Conhecendo o "shoucchan"

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 1 mês depois... 

O mês que se passou foi um tanto quanto estranho para Katsuki. O esverdeado parou de investir em si libidinosamente no caminho para a universidade quando lhe dava carona, Izuku não o provocava e nem lhe dava mais piscadas. Era como se nada tivesse acontecido e isso estava deixando Bakugou intrigado, mas acabou por deixar de lado. Enfim, tinha se passado tempo e todo mundo — exceto Katsuki claro — estava empolgado pela vinda de Shouto, tanto que Izuku não calava a boca.

— Mamãe, estou indo buscar o Shoucchan no aeroporto! — O esverdeado avisou se encostando no batente da porta da cozinha.

— Quer que o Katsuki leve você com meu carro? — Mitsuki ingadou solícita para oferecer seu filho como motorista mais uma vez.

— Será que não seria pedir demais, Mit? — A mais baixa falou, preocupada com o fato do loiro estar sempre sendo designado para essas tarefas.

— Claro que não, aquele imprestável não está fazendo nada de interessante — Mitsuki falou secando as mãos no pano de prato e o jogando no ombro — Eu vou chamar o Kat — assim que falou, saiu em direção às escadas deixando duas moitinhas risonhas para trás.

— Sei não, hein... — Inko começou olhando de soslaio para o menor.

— Bem que o Kacchan podia me levar mesmo — Midoriya comenta sem nem se abalar, sorrindo inocente com os olhos brilhando.

Katsuki, que até então, estava no seu quarto jogado na cama com fones de ouvido — implorando para não ser incomodado — teve um pequeno susto ao ver sua mãe ali parada na porta do quarto, do nada na sua frente com as mãos na cintura. De imediato, tirou os fones já se preparando para o que viria, não seria hoje que estaria livre de mais ordens descabidas.

— Sim? — disse indiferente, ainda que sua vontade fosse começar a conversa com o “não” bem escancarado para o pedido que, decerto, chegaria.

— Mamãe só queria ver você amor — a mais velha sorriu pra si e ali Katsuki notou a verdadeira intenção da loira. Mais falso que esse tom gentil, só nota de 3 reais.

— Fala logo o que você quer que eu penso se vou fazer — Bakugou foi logo direto e se sentou na cama, sabendo que no fim das contas, não era como se tivesse muita escolha sobre algo.

— Olha como você fala comigo, moleque — A mulher suspira recuperando-se de sua agitação — Eu quero que você leve o Izu no aeroporto — Ditou se sentando na cama ao lado do filho.

— A ‘moita’ vai viajar? — Perguntou confuso, não se recordava de ter escutado algo sobre isso e, nesta casa, tudo era falado umas quinhentas vezes antes de acontecer.

— Você não sabe que dia é hoje não, moleque? — A loira perguntou e assim que viu a cara confusa do loiro, suspirou e complementou — Hoje é dia 26, Katsuki. O namorado do Izu tá chegando aí!

— E você quer que eu vá levar a moitinha ‘pra buscar o corn... digo, o Shouto? — O loiro questionou, já sabendo a resposta.

— Olha como você fala, sua anta! E sim, é isso mesmo. Aliás, não aceito ‘não’ como resposta — a loira levantou indo em direção a porta, mas antes de sair, se virou pra olhar o filho que ia se deitar de novo — AGORA Katsuki, é melhor descer logo se quiser evitar problemas comigo — dito isso a loira se foi, deixando um jovem carrancudo e mal humorado para trás.

— Mas é o cara... — foi interrompido pela loira que surgiu do nada de novo, olhando-o com as sobrancelhas erguidas para desafia-lo a terminar sua resposta malcriada.

— Eu ainda consigo te ouvir embuste, desça logo — Mitsuki dita por fim, saindo realmente desta vez.

— Tsc... — Resmungando irritado, colocou uma blusa e desceu as escadas, já pegando a chave do carro e indo em direção a garagem — Se você não vir logo, te deixo pra trás — Disse para o esverdeado, que até então, lhe olhava com cara de idiota.

Wild Green - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora