Descobrindo coisas sobre o arbusto

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Estavam os quatro na sala de jantar todos jogando conversa fora, quer dizer, os três estavam, porque Bakugou apenas olhava e às vezes respondia algo a sua mãe ou a Inko. Tinha se passado uma semana desde que a moita mais nova — vulgo Izuku — começou na U.A e durante esse tempo quando tinha aula pela manhã, Mitsuki praticamente obrigava Katsuki levar 'Izu' como sua mãe o chama para a universidade, mas tinha algo que o loiro mais velho não entendia...

Às vezes, quando iam na moto, o esverdeado ficava o tocando descaradamente passando a mão pelo seu abdômen — isso sem contar na vez que ele passou a mão em seu pau —, mas toda vez que acontecia algo assim, o esverdeado simplesmente descia da moto sem qualquer vergonha, com um sorriso inocente entoava um "bom dia kacchan" — apelido esse que fez o loiro quase ter um surto psicótico quando ouviu o menor o chamar assim pela primeira vez — e se fazia de besta, como se nada tivesse acontecido.

Era justamente isso que estava deixando o loiro de olhos carmesins puto da vida. Quem aquele inútil pensa que é? E quem deu audácia a esse filho da puta ‘pra ficar "kacchan" isso, "kacchan" aquilo? Bakugou não conseguia refrear sua revolta nos pensamentos. Por mais que aquilo estivesse realmente o deixando com ódio, se fazia de desentendido também, fingia não notar nada nem as piscadas descaradas que o menor lhe dava.

Além de querer ver até onde aquela palhaçada ia chegar, não é como se o loiro também não gostasse dos toques. Gostava, e muito. Principalmente, do jeito delicado que o esverdeado o tocava, mas o que o deixava louco era a cara de inocente que Izuku ostentava mesmo sendo um pervertido. Isso sim, mexia com a sanidade do loiro.

Bakugou começou a reparar bem no esverdeado — sem deixar que ele percebesse, claro — ele era baixinho, pequeno, todo delicado; as sardas só o deixavam mais fofo e sexy aos olhos carmesins; a pele branquinha que parecia o chamar para marcar aquele pescoço inteirinho com mordidas e chupões... A melhor parte de Izuku, com certeza, era a bunda farta, empinada e redondinha que ele possui. Este conjunto todo era incrível, mas esta parte em específico prendia a atenção do loiro e a vontade de apertar aquele pedaço de carne estava cada vez maior. Obviamente, ele se controlava para não atacar o menor com sua fome, até porque não queria ser 'inconveniente'. Saiu de seus pensamentos com sua mãe lhe olhando como se esperasse uma resposta:

— O quê? — o loiro indagou

— 'Tá com a cabeça onde, hein? Eu perguntei como anda seus estudos na universidade — A maior bufou com raiva ao constatar que o filho realmente não estava prestando atenção em nada.

Notando que havia se deixado levar demais pela reflexão sobre o baixinho, como não queria estressar a velha, Katsuki começou a "dialogar" melhor, ao invés de ser grosseiro como de costume:

— Vai bem até... Pensei que cursar administração fosse mais difícil — o loiro respondeu se gabando como sempre. Sua arrogância jamais dava trégua.

— Você aparenta ser muito inteligente mesmo, Kat! — A esverdeada bradou orgulhosa e sorriu com ternura para o maior, que a retribuiu com um sorriso de canto.

— Não dá corda limãozinho, se não ele vai se achar o resto do mês todinho! — a matriarca da família falou rindo.

— Mas tem que ser assim mesmo, Mit. Temos que nos orgulhar dos nossos meninos e motivação nunca é demais! — A esverdeada falou sorrindo com doçura para Izuku e Katsuki.

— Ok, ok, limãozinho. Eu não sei dizer não para você — A loira deu um pequeno selar nos lábios da morena que corou e sorriu para a mais velha —, mas me diz Izu, tá conseguindo se enturmar e se adequar certinho na U.A?

— ‘Tô sim Mit, a Ochako que foi minha veterana me mostrou a universidade toda e ficamos bem amigos, acabei conhecendo também a Asui, namorada dela, o Iida e a Mei, sua namorada. Eles são bem legais — o menor respondeu sorrindo com a lembrança dos novos amigos.

Wild Green - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora