindas 🌸

De quem será aquela voz? Estará Risya realmente a sonhar? Saberemos tudo no próximo episódio.

Eu estava tão ansiosa para postar esse capítulo que não aguentei esperar mais nenhum dia a mais. Então aqui está mais um capítulo das Crónicas de Antalya.

Agradeço imensamente os vossos comentários e votos no final do capítulo isso me tem ajuda imenso. Vocês são maravilhosas. 🤩.

P. S: A imagem em cima, é mais ou menos assim que eu imagino a minha personagem. Ela tem alguma parecença com a pocahontas. Eu adoro a pocahontas. Era das minhas personagens preferidas da Disney quando eu era pequena e ainda é. Eu sempre a admirava. Ela era forte e lutadora. Assim como a minha personagem nessa história.


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