Knowing me, knowing you - Parte II

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Olá! Como prometido, trago aqui a segunda parte deste capítulo. Muita coisa acontecendo com nosso casal nesse começo de 2016, fico até zonza.

Gostaria de agradecer a todos pelas mais de oito mil leituras. Estou feliz demais com isso! 

E aproveito para dedicar este capítulo a Alê, Fabi e Maria Eugênia que super me ajudaram na pesquisa para escrevê-lo.


Boa leitura!



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Eu esperava qualquer coisa daquela reunião, menos o que Melissa disse que a Starz impôs a mim e ao Tony. Ele estava tão chocado quanto eu e pela primeira vez em todos os anos que o conheço vi que ele estava tomado pela raiva. Eu agora dirigia de volta ao meu apartamento e o silêncio que reinou dentro daquele carro era tão perturbador que eu tive vontade de sair correndo. Tony respirou fundo e eu sabia que ele estava ponderando o que ia dizer.

– Você sabe que eu devo a minha vida a você, Caitriona. – Ele falou finalmente quebrando aquele gelo que se tornava insuportável a cada minuto que passava. – Sabe que há anos atrás eu fui salvo por você, fui resgatado daquele estado deprimente em que me encontrava e só por isso eu lhe devo tudo.

– Você não precisa fazer isso, Tony. Eu sinto muito, eu estou tão perdida quanto você. – Eu disse e estava sendo sincera.

Nunca achei que me calaria diante de qualquer imposição, mas eles conseguiram fazer isso comigo. Os meus chefes marcaram uma reunião com a minha agente para discutir alguns passos que eu deveria tomar para afastar os rumores de um romance entre Sam e eu. Eu deveria aparecer acompanhada em todos os eventos que representavam a Starz e a Lionsgate, que ainda estava em processo de uma compra interminável. Para isso, algumas cláusulas foram adicionadas ao contrato que eu tinha assinado e agora, se eu me negasse, haveria rescisão contratual e o cancelamento da série. Eu não precisava falar nada a respeito, porque provavelmente o falatório surgiria no momento em que eu começasse a estar sempre com essa pessoa ao meu lado. Tony, como meu assistente e um dos melhores amigos que a vida me trouxe, foi a pessoa escolhida para tal coisa. Ele podia sim dizer que não queria fazer parte dessa sujeira, eu jamais o forçaria a embarcar nisso comigo. Finalmente chegávamos ao flat quando ele, após um novo silêncio, me falou sem rodeios:

– Cait, eu te conheço há muitos anos. Eu sei tudo o que você passou, sei o quanto você batalhou para estar no patamar que está hoje e ainda nem conseguiu tudo o que merece. – Ele abriu a porta da sala e nós entramos. – Eu... eu estaria perdido se você não me desse essa oportunidade. Eu acho que...

– Tony, eu já te disse que você não tem que aceitar isso. Eu nunca te cobraria qualquer coisa, eu fiz o que fiz porque eu quis fazer, porque você é uma pessoa incrível e eu não poderia ver você sofrendo. Acho que não temos dívida alguma.

– Você nunca me cobrou, mas eu lhe devo a minha vida. Nós podemos enfrentar isso e sair de cabeça erguida. Não será nenhum sacrifício para mim ser apontado como o namorado de Caitriona Balfe. Claro que a minha agenda de contatinhos dos boys vai diminuir e muito, mas isso não me importa agora. – Ele finalmente se permitiu dar um sorriso. – O que me deixou revoltado e cheio de raiva foi ver o quanto as pessoas acham que são donas das outras. O quanto essa empresa se sente poderosa ao determinar o destino dos seus funcionários.

– Eu sei exatamente como você se sente. – Falei me jogando no sofá. Estava exausta, como se toda a minha energia tivesse sido sugada. – Mas Tony, de verdade, não precisa.

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