2 - A convivência

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Depois que o Príncipe descansou o suficiente começou a anoitecer e o Rei o convidara para se juntar a eles no jantar, o que seria muito rude da parte de Héctor se o mesmo recusasse. Não que Héctor quisesse recusar, apesar da pouca idade, Héctor sabia do seu possível casamento com a princesa Lory e realmente achou que não seria de todo ruim esse acordo se desse tudo certo. O jantar estava sendo tranquilo, tinham apenas os três à mesa, mas Héctor ficou um pouco incomodado com o silêncio de Lory.

— Meu Tio, por acaso a princesa não é muda não é mesmo? — perguntou Héctor, querendo provocar a garota que parecia não se importar com a sua presença.

— Hahahaha! Não é, na verdade normalmente ela é muito falante, acho que a presença de estranhos a intimida um pouco. — disse o Rei, entendendo as intenções do garoto.

 Quem que está intimidada com isso? — proferiu Lory, irritada.

Está foi a primeira vez que Héctor ouviu a voz dela e em sua mente, comparou a sua voz, com a voz de um anjo.

 Então você fala? — perguntou a ela, sorrindo abertamente.

— É Princesa Lory pra você, Príncipe Héctor, dirija-se a mim com decoro. — respondeu, fazendo o sorriso de Héctor aumentar ainda mais.

 Ainda por cima tem um gênio forte. — comentou encantado.

 Você também acha? Hahaha! Eu vivo feliz com esse gênio dela, igual ao da mãe posso afirmar. — disse o Rei com o pensamento um pouco distante, lembrando de Gisela, que não pode lhes fazer companhia.

 Você tem sorte tio Abba, além de ser um colírio para os olhos, sua filha é muito espirituosa. — disse Héctor, encarando e admirando Lory.

 Quem é colírio pra quem garoto? Coloque-se no seu lugar. — diz ela, irritada.

 Hahahaha! Se o acordo for feito você terá muito trabalho sobrinho. — gargalhou com a acidez da filha.

— Tio, não se preocupe, eu adoro um desafio. — Héctor fala animado, mas a princesa Lory não entendeu do que eles estavam falando, ela não fora informada sobre seu possível casamento.

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Passara-se um ano que Héctor e seus mestres estudavam na biblioteca de Triwland do Norte e ainda faltavam muitos livros para ler e compreender. Héctor sempre tirava uma hora do seu dia para treinar com seus soldados e também tirava um tempo para passear com Lory, andavam a cavalo, passeavam no Jardim do Castelo, na cidade de Triwland e visitavam os vilarejos vizinhos. Ele também saía para caçar com o rei, além de sempre jantarem juntos, mas a maior parte de seu tempo era gasto na biblioteca do Castelo.

Lory passava a maior parte do seu tempo no campo de treinamento, já tinha passado da fase de ter aulas de etiqueta, mas mesmo assim sua mãe sempre lhe dava sermões sobre como se portar cada vez a via, todas as tardes, quando a Princesa decidia visitá-la na área restrita do Palácio, área destinada à sua mãe. Ela sempre lia durante a noite em seu quarto, então tinha bastante conhecimento, mas seu aprendizado era forçado, sua mãe a testava cada vez que a via.

Depois de um ano passando tempo ao lado de Héctor, já tinha se acostumado com a sua presença, mas sempre que podia o alfinetava com seu sarcasmo. O Rei Abba, ao lado de Gisela, observavam a filha e o primo, pensando se sua futura união seria viável, mas Gisela nutria ódio por Storm e disse ao seu marido para deixar que Lory escolhesse quando completasse seus dezesseis anos. E assim fariam, perguntariam a ela, quando chegasse a hora.

Reino de Triwland do Sul

O Rei Storm estava em uma audiência pública cuidando dos negócios do povo quando de repente sua doença resolve dar sinais, ele acabou tossindo sangue e desmaiando em seguida. Estavam muitas pessoas na sala do trono quando aconteceu, fazendo com que a notícia que o Rei Storm estava doente se espalhasse rapidamente aos quatro cantos, chegando aos poderes vizinhos e também aos saqueadores que visavam o reino. A Rainha Hanni então, escreve uma carta ao seu filho, informando ele do acontecido e pedindo que o mesmo retorne ao reino antecipadamente, o mais rápido possível.

Guerreira RealOnde histórias criam vida. Descubra agora