— Pai, fica a dois dias de viagem daqui o local que eu desejo ir, você não precisa se preocupar, será rápido. — fala Lory ao Rei Abba.
— Eu não posso lhe acompanhar? — pergunta um tanto frustrado.
— Que a verdade seja dita pai. Você faria o trajeto de dois dias, virarem cinco. — alfinetou.
— Que ultraje. — indignou-se o Rei.
— É a verdade. Você pede para que paramos em todas as refeições e todas as noites enquanto poderíamos muito bem seguir viajem. — disse a Princesa, irritada.
— Os soldados precisam descansar. — proferiu o Rei.
— Pai, parece que você não quer voltar pra casa. Eu quero saber o que está acontecendo pra deixar você assim. Primeiro, sua atuação no sul me deixou preocupada e agora essa viajem de volta que não acaba nunca. — reclamou Lory.
— Conversaremos em casa! — bradou o rei exasperado.
— Sim, pai. — A princesa concordou relutante, com mais medo do que podia imaginar que teria.
Héctor quando escutou o rei gritando foi conferir o que aconteceu:
— Está tudo bem aqui? — questionou preocupado.
— Sim, está. — disse a Princesa saindo da tenda que fora feita para seu pai.
— Você não deveria se meter em assuntos que não lhe dizem respeito. — vociferou o rei.
— Tio, me perdoe. Mas estou preocupado. Você não tem sido você mesmo. — disse em voz baixa para que apenas o rei ouvisse e não os guardas do lado de fora.
— Você logo saberá o motivo. — proferiu frustrado. — Não sei o que eu fiz de errado nesses últimos anos para ter um destino desses. — contestou-se. —Me deixe sozinho. Vão logo conhecer a amiga dela. — ordenou.
— Sim, tio. Não sei o que está acontecendo, mas espero que não tome nenhuma decisão que vá contra sua dignidade. O tio parece estar em conflito consigo mesmo. — suspirou. — Apenas siga seu coração.
— Temo que dessa vez, eu não tenha essa alternativa. — ciciou o Rei.
Héctor assentiu, saíra da tenda do Rei e fora até o seu escudeiro, Matias. Avisou-o de que sairiam em seguida e caminhou até Lory que estava com uma carranca estampada em sua face.
— Meu pai lhe falou alguma coisa? — questionou Lory, preocupada.
— Apenas disse que não tinha alternativas. Que logo mais, saberíamos do que se trata.
— Espero que seja um assunto menor.
— Se fosse, seu pai não estaria assim.
— Eu sei. — sussurrou Lory, baixando a cabeça em sinal de tristeza.
Ela se recompôs logo em seguida, quando escutou o som dos cavalos se aproximando. Subiu em um dos cavalos e sinalizou para que seguissem caminho. Héctor fora a única pessoa que presenciou Lory em momentos de fraqueza, apesar de não serem frequentes, ele sempre estava por perto.
Seguiram o caminho por dois dias sem conversarem ou dormirem. Lory abria a boca apenas para comer e beber, sua cabeça estava cheia. Quando estavam próximos da casa de Minerva, Lory pediu para que seus cinco guardas e o escudeiro do príncipe ficassem para trás.
— Se derem mais um passo além disso, não serei capaz de garantir que vivam. — avisou.
— Príncipe, você disse que me manteria por perto o tempo todo. E se acontecer algo com você? — preocupou-se o escudeiro Matias.
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Guerreira Real
FantasyHá algum tempo, uma guerra entre a família real dividiu o Grande Reino de Triwland em dois, Triwland do Norte e Triwland do Sul, os dois reinos viviam em harmonia apesar de tudo, mas a doença cai sobre o Rei do Sul, o que faz com que as pessoas que...