Capítulo 10

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"Então, sim, você está certa. Você não me atrai. É mais como se você me fascinasse."

Cretino Abusado - Penelope Ward & Vi Keeland

Cretino Abusado - Penelope Ward & Vi Keeland

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TOMÁS

Quando dá 13h30, estou com o carro da vovó estacionado em frente ao prédio da Laví, esperando-a descer. O Pingo, porteiro que eu tive que enganar para conseguir conversar com ela, acena para mim. Fico aliviado, por um momento. Ele ter me reconhecido e não querer me matar por ter mentido sobre a situação para bater na porta do apartamento dela, já diz muito.

Menos de dez minutos depois que estaciono, Laví passa pelo portão de entrada e entra no meu carro. Ela me pega um pouco desprevenido e dá uma batidinha na porta para eu destravá-la. Quando nossos olhares se encontram, com ela já dentro do carro, ficamos sem saber como nos cumprimentar, principalmente depois do jantar de ontem, no qual eu praticamente contei várias coisas importantes da minha vida para ela.

Laví decide por depositar um beijo rápido em meu rosto. Logo em seguida, trava o cinto de segurança, mas antes apoia sua câmera, o tripé e uma mochila no chão. Reparo em sua roupa. Ela está de saia jeans rasgado, com uma blusa coral de botões e gola. O contraste entre seu cabelo quase loiro e a cor da camisa está simplesmente estonteante, o que faz com que eu fique a encarando por tempo demais antes de dar a partida no veículo.

Por ser dia de semana e em um horário tranquilo, não pegamos trânsito até o outro lado da cidade. Em pouco tempo, estou estacionando o carro mais uma vez, só que na garagem da casa da minha vó, onde tenho ficado hospedado. 

Quando saímos do automóvel, caminhamos até a porta de entrada. Percebo que Laví está observando as diversas plantas espalhadas pelo corredor. Pego meu chaveiro e enfio a chave na fechadura para abrir a porta. Sua mochila está nas minhas costas e o equipamento de gravação está com ela.

— Meus avós não estão em casa, mas eles disseram para você se sentir à vontade. Vovó até falou que, se você estiver aqui ainda quando eles chegarem, ela vai preparar um café e um bolo — digo e abro um sorriso para deixá-la mais confortável.

— Que fofa! Vamos ver quanto tempo demoraremos para gravar, mas, de qualquer forma, fico lisonjeada. — Ela brinca e faz reverência. — A casa é perfeita, estou apaixonada!

— Espere para ver o quintal. Você acha que tem muita planta no corredor? — Ela assente e eu continuo: — Você ainda não viu nada.

— Estou curiosa, confesso. — Ela ri.

Fico tentado a estender a mão para que ela pegue e, assim, eu possa levá-la até onde iremos fazer o vídeo. Mas penso melhor e opto por apenas convidar para que me acompanhe até os fundos do terreno.

Quando chegamos à área aconchegante, Laví abre um sorriso enorme, como se o que estivesse vendo fosse algo mais incrível que ela já viu na vida. Tenho certeza de que sua risada seja capaz de iluminar o mundo inteiro. Ela está radiante e eu não consigo tirar os olhos de seu rosto.

Entre as Linhas Tortas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora