"Isabelly"

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Então Boa leitura😘
Qualquer erro avissem: Votem,  comentem o que estão achando e me seguem ai Sofia Micolo😘😘😘

LUDMILLA

Me deitei ao lado da Bru passando as mãos por seus cabelos. Eu não iria dormir com ela de jeito nenhum, só esperaria que pegasse no sono. E enquanto ela não o fez, comecei a pensar na notícia do dia: a gravidez da Brunna.

Quando abri aquela caixa e vi uma boneca e uma bola, quase fiquei louca. Parece que entrei num coma e meu raciocínio não funcionava. Fiquei perdida em mim mesma diante daquela notícia. Eu jamais seria uma boa mãe, eu jamais seria mãe por espontânea vontade.

Quando dei por mim, a Brunna estava abrindo a porta para ir embora desolada com minha reação. Lhe disse que eu jamais a abandonaria, mesmo não sendo meu desejo ser mãe.... Nunca foi, mas estou junto dela nisso. Sempre estarei.

Pela primeira vez, ela disse me amar e meu coração que estava quase saindo pela boca diante da notícia, se acalmou, pois sei que com ela eu posso tudo. Estando ao seu lado, eu poderia qualquer coisa. Até mesmo ser mãe!

Fomos para casa e o que eu sempre temo, aconteceu: Renato apareceu em minha casa para se despedir de mim. Eu tenho tanto nojo daquele traste. Adentrou minha casa sem eu lhe dar permissão e antes que eu pudesse tirar de suas mãos, ele abriu a caixa que me trazia a notícia da maternidade.

Tudo que ele falou me deixou muito irada. Ele não sabe do que sou capaz para defender a Brunna e agora o filho que ela traz no ventre. Estávamos sem segurança em casa, pois acreditei que ele já não estava na cidade, então não havia necessidade.

Levei a Brunna para o meu quarto, ela ficaria sob meus cuidados. Se aquele crápula tentar algo contra nós, ele conhecerá a mulher que me tornei.

Bom, depois de muito pensar, notei que ela havia dormido, então me levantei e tomei meu remédio para dormir. Me ajeitei na poltrona bem longe dela e dormi. Sonhei e sonhei como sempre quis: um sono tranquilo, sem angústias, sem medo.

Nele, eu me via numa praia e ao meu lado andava um garoto de uns 3 anos de idade, loiro, olhos verdes, e me chamava de momy. Nós começamos a correr e a pular as ondas que batiam nos nossos pés.

Ao longe, conseguia enxergar a Bru sentada numa toalha estendida na areia nos olhando e sorrindo. Despertei! Pela primeira vez em muito tempo, acordei com o coração calmo, com um sorriso nos lábios e uma paz no coração.

Ainda era madrugada e vi minha Brunna deitada na cama, tão frágil, dormindo como uma princesa. Me levantei e fui até ela, deitei ao seu lado e acariciei sua barriga, ela se mexeu e abriu os olhos me dando um meio sorriso, fechando os olhos em seguida.

A admirei por muito tempo e meu plano era voltar para minha poltrona, mas acabei pegando no sono ao seu lado, com minha mão em seu ventre.

- Bom dia meu amor! - Fui despertada por ela.

- Bru, bom dia. - respondi ainda sem acreditar que adormeci ao seu lado. - Está tudo bem com você?

- Claro que sim. Por que não estaria?

Não iria lhe dizer sobre o que ela já sabia. Sua pergunta foi bem pensada.

- Bora trabalhar, né mamãe? Porque nasci bonita e não rica.

- Nada disso mocinha. Liga para sua secretária e desmarca tudo hoje. Temos que ir a um lugar.

- Onde?

- Se arruma. É surpresa. - Lhe disse.

- O que devo vestir? Não sei onde quer me levar.

- O que achar confortável Brunna.

Ela colocou um vestido florido colado no busto e soltinho na cintura, calçou uma sandália dourada que deixavam seus pés ainda mais delicados.

