[Vol. I] Hold My Hand || XiCheng [EM CORREÇÃO]

13 ੈ┊surgery･:⊹.

– Então, Qinsu. – Meng Yao iniciou a sua frase pela décima vez naquele dia. – Hoje já é sábado, acho que você sabe que Xingchen pode ter alta!

A irmã mais nova assentiu, afinal ela que tinha feito Xiao acordar do coma.

Os dois irmãos estavam no quarto que Xingchen costumava ficar junto de Yao no hospital. Apenas esperando que Xingchen e Xue Yang voltassem da fisioterapia do mais velho. A-Qing estava junto deles, obviamente tagarelando sobre sua vida para Xingchen, que soltava uma risada ou outra, deixando o médico bem confuso, afinal ele era o único que via fantasmas ali. Song Lan se mantinha na cafeteria do hospital, esperando dar o horário, porque se tudo desse certo, Xingchen seria liberado hoje.

Guangyao falava e falava enquanto Qinsu escutava. Ela estava feliz de poder conversar com o irmão. Mas tudo acabou quando um enfermeiro e uma médica entraram no quarto.

– Qingyang, sabe bem que ele não vai acordar! Já foi um milagre Xiao Xingchen ter acordado! – o tal enfermeiro disse, fazendo Qinsu se levantar do sofá, totalmente preocupada. Ela conhecia os dois humanos que trabalhavam ali no hospital.

– Me chame apenas de Mianmian. – ela pediu, ao abrir a cortina e ir analisar o corpo de Mengyao como fazia diariamente. – Zhao Yi, somos médicos e temos que persistir até o último segundo.

– Mianmian! – ele falou alto, como se estivesse incrédulo. – Amanhã completará dois anos que ele está em coma!

– Não vou desligar a máquina dele, até fazer os exames novamente, irmão. Ele estava bem a seis meses, não tem o que ter mudado! – a garota disse respirando fundo e escutando os batimentos cardíacos do garoto em coma, com um estetoscópio.

– Certo. – o tal enfermeiro se acalmou. – Quer que eu prepare a sala?

– Vamos tirar um raio-x primeiramente, A-Yi. – ela olhou para o garoto o analisando. – Temos que ver o que foi alterado, ultimamente ele tem dificuldades respiratórias mesmo ligado aos aparelhos. Temos que ver se encontramos algum problema com o pulmão dele.

– Vou fazer isso. Mas antes de gastarmos tempo, quer ver os exames antigos? – ele questionou.

– Traga pra mim por favor.

– Certo, irmã. – Zhao saiu da sala.

– De repente eu não tenho chance de acordar. – Meng Yao quis chorar, mas ele não iria.

Qinsu parecia um pouco desesperada. A Jin apenas correu para o lado do corpo do irmão, começando a analisá-lo por si só.

– A-Su, calma... Eles vão ver se tá tudo bem comigo. – o garoto murmurou, vendo a irmã preocupada e a médica andando de um lado para o outro. – Caso eu não acorde...

– Você vai acordar! – a médica gritou, se virando para o fantasma, que na hora se assustou. – Me desculpe, com você falando eu não consigo pensar.

Ao dizer isso, os dois encararam a mulher.

– Eu vejo vocês. – ela suspirou, por fim se sentando no sofá. – Eu vi o que fez, Qinsu. Você seria uma ótima médica. – Mianmian elogiou, assim a garota-fantasma apenas assentiu como se agradecesse. – Guangyao, não se preocupe, irá acordar.

– Irmã eu trouxe os exames. – o enfermeiro entrou na sala.

– Esse é Zhao Yi, meu irmão mais novo, adotivo. – ela explicou pegando os papéis.

– Tem algum fantasma aqui? – Zhao perguntou e Mianmian assentiu sem dizer mais nada.

A médica se levantou, levando o papel de raio-x contra a luz para observar melhor. Rapidamente Qinsu correu para o lado dela e olhou também.

– Parece tudo normal... – Zhao Yi afirmou.

– Tem razão. – Qingyang concordou, mas antes que ela abaixasse o exame, Qinsu apontou para um ponto específico no pulmão. – Não tem nada aqui, Qinsu. O pulmão está perfeito. – a médica falou tentando enxergar.

Qinsu apenas bateu o dedo algumas vezes, como se pedisse para a médica olhar bem. A mulher mais velha aproximou o exame e então viu.

– Tem uma fratura-completa e complicada... – Mianmian sussurrou. – Zhao Yi, mande preparar a sala de cirurgia! – ela parecia feliz agora ao guardar o exame na pasta. – Obrigada, Qinsu!

– Uma sala de cirurgia?! Por quê, Mianmian?!– o enfermeiro perguntou agitado.

– Ele não estava com problema no pulmão! Havia uma parte minúscula quebrada de sua costela, que com o decorrer do tempo, o processo de cura fez com que ela se cicatrizasse errado. Então esse pequeno pedaço de osso estava quase perfurando o pulmão. Não sei como ele sobreviveu por tanto tempo! – a médica explicou rapidamente e saiu do quarto correndo, sendo seguida pelo o irmão.

– Você é demais, Qinsu. – o Jin sorriu minimamente, olhando a irmã que sorriu de volta.

– Voltamos! – A-Qing disse ao entrar no quarto, logo atrás vinha Xingchen em muletas, com a ajuda de Xue Yang.

– Como foi lá? – Guangyao questionou.

– Fui liberado hoje. – Xingchen sorriu.

Mas assim que Yao ia comemorar, entrou quatro enfermeiras de uma vez só no quarto, retirando o corpo dele dali, na maca.

– O que tá acontecendo? – Xue Yang perguntou.

– Diz pra ele que vou precisar de uma cirurgia de última hora, porque praticamente tem uma costela quebrada quase perfurando meu pulmão. – o próprio fantasma explicou.

– A-Yao acabou de dizer que vai precisar de uma cirurgia de última hora, porque tem uma costela quase perfurando o pulmão dele. – Xingchen repetiu.

– Melhor ligarmos pra Zixuan e Xichen? – Xue perguntou sugestivo.

– Apenas pro Zixuan tá bom. Eu e Lan Huan terminamos. – o Jin pediu.

– Só pro Zixuan. – Xingchen disse e sorriu ao ver Song Lan entrar. – A-Lan! – ele tentou ir até o Song, de muletas, mas estava cansado demais pelos exercícios recentes. Então ficou parado e Song Lan quem se aproximou.

– Oi. – ele sorriu minimamente.

– Você vai parar de me evitar? – Xingchen perguntou preocupado.

– Me desculpe por ter feito isso. – Song Lan disse.

E Yao logo se sentiu sendo puxado por Qinsu para fora do quarto, que também puxou A-Qing, indicando que aquela era uma conversa entre eles.

– Tudo bem. – Xiao sorriu. – Mas o que houve?

– Eu não sabia lidar com... – Lan ia dizer mas parou sua fala, assim que olhou Xue Yang. – Eu sou um péssimo amigo. – murmurou.

– Não! A-Lan, você não é! – Xiao logo interviu.

– Ele tem razão, Song Lan. – Xue Yang concordou. – Acho que você foi idiota por ter ignorado ele? Acho. Mas de forma alguma você é um péssimo amigo.

– Obrigado. – Zichen agradeceu. – Mas eu fui ruim.

– Idiota não é o mesmo que ruim. – Xue Yang disse rindo.

– Ei! – Song olhou indignado.

– Só vocês dois. – Xingchen riu. – Vamos arrumar minhas coisas, quero voltar pra casa!

– Certo. – o mais alto dos três concordou.