Guerreira Real

11 - Os conselhos

— Papai! — grita alegre com a chegada do pai.

— Minha menina! — Abba suspira emocionado ao abraçar sua filha.

— Papai, estou feliz que você está aqui, você não vai acreditar, acabei de adquirir a minha intenção da espada! — Nessa hora todos no salão ficam surpresos, afinal, a intenção da espada era algo bem difícil de se alcançar.

— Mas já? Tão nova? Em minha vida toda só conheci um homem que foi capaz de obter a intenção da espada e esse homem era seu avô. Nunca duvidei de você minha filha, mas não pensei que alcançaria esse passo enquanto ainda criança. Que orgulho!

— É graças a essa viagem pai, se não fosse por isso eu demoraria mais alguns anos para conseguir.

— Minha menina, você tem apenas quatorze anos... seu talento não pode ser medido.

— Pai, com que idade o vovô obteve sua intenção da espada?

— Ele tinha mais de trinta anos. Mas em sua vida toda, não atingiu um grau mais alto que este.

— Tão tarde? Pai, quando eu tiver trinta anos, já serei reconhecida em todos os oito reinos como uma grande Mestra da Espada.

— Respeite quem já não está mais entre nós. — advertiu sério, mas sorriu logo em seguida.

— Sim Papai. — comenta sorrindo. — Mas o que exatamente você está fazendo aqui? Eu disse que iria voltar depois de três meses.

— Vim te buscar.

— Mas já? — ficou um pouco triste pois essa era sua primeira vez viajando e não tinha ficado nem metade do tempo que fora combinado.

— Você chegou aqui e não foi capaz de escrever uma carta pra esse velho, as cartas que recebi não eram muito boas também, estou triste que não foi capaz de se lembrar desse velho pai e também com raiva de você ter se descuidado no caminho.

— Quem foi o fofoqueiro?

— Menina tola! Eu ainda sou o Rei, quem ousaria guardar um segredo de mim?

— Preciso de homens em quem eu possa confiar. — comentou baixinho.

— Esqueça! Vá pegar suas coisas, partiremos imediatamente!

— Pai, você não pode, primeiro deve descansar.

— Eu só vou conseguir descansar quando estivermos em casa.

— Sim Papai. — diz relutante, sua aventura durou muito pouco tempo, ela queria aproveitar um pouco mais, mas também estava com saudades de sua mãe.

— Lory, você não quer treinar mais um pouco?

— Esqueça, você disse que estava cansado. Agora eu quero achar outros usuários da intenção da espada para batalhar. — virou as costas e foi ao seu quarto arrumar suas coisas.

Héctor ficou mais entristecido, não importa o que fizesse, Lory nunca via seus sentimentos e pouco demonstrava ter por ele também. O Rei Storm percebendo a tristeza do filho disse:

— Lory pode ter sua idade Héctor, mas ela não pensa como você. Sua única paixão agora é a espada.

— Sim pai. — concordou, mas ainda estava triste.

— Talvez se você tivesse se empenhado mais, ela notaria seus esforços. — Comentou Abba, um tanto ríspido.

— Tio, me perdoe, não tenho habilidade suficiente, mas vou melhorar.