Love Me Like You Do

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Eu estava acordado há alguns minutos. O hábito de colocar o despertador para às cinco horas da manhã não mudava, nem mesmo quando não havia essa obrigação. Mas eu estava mais interessado em observar a mulher que dormia ao meu lado ressonando tranquilamente e baixinho. Cait parecia um anjo com aqueles cabelos ondulados caindo sobre o seu rosto e a mão apoiada no queixo enquanto sua respiração calma fazia seu peito subir e descer. Me ergui um pouco e fiquei observando-a por alguns instantes pensando no quanto eu era sortudo por finalmente tê-la ali. Os flashs da noite anterior ainda estavam vivos na minha lembrança. Estávamos incansáveis, como se tentássemos recuperar o tempo que perdemos com joguinhos e provocações baratas. Ela era muito mais do que imaginei e fazer amor com Cait foi sem dúvida uma das melhores coisas que já vivi na vida. Ela se mexeu um pouco e abriu aqueles olhos azuis lentamente, acostumando-se à luz fraca que vinha da janela do seu quarto.

Bom dia! – Eu lhe disse.

Bom dia! – Ela sorriu para mim e se esticou para me beijar. – Você estava me olhando dormir?

– Estava. Alguma objeção? – Perguntei também sorrindo.

A não ser o fato de você parecer meio maluco, nenhum.

– Maluco por você! – Puxei-a para o meu peito, onde ela se aninhou. – Ainda é cedo, podemos dormir mais um pouco.

Eu não estava pensando em dormir... – Ela deu um beijo no meu ombro. – Tanta coisa boa para fazermos.

– O que você sugere? – Ergui minha sobrancelha olhando-a desconfiado. Por uma noite apenas pude defini-la como uma mulher insaciável. Eu também não estava para brincadeira, afinal, a desejava muito e a toda hora.

Cait não disse absolutamente nada. Apenas me beijou sem se importar com o fato de que tínhamos acabado de acordar e então recomeçamos. Após a nossa transa matinal e intensa fomos tomar banho quando ela começou.

Não podemos deixar que isso interfira em nosso trabalho, Sam. – Cait falou de repente, após desligar o chuveiro. – Você sabe que por mais que a gente queira, não é permitido.

Eu sei. – Suspirei impaciente pegando minha toalha. – Já sei de tudo isso, Cait. Mas acho que somos adultos e podemos lidar com a situação.

Só saberemos quando voltarmos à Escócia e recomeçarmos as gravações. Não é fácil como você pensa. Não é simplesmente lidar com o fato de nos amarmos, mas com as consequências que tudo isso pode trazer para a série e para a nossa carreira. – Ela saiu do box e pegou a sua toalha. Eu já estava encostado na pia e devidamente coberto da cintura para baixo. Observei-a ali nua, a pele branca, os seios apontados pra mim como se me convidassem a prová-los com a minha boca, sua intimidade exposta sem nenhum pudor. Demoradamente subi o olhar para o seu rosto. Sua expressão era tensa.

Eu não quero parecer insuportável falando sobre isso a toda hora, mas é a verdade. Eu sei e você sabe. Então acho que o melhor que podemos fazer agora é não falarmos nada para ninguém. Nem nomear o que temos.

– E o que temos? – Perguntei já temendo a resposta e ela veio exatamente como eu esperava.

– Uma amizade com benefícios. –Ela deu de ombros enquanto se cobriu com a toalha e saiu do banheiro em direção ao quarto. – Não vejo o que nos defina melhor.

Against All OddsOnde histórias criam vida. Descubra agora