"Ameaças"

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BRUNNA

Gostaria muito de que Ludmilla ficasse junta a mim quando fazemos amor, mas seus traumas são tantos. Ela tem tanto medo de si própria, que eu me pergunto se algum dia ela conseguirá vencer seus medos.

Ela me diz que eu a ajudo, mas as vezes esta não é a sensação que tenho. Sei que ela precisa de tempo para sentir confiante e começar a mudar sua vida, mas não sei se eu suportarei toda esta espera ou se serei suficiente para lhe dar o suporte que ela precisa.

Sempre sonhei com o dia em que eu conheceria uma mulher e nos completaríamos por inteiro e isso aconteceu com Ludmilla, mas é tudo tão complexo. Ela tem tantos problemas, são tantas guerras internas, é tão difícil... não estou fugindo da raia, não pensem assim, mas é que também é complicado para mim.

Sei que sua vontade seria ficar e dormir ao meu lado, mas ela me assegura que não pode, então esperarei mais um tempo para isso. Vou dormir e por enquanto me conformar com isto, pelo menos tenho agora uma pessoa com quem sonhar e que me proporciona sentimentos e sensações sem igual.

[...]

Já é dia e minha campainha toca. Saio da cama e vou até a porta atender. Era um entregador de uma floricultura que me entregou rosas vermelhas.Ludmilla ainda dizia que não era romântica, imagina se fosse. Havia um cartão:

“Uma flor para minha flor. Adorei meu presente de ontem, mas ainda quero um algo que você me negou.... Te amo!”

Ela estava falando do meu cuzinho. Ai, ai, ai... pensei que ela esqueceria disso. Até senti um frio percorrendo minha espinha. Aquela mulherona me proporcionava sensações sem igual, mas sobre comer meu cuzinho, não estava segura sobre isso.

Me arrumei e fui para o trabalho, não sei se nos veríamos hoje, mas queria que ela me fizesse a mesma surpresa que me fez aquele dia, me surpreendendo no portão. Ela não apareceu, de certo estava ocupada.

Quando abri o consultório, logo chegou um senhor bem-apessoado lá. Até me assustei porque ele chegou pé por pé:

- Quem é Brunna?

- Sou eu senhor. Em que posso lhe ajudar?

Ele se aproximou rapidamente e me segurou pelo queixo:

- Então você que é a putinha de Ludmilla né? Só lhe darei um aviso: se afaste dela! Aquela desgraçada não merece ser feliz. Se não fizer isso, você e ela sofrerão as consequências.

Dizendo isso, saiu me deixando paralisada. Quem era aquele meu Deus? Porque falou da Ludmilla naquela frieza? Seria o tal Renato que estava na cidade ou o pai descontrolado de Isabelly? Não sei, não conheço nenhum deles.

Eu não queria preocupar Ludmilla, mas resolvi procurá-la, porque aquilo era sério. Esperei que minha secretária chegasse e pedi que desmarcasse todos meus pacientes da manhã. Peguei meu carro e fui até a empresa de Ludmilla.

Na recepção havia três secretárias lindas de morrer, o que me despertou um ciúme instantâneo. Todas eram loiras como eu. Seria coincidência ou ela gostava deste perfil?

- Precisa de algo senhorita? – Me perguntou uma delas.

- Falar com a Ludmilla.

- Sr. Oliveira está numa reunião. No momento não poderá atender.

No mesmo instante chega uma mensagem dela no meu celular:

“Estou numa reunião chata pra cassete. Gostaria mesmo era de estar no meio das suas pernas”.

“Venha na recepção. Estou aqui, preciso falar com você”.  Respondi.

Em menos de 5 minutos ela se juntou a mim e na frente das bonitonas do escritório, me deu um beijo molha calcinha. Elas ficaram de queixo caído e com olhos de inveja quando me viram com ela.

"Aprendendo a te amar "-BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora