primeira noite: parte 1

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Ela não me ligou e, por mais que eu quisesse ver como estava, aguentei. Não queria sobrecarregá-la, queria lhe dar tempo para reconsiderar.

No final da tarde de sexta-feira ouvi um carro parar na entrada da casa e fui até a frente da casa ver. Rayssa devia ter chegado. Rex ficou atrás de mim.

- Mateus - disse Raysa, correndo para me abraçar. - Como está?

- Bem, Raysa - respondi. - Obrigado.

Ela estendeu uma sacola de roupa e uma caixa de sapatos.

- Aqui está - entregou sorrindo.

- Peguei a sacola e caixa. - Imagino que seja para mim.

- Claro, - afirmou ela. - Prata é a sua cor.

Curiosa você.

- Soube que faz maravilhas por seu tom de pele - prosseguiu ela.

- Vamos entrar - convidei, entrando primeiro, ignorando o comentário do tom de pele.

Pendurei a sacola no armário de casacos. Levaria para o quarto de Bianca mais tarde.

Entramos na cozinha e nos sentamos à mesa. Tentei tirar de minha mente que dali a algumas horas Bianca e eu estaríamos sentados ali. E que logo depois disso, íamos subir.

Passamos horas conversando, as 5:48 ela foi embora.

Abri a porta quando ouvi o serviço de carro na entrada. Os olhos de Bianca dispararam para a porta da frente assim que ela saiu do carro, e ela me abriu um sorriso tímido.

- Bianca - eu disse. - É um prazer vê-la esta noite.

- Obrigada.

Ela estava nervosa. Eu sabia pelo modo como seu olhar adejava por tudo. Entretanto, nas poucas vezes em que ela olhava para meu lado, seus olhos ficavam escuros de anseio e desejo.

Talvez sua semana tivesse sido igual à minha. Eu sabia, sem precisar perguntar, que ela seguira a ordem que lhe dei antes de ir embora no último fim de semana.

- ela não se tocou a semana toda.

Levei-a à cozinha e nos sentamos para comer o linguini com molho de mexilhão que preparei depois que Raysa foi embora. Cozinhar me acalmava.

- Como foi sua semana? - perguntei depois que começamos a comer.

Um sorriso brincou no canto de sua boca.

- Longa. Como foi a sua?

Eu não podia dizer a ela que foi o mesmo para mim. Que passei tempo demais planejando a noite, imaginando-a.

Fazer isso seria me entregar demais. Assim, limitei-me a dar de ombros, fingindo frieza. Ela precisava que eu estivesse no controle.

Continuamos a comer.

- Rex sentil sua falta - falei.


Ela ficou um tanto perplexa e seu rosto assumiu o mais leve tom de rosa. Ela não esperava por isso, que eu tivesse uma conversa normal.

Isso a deixou ainda mais carente, ainda mais estimulada. Jogar com Bianca seria um completo prazer. Eu saborearia cada segundo.

O sexo não começava na cama. O sexo começava quando você se mexia, quando falava. Era sussurrado, transmitido com um olhar sutil.

- A mulher do meu amigo, Raysa trouxe um vestido mais cedo - comentei, porque não teríamos outra oportunidade de falar sobre a festa depois do jantar.

- Ela estão ansiosos para conhecer você.

- Seus amigos? Todo mundo sabe sobre nós? - Sua voz era ansiosa.

Torci a massa sem pressa nenhuma. " Estou no controle disto, Bianca. Confie em mim." Comi uma garfada antes de responder.

- Eles sabem que você é minha acompanhante. Não sabem de nosso acordo.

Recostei-me e a observei comer. Ela cortava compulsivamente a massa e dava várias dentadas pequenas. A certa altura levantou a cabeça, viu-me olhando e voltou a examinar a massa.

Mais alguns segundos e eu a teria exatamente onde queria.

Ela de repente baixou o garfo.

- Então, pretende me tocar neste fim de semana ou não? - disparou ela.

Sim.

- Faça perguntas de uma maneira mais respeitosa, Bianca. Só porque esta é a sua mesa não significa que você pode falar comigo como bem entender.

Seu olhar caiu à mesa.

- O senhor tocará em mim neste fim de semana, mestre?

- Olhe para mim - ordenei, porque queria ver seus olhos.

Sua expressão era de conflito - ela sabia que tinha cometido um erro - mas desta vez eu deixaria passar. E já que ela perguntou...

- Pretendo fazer mais do que tocar em você. Pretendo te foder. Com força e repetidamente.

Seus lábios se separaram e seus olhos se arregalaram de excitação, esquecendo-se do jantar.

Sim...

Levantei-me da mesa.

- Podemos começar? Quero você nua na minha cama em 15 minutos.

Minha submissa em treinamento.Onde histórias criam vida. Descubra agora