Zoro abriu e fechou a boca várias vezes, totalmente incrédulo com o pedido. Diante do olhar persistente e sério de Nami, ele começou a gargalhar alto. O rapaz deu alguns tapinhas no ombro da amiga, tentando se recompor.
— Não sabia que tinha se transformado em uma piadista, Nami. — ele começou a secar os olhos ainda úmidos pela crise de risos.
— Estou falando sério. — Nami bufou, rolando os olhos. — E não vejo a mínima graça nisso, imbecil! — a garota deu um chute no tornozelo do rapaz, o fazendo reclamar de dor pelo repentino ataque.
— Oe, calma... — Zoro a analisou por um momento, começando a se dar conta de que Nami não estava realmente brincando. Ela estava muito séria, embora o rapaz ainda estivesse atento à possíveis câmeras que poderiam aparecer a qualquer momento. — Não. — após um breve silêncio, voltou a responder, captando o olhar questionador da ruiva sobre ele. — Não vou te ajudar nisso.
— O QUÊ? — a garota o puxou pelo colarinho branco do uniforme e se aproximou perigosamente. Sua face havia se transformado totalmente, a expressão estava obscura e assustadora.
— Isso mesmo o que acabou de ouvir. Tá ficando surda, é? — Zoro não se amedrontou, decidido a peitá-la, como sempre fazia. — Não vou te ajudar com essa idiotice. — ele empurrou as mãos da garota para longe e se afastou, mantendo uma distância segura dela, dessa vez na tentativa de evitar outro chute que pudesse pegá-lo desprevenido.
Nami contou até dez, tentando se controlar antes que avançasse no pescoço do amigo e o estrangulasse no meio da calçada, na frente de todos que transitavam pelo bairro passional e calmo em que estavam.
— Já esqueceu que me deve a sua vida? — Nami abriu um sorriso convencido, cruzando os braços, de modo totalmente despretensioso.
— Você é doida? — rebateu de prontidão. — Não te devo nada, sua bruxa dos infernos.
Zoro soltou um longo suspiro. Continuar discutindo com Nami seria perda de tempo, tinha mais coisas para fazer, ao contrário dela que parecia totalmente empenhada naquela idiotice. O rapaz ergueu a mão direita, num rápido aceno de despedida, mas antes que conseguisse dar as costas para a ruiva ou tivesse a oportunidade de dar mais do que um passo, ela voltou a puxá-lo pelo uniforme.
Ele foi puxado com brusquidão pelas costas. Nami podia ser pequena e miúda perto dele, mas era uma garota bem forte, principalmente quando estava fula da vida.
— Onde pensa que vai, seu marimo de merda? — quando conseguiu segurá-lo, para mantê-lo parado, Nami postou-se na frente dele. Fitando-o com um olhar mortal. — Você vai me ajudar querendo ou não.
Zoro riu de nervoso, contrariado demais para dizer alguma coisa em voz alta.
— Vai me ajudar ou não te ajudo em nenhuma matéria. — deu o ultimato, voltando a mesma expressão convencida de minutos atrás. Dessa vez, Zoro não seria capaz de recusar seu pedido de ajuda, somente se fosse muito estupido e estivesse a fim de reprovar, de novo.
Zoro finalmente pareceu refletir sobre as palavras de Nami. Ele coçou o queixo, ainda pensativo. Odiava ter que admitir, mas estava em uma encruzilhada. A decisão que precisava tomar era difícil. Não podia simplesmente recusar e se ferrar nas matérias, a ajuda dela era crucial para que conseguisse passar de ano e se manter no time de futebol, mas é óbvio que a maldita bruxa sabia perfeitamente desse fato. A ruiva estava jogando sujo.
Merda! A maldita só sabia colocá-lo em enrascadas.
— Você sabe que o Sanji não consegue se manter focado em apenas uma garota, não é? Imagino que já tenha escutado rumores sobre ele na escola. — Zoro pontuou, deixando explicita sua opinião sobre o assunto. — É tolice tentar conquista-lo, a menos que queira virar uma corna na frente de todos...
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Nas entrelinhas
FanficNami precisava de ajuda para conquistar Sanji, sua nova paixonite colegial. Infelizmente a única forma que encontrou de se aproximar seria através de Zoro. Ele a ajudaria a conquistá-lo, certo? Afinal, havia pisado no próprio orgulho para pedir sua...