Peguei o carro e dirigi até a praia.

- Praia, amor? No meio da semana?

- Sim meu amor.

Descemos e andamos de mãos dadas pela praia, tendo as ondas indo e vindo debaixo dos nossos pés. Ela segurava suas sandálias nas mãos, enquanto eu me livrei das minhas no carro mesmo.

O vento batia em seus cabelos loiros e ela estava radiante como o sol. Já deve ser efeito da maternidade ou dos meus olhos apaixonados.

- Sabe o que eu sonhei esta noite?

- Me conta.

A contei sobre meu sonho e a paz que me acompanhou nele. Ela ouvia tudo com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios.

- Você me salvou Brunna.
E agora este bebê me libertará de vez. Sei que posso ser uma boa mãe. Me desculpa por minha reação de ontem, fiquei em transe.... Eu não esperava. - Minha voz mal saía de minha boca, tamanha emoção que eu estava sentindo.

Pairei a mão sobre sua barriga e me abaixei lentamente. Então envolvi meus braços em torno dela, e a puxei para mim, encostando minha cabeça na sua barriga. Ela passou as mãos sobre meus cabelos e eu chorei.

Chorei muito, meu corpo se sacudia que nem gelatina. Minha vida estava dando uma virada de 180 graus e apesar de eu não saber direito o que aconteceria pela frente, sei que eu posso ser melhor.

Vou me esforçar ao máximo para ser a melhor esposa e a melhor mãe desse mundo.

Brunna

Hoje passeamos na praia. Foi tudo tão intenso e tão lindo, que só de me lembrar, eu me emociono. Ela está se esforçando tanto por mim, por nosso bebê. Sinto tanto orgulho dela. Me contou sobre seu sonho e todos sentimentos que sentiu naquela noite.

Me disse que eu era sua salvadora, mas não é bem assim que me sinto. Na verdade, foi ela que me salvou! Através dela, conheci o amor de verdade, conheci o que é amar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.

Sim, ela era uma mulher cheia de problemas, mas isso só fazia eu amá-la mais. Seu coração frio só precisava de amor e carinho para derreter.... esta conexão entre nós é surreal e intensa. Ela é minha até a eternidade.

Voltamos para casa no cair da noite, depois de um dia na praia e algumas voltas pela cidade.... Na porta nos esperava Isabelly. Sim, a doida da arma. Era bom demais para ser verdade.

- Ludmilla preciso falar com você. - Disse ela. - A sós. Completou.

- Pode falar Isabelly. Aqui de fora mesmo e na frente da minha noiva. - Eu, sua noiva?? Pirei... E senti meu ego inflando naquele momento.

- Bom se prefere assim, assim será. Eu estou grávida e grávida de você Ludmilla, e eu sei que você é fértil! - Eu disse que minha felicidade durou pouco...

- Não é possível isso Isabelly! Não ficamos juntas sem proteção. Este filho não é meu.

- Só pode ser seu. Não fiquei com mais ninguém... eu não transava com um homem já fazia 4 meses quando você apareceu. Naquele dia que vim em sua casa, eu já sabia da gravidez e não sabia o que fazer. A camisinha deve ter estourado... Só pode ter acontecido isso.

- Isabelly preciso que vá embora agora. Me deixa pensar no assunto e tratamos disso amanhã.

- Tudo bem Ludmilla. Até amanhã moça. - disse se dirigindo a mim.

Eu queria morrer! O chão estava abrindo debaixo dos meus pés e Ludmilla também não estava bem. Entrou em casa e se trancou no escritório. Depois da tarde que passamos, agora isso.... Quando penso que começamos a colocar as coisas no lugar, vem uma coisa dessas e ferra com tudo.

Sei que ela estava pensando em muitas coisas e deixei ela tranquila. Fui para meu próprio quarto, tomei um banho e dormi.... Naquela noite, quem teve pesadelos fui eu. Pesadelos reais....

"Aprendendo a te amar "-BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora