"Você mexe comigo"

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            Boa tarde gente
Leiam comentem,e votem bastante,qualquer  erro a visem:  

            Brunna Gonçalves

Depois de uma noite bem dormida logo após aquela mensagem, me levantei super disposta. Apesar de estar querendo me distanciar de Ludmilla, decido abalar a boca do balão com meu visual, para ir trabalhar.

Fiz uns cachinhos no cabelo, passei uma maquiagem leve, na boca um rosa charmoso, vesti um tubinho cinza escuro, com um blazer nude e scarpin também na cor nude. Depois de uma manhã tranquila com meus pacientes, fui almoçar e voltei correndo para o consultório.

Porque eu estava tão nervosa com a sessão de Ludmilla?

Porque a garota era uma mulherona da porra, cheirosa e com pegada...
Só por isso,tentei me acalmar afinal, eu tenho que ajudá-la e não prejudicá-la virando uma de suas garotas esquecidas.

Enfim, ela chegou e ao recebê-la gelei novamente, pois ela veio em minha direção como uma cachorra que estava vendo um pedaço de carne, envolveu suas mãos na minha cintura e falou ao meu ouvido:

- Boa tarde Doutora... Aquilo deixou todos os cabelinhos do meu corpo arrepiados,então me afastei.

- Boa tarde Sr. Oliveira.

- Já até jantamos juntas na sua casa, podemos deixar as formalidades de lado.

- Como preferir.  falei séria.

Ela se deitou no divã e começamos nossa sessão ela estava mais leve, com a voz mais animada e eu já não via tanta escuridão em seu olhar. Foram tantas revelações naquela tarde que eu sentia uma vontade imensa de chorar ao vê-la contando sobre tudo.

- Doutora, uma vez me abri com uma pessoa e ela me disse que se eu não contei nada pra minha mãe na época, é porque gostava de tudo que ele me fazia.

Na verdade, nunca contei porque eu era ameaçada,ele ameaçava matar a minha mãe e à mim, caso eu contasse.

Eu não podia... não podia... era apenas uma criança e acreditava nas ameaças dele.

- Eu entendo Ludmilla. Já passou, você fez o que achou certo na época pra se proteger e proteger à sua mãe,não se culpe,isto está no seu passado, não tem como mudar...

Diante de tanta coisa, eu me sentia dilacerada. Podia ver a dor e o terror no seu olhar quando descrevia aquelas partes obscuras da sua vida.

Minha dor aumentou ainda mais quando ela decidiu contar como foi a primeira vez que fora abusada por seu padrasto.

Começou a chorar desesperadamente e eu apesar de saber que falar sobre aquilo a libertaria, não pude vê-la daquela forma. Levantei e me agachei ao seu lado, passei a mão em seu rosto:

- Tá tudo bem agora Ludmilla. Está tudo bem...

Só bastou aquilo pra ela me puxar pra si e me abraçar enquanto acalmava seu choro em mim.

Fiquei muito emocionada, e quando dei por mim também chorava, dividindo sua dor. Nunca havia me acontecido nada igual...

Quando ela se acalmou, me afastou devagar do seu corpo e com uma das mãos, acariciou meu rosto:

- Obrigada Brunna,não sabe como me fez bem.

Seu agradecimento era sincero e me derreti toda,seus dedos passearam no meu rosto e parou sobre meus lábios. Quando ela repetiu novamente olhando para minha boca:

"Aprendendo a te amar "-BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora