7.nana: "mamã?"

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Acordo com meu rosto sendo chutado pelo pé de Taehyung.

— Ai, o que-

Ele ronca.

Ronca muito alto. Parece literalmente um porco.

— Taehyung.

Outro ronco.

Levanto minha cabeça e o vejo agarrado as minhas pernas, babando no meu pé.

Olhando assim, parece que está tirando férias, e não fugindo da polícia.

— Eca.— faço uma cara de nojo.— Taehyung, para com isso! Levanta!

— Cala a boca.— ele me dá outro chute.

— Levanta.— bato meu pé no meio de sua face, fazendo-o despertar.

— Ô, arrombado.

— Anda.

Resmungando, ele rola para o outro lado e se senta na cama.

Eu levanto e olho as horas: oito e meia.

Não durmo por mais de oito horas há tanto tempo.

Sinto-me descansado.

Ontem à noite, depois que ensinei Taehyung a mexer no celular, ele ficou treinando e até baixou um joguinho, um tal de "Candy Crush".

Ele virou a noite jogando isso, já está no nível cento e vinte.

{...}

— Tá bom, Robson, e agora? Onde está o dinheiro?

— Num cofre, meu Deus. Já disse.— ele responde, terminando seu almoço.

— Seja mais específico, jumento.

— Me respeita que eu ainda sou o mais velho.

Taehyung olha em volta.

— Jin deixou isso na minha mala antes de virmos.— ele me mostra alguns papéis pequenos.—São anotações antigas de MS.

— De quem?

— Moon Saem, imbecil.— ele fala mais baixo.

— Ah, sim.

Pego os papéis e passo o olho por eles.

São rabiscos muito aleatórios. Números misturados com letras, polígonos, cálculos matemáticos... 

Uma bagunça.

— Isso é útil?— pergunto com ironia.

— Claro que é. Tudo é útil agora, Leleto.

Lanço um olhar de ódio por cima dos meus óculos escuros.

— Já tivemos essa conversa.

— Já, mas isso não vem ao caso. Consegue entender alguma coisa daí?

Volto a analisar o papel.

É confuso demais para mim.

Não consigo entender a primeira linha: " xis elevado ao quadrado menos seiscentos e quarenta e nove B ao lado do C".

Nunca fui bom em matemática, mas também nunca fui ruim.

Pensa, Jeon, pensa.

— O que seria o "xis"?— pergunto.

— O dinheiro, imagino.—respondo.— "Elevado ao quadrado"?

— Elevador, quarto andar, talvez. "Menos seiscentos e quarenta e nove"?

[LEIAM A ÚLTIMA NOTA] imprevisível; kth + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora