Olá! Só vou pedir hoje que não me matem, porque eu preciso continuar a escrever essa história e porque tudo vai se encaixar. Eu prometo! Amo vocês!
Boa leitura!
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Eu tinha tudo para estar radiante naquela noite. A première de Money Monster foi um sucesso, eu estava ao lado de três ídolos, Jodie, Julia e George, finalmente as coisas pareciam começar a fluir como eu desejava profissionalmente. Mas ainda assim eu me sentia sozinha em meio à multidão. Agora estava pronta para ir a mais um evento com o Tony ao meu lado. Ele parecia tão insatisfeito quanto eu, mas tentava me animar enquanto eu dava os últimos retoques no meu penteado para um jantar em Cannes. Por mais feliz que eu estivesse em ver os meus sonhos se realizando eu precisava dele a meu lado. Os meus devaneios tolos foram interrompidos pelo toque do telefone de Tony, que saiu dali para atendê-lo e voltou com uma expressão nada amigável.
– O que houve? – Coloquei o meu brinco e conferi mais uma vez o meu visual em frente ao espelho antes de me virar para ele.
– Melissa ao telefone. – Tony mexeu em sua franja e parecia muito impaciente. – Dizendo que precisamos de pelo menos uma foto juntos nesse jantar e que essa foto será divulgada.
– Tudo bem. – Eu disse desanimada.
– Cait! – Tony franziu o cenho e se colocou em minha frente. – O que fizeram com você?
– Por que a pergunta?
– Porque você geralmente não aceitaria isso calada.
– Não, eu não aceitaria. Mas eu estou exausta e isso é o que precisa ser feito. Eu não vou me desgastar, não hoje. Hoje eu estou num dos meus piores dias.
– Você sente muito a falta dele, não é?
– Não quero falar sobre isso. Tony, você poderia tirar uma foto minha?
– Claro que sim.
No corredor do hotel o meu falso namorado tirou uma foto que expressava exatamente o que eu sentia. Ao colocá-la em meu Instagram no dia seguinte, optei por um filtro em preto e branco; como minha alma se encontrava.
Então fomos ao jantar. Lá encontrei alguns colegas que não via a um bom tempo, incluindo um casal de amigos com quem tiramos a foto, Tony e eu. Obviamente em poucos minutos essa imagem estava circulando por aí, reforçando que eu estava agora bem acompanhada e não era pelo meu co-star. Era a nossa primeira de nossas poucas fotos juntos e Tony não fez muita questão de esconder que preferia estar em uma boate gay do que ali comigo.
Dois dias depois eu estava de volta a Glasgow, com uma saudade que não cabia em mim. Da minha casa, da minha gata, dele. Dele que não saía do meu pensamento nem por um decreto! No avião, com Tony adormecido ao meu lado, comecei a ver algumas fotos que estavam em meu celular. Todas em momentos descontraídos e íntimos. Uma foto dele dormindo com a boca aberta, que eu adorava mandar para ele desejando bom dia. Uma selfie nossa na cama, acabando de acordar. Um vídeo dele cozinhando sem camisa e usando um avental, ouvindo Backstreet Boys. Um mar de lembranças me invadiu no mesmo instante em que da janela do meu assento eu via algo raro: um avião na mesma altura do meu. Ali, acima das nuvens e sentindo saudades como eu jamais imaginei que sentiria de qualquer pessoa, eu lembrei do trecho do último livro que eu havia lido do poeta Khalil Gibran. Naquele momento eu estava certa de que tinha tomado a melhor decisão ao me separar de Sam. Ele merecia estar com alguém com quem pudesse ser visto, alguém que ele não precisasse esconder. Mas como eu poderia estar certa, se ao pensar nele com a Mackenzie, com quem ele estava montando uma narrativa agora, eu sentia o ar fugindo dos meus pulmões?
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Against All Odds
FanfictionDuas pessoas que jamais haviam se visto antes criam uma conexão rara e imediata quando se conhecem. Sam Heughan e Caitriona Balfe seriam apenas co-stars em uma famosa série, mas contra todas as probabilidades apaixonam-se perdidamente à primeira vis...