Against All Odds

Losing My Religion

Olá, queridos leitores! Como estamos? Espero que todos bem! Trago um novo capítulo... er, não tentem matar a autora. Estou apenas retratando aquilo que o nosso casal de cachorrões aprontou ao longo dos anos. Ah, tem muitas mídias neste capítulo, todas vindas das redes sociais dos dois pimpolhos e algumas encontradas no Google, que ajudam a retratar alguns momentos.

Boa leitura!

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25 de dezembro de 2017, Monaghan, Irlanda.

Eu estava decidido a fazer tudo o que estivesse ao meu alcance por ela. Não haveria nada que eu não topasse, a resposta para ela nunca seria não e eu estava ciente de que isso poderia me levar a um lugar jamais esperado por mim. O nosso encontro há anos atrás não foi em vão. Nós nos amávamos, nos entendíamos, estávamos sempre a postos para socorrer um ao outro. Caitriona era, sem dúvidas, o melhor ser humano que cruzou o meu caminho e nada do que eu fizesse por ela seria o suficiente para mostrar isso. Mas quando conversamos naquela noite de Natal no jardim da casa dos Balfe, em Monaghan, eu quis descumprir a minha promessa. Havíamos ido longe demais e eu sabia disso. Ela também, mas estava tão decidida e tão apavorada que a única coisa que saiu de minha boca foi um "tudo bem". Aqueles olhos azuis que eram luz para o meu mundo estavam tristes, desolados e ansiosos, mas eu podia enxergar o amor pairando sobre eles. E era em nome desse amor que eu iria até o fim com e por ela.

Nos abraçamos e eu depositei um beijo no topo de sua cabeça, deixando que suas lágrimas molhassem a minha camisa e envolvendo-a em meus braços durante o tempo que ela precisasse. Virei-me para a porta de entrada da casa e vi Anne e Jim Balfe abraçados nos observando. O olhar de ambos era de gratidão por tudo o que eu estava fazendo por sua filha. Cait se afastou finalmente, me agradeceu mais uma vez e disse que precisava fazer uma ligação importante, que eu sabia bem para quem era. Anne se aproximou de mim.

– Isso não está certo, alguém vai se machucar muito no futuro, mas eu sou muito grata por tudo o que você está disposto a fazer por ela. – Senti mais uma vez o abraço caloroso que só as mulheres da família Balfe sabiam dar. – Deus os proteja hoje e sempre, querido!

– Senhora, não há nada o que eu não faria por Caitriona. Eu sei que isso não acabará bem, eu sinto que há um longo e tortuoso caminho a percorrer e que iremos perder o controle da situação. – Olhei para a janela da sala e vi que ela estava ao telefone. – Mas estou disposto a tudo por ela.

Anne assentiu e se retirou, me deixando sozinho com o meu copo de whisky e os meus pensamentos fervilhando. Sorri sem a menor emoção quando recordei um passado não muito distante. Eu precisaria me esconder novamente, não sei por quanto tempo, para poder viver algo que eu nunca pensei que viveria. Bem, não era momento para lamentar. Caitriona precisava de mim agora para alguns ajustes, mesmo que fosse noite de Natal, porque no dia seguinte embarcaríamos rumo ao desconhecido.

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06 de novembro de 2017, Glasgow, Escócia.

Eu acordei com beijos molhados em meu ombro. Abri os olhos preguiçosamente e encontrei o seu sorriso. Cait estava acordada, traçando os contornos dos meus músculos com dedos e lábios. Sorri para ela.

– Que bela maneira de acordar! – Eu lhe disse dando um beijinho na pontinha do seu nariz. Metade do seu corpo estava jogado sobre o meu e sua cabeça descansava em meu peito agora. – Bom dia!

– Bom dia! – Ela sorriu travessa e selou os lábios com os meus. – Ainda é cedo. Volte a dormir, amor.

Ouvi-la me chamando assim novamente fez com que meu coração errasse uma batida. Ali estava eu novamente, apaixonado e rendido por ela, como se pudesse ser diferente.