Can't Fight This Feeling

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Olá! Mais um capítulo quentinho dessa belezura de fic que eu amo escrever. Este capítulo em especial será dedicado a Maria Eugenia, a pessoa que sempre me socorre quando preciso de detalhes sobre o nosso casal preferido. Maria, obrigada pela paciência de cada explicação. Você é um amor. <3




Caitriona olhava o telefone pela décima vez aquela tarde. Nenhuma mensagem dele. Sabia que não deveria esperar nada vindo de Sam depois do que aconteceu em Paris. Os seus pensamentos a atormentavam de uma maneira que ela não estava gostando. Nunca deveria ter revelado os seus sentimentos por ele. Sam estava tão envolvido quanto ela, mas sua carreira era a sua prioridade naquele momento. Havia enfrentado muita coisa para chegar até ali e não assumiria o risco de deixar uma paixão levar tudo por água abaixo, embora soubesse muito bem que o sentimento em questão era outro. Estava mais do que agradecida à produção de Outlander que resolveu antecipar o recesso de final de ano, então quando ela e Sam voltaram da França um dia antes do planejado já estavam automaticamente de férias. Paris. Como pode ser tão idiota e ter deixado tudo aquilo acontecer? Eles estavam em clima de romance total e só não transaram porque o cavalheirismo às vezes irritante de Sam não permitiu. E quando ele a levou para jantar num "cruzeiro" pelo Rio Sena e ambos se declararam, ela fugiu. Poderia ter fugido realmente a nado se a água não estivesse congelante, seria muito mais digno do que ter pedido desculpas e se fechado em seu casulo. Ele não merecia aquilo de jeito nenhum, odiava lembrar a expressão frustrada de Sam quando ela disse que tudo era um engano e que eles não deveriam se relacionar. Nada estaria acima de sua carreira naquele momento e ele deveria pensar dessa forma.

" – Deixe que eu tome as minhas próprias decisões, Caitriona."

Ele lhe disse isso e os dois sequer tocaram a comida, ficaram calados o resto do tempo enquanto a música francesa ecoava e o passeio antes prazeroso se tornava uma tortura. Na manhã seguinte já estavam de volta a Glasgow quando receberam e-mails comunicando sobre as férias. Não se despediram, apenas entraram cada um em um táxi rumo a destinos opostos. Ela agora esvaziava a primeira garrafa de um vinho francês que ele havia dado de presente há dias atrás na cidade luz, sentindo-se tão sozinha quanto jamais estivera. Tinha feito amigos naquela cidade, mas só ele preenchia o vazio que vez ou outra aparecia para lembrá-la de que a solidão nem sempre era boa companhia. Só queria que ele estivesse ali para abraçá-la enquanto assistiam algum dos filmes que ela mais gostava e fazendo as piadas sem graça que só ele sabia fazer.

***

– Você colocou muita expectativa, cara. – Tobias servia mais um copo de whisky ao amigo. – E ela não correspondeu. Normal isso.

– Não é normal, Tobias. – Sam sentiu o líquido descer queimando por sua garganta. – Ela estava entregue, eu tenho certeza.

– O que te faz pensar isso?

– Ela disse que me amava no meio do Rio Sena, cara.

– Hum. E depois?

– Depois ela simplesmente travou e me pediu desculpas. Disse que agiu por impulso. – Sam revirou os olhos. – Que não deveríamos ter ido tão longe porque a nossa carreira deveria estar em primeiro lugar.

– Ela não errou. – Tobias o interrompeu.

– De que lado você está, Tobias? – Sam o olhou irritado.

– Estou do lado da racionalidade. – Tobias falou calmamente, sentando no outro lado da sala no confortável sofá. – Caitriona é uma mulher como nenhuma outra. Ela é brava, independente, fala o que pensa sem se importar com críticas. Não tem censura alguma. Ela não é do tipo de mulher que se cala ou abaixa a cabeça. Não estou aqui para te falar dos sentimentos dela sobre você, não é meu dever e nem minha responsabilidade, mas tenho certeza de que ela jamais falaria "eu te amo" para alguém da boca pra fora. Porém ela está priorizando algo pelo qual sempre lutou que é a carreira dela. Já conversamos muito sobre isso.

Against All OddsOnde histórias criam vida. Descubra agora