Thomas observava ela franzir a testa se concentrando completamente no movimento dos pés tornando o caminho oposto que a dança tinha que era apenas aproveitar, mas quando a chamou e ela levantou os olhos meio perdidos e meio furiosos, ele teve que se lembrar que precisava respirar. Andrea era única, bela e única, com o nariz despretensioso e arrebitado e com a boca grande que implorava para ser beijada.
Então, ele disse que eles eram iguais e ela era livre e eles dançaram como se os pés de Andrea tivessem sido trocados, era natural e sufocante. Durante toda o restante nenhum deles falou nada, ficaram se olhando. Se um dia Thomas acreditasse que não existe amor é porque estaria louco, cresceu com um casal que apesar de quem era se amavam até quando discutiam, seu pai e sua mãe se amavam isso era um fato até hoje, mesmo quando se fala no grande e severo falecido Duque de Freshire.
Ele sempre fora severo, mais com o próprio filho do que com as pessoas que trabalhavam ele, mas não com família, pelo menos não com Thomas, era amoroso com a esposa. Mas apenas de ter levado bons tapas durante a vida queria que ele sentisse orgulho e isso era o pior de tudo. O homem morrera quando ele tinha 13 anos e nunca conseguiu abandonar o pensamento do pai sobre o caminho certo a seguir, isso era frustrante para quem o pai já tinha morrido a muitos anos.
Contudo, o pai era horrível com ele, mas antes mesmo de ir a Eton sabia que amor existia. E ao olhar para Andy ele via que ela não o encarava com desejo procurando um marido rico com títulos, ao contrário da maioria das damas, queria alguém que a permitisse ser livre.
E ele sorriu largamente ao perceber isso, duvidava que mais alguma dama tivesse esse desejo no salão, liberdade, era estranho como só agora percebeu que ela não era livre como ele. O que era um ultrage, Andrea nunca poderia participar de corridas de cavalos, mesmo que isso fosse uma paixão como a dele, ela nunca sentiria a emoção de ver seus cavalos, pois as poucas corridas que damas pudessem ir era completamente comportada e sem apostas.
- Sinto muito. - Ele disse e Andrea franziu a testa de uma forma nada coerente as outras damas.
- Vossa Graça fez algo de errado que eu não percebi? - Ele assentiu e ela virou a cabeça levemente para a esquerda pensativa.
- A Senhorita ama cavalo de corrida, mas nunca pode ver uma corrida de verdade. - Se explicou, mas ela pareceu mais confusa.
- Eu já fui a uma corrida. - disse ela e ele negou com a cabeça.
- Não uma de verdade e eu sinto por não poder ver.- ela suspirou desviando olhar para o peito de Thomas meio perdida. - Gostaria de poder explicar, mas sem dúvida não conseguiria das juiz a emoção.
- Está tudo bem. - Ela lhe lançou um sorriso tentando esconder a tristeza. - Não pediria para fazer isso, muito menos pedir desculpas por algo que não é sua culpa. - e a música parou e os dois ficaram se olhando por alguns segundos.
Thomas pegou a mão de Andrea a colocando no cotovelo e seguiram para fora da pista de dança, ele realmente sentia por ela não poder ver, era grandioso e ela amaria, se conheciam a algumas horas, mas sabia que ela amaria a sensação. Ao saírem da pista de dança ela fez uma mesura em sua direção, assim como ele o fez.
- Se importaria se eu roubasse mais uma valsa com a senhorita? Sabe, impedir que pés sejam quebrados. - Ela revirou os olhos sorrindo, não era o ato de uma dama, mas ela achou encantador.
- Se tenho que quebras pés que seja o menor número possível. - Ela levantou o pulso e ele escreveu seu nome da última dança.
- Thomas! Finalmente o encontrei!
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A conquista do Duque
Historical FictionAndrea Mintuin não poderia ser considerada comum diante da sociedade que vivia, na verdade ela conseguia fingir muito bem, mas era óbvio para quem realmente a conhecesse que ela não fazia parte daquele mundo. Ela não foi a busca do amor ou de cas...