Capítulo 13

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"Eu não sabia que era possível... Eu não sabia o quão rápido seu coração poderia começar a bater por alguém que não era nada além de um estranho algumas semanas antes."

Eleanor & Grey – Brittany C. Cherry

 Cherry

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LAVÍ

Não tenho notícias do Tomás há uma semana, desde quando eu comentei com ele sobre um filme que estava assistindo e que me fez lembrar dele. Além de não responder essa mensagem, ele não entrou em contato para falar mais nada. Simplesmente deixou de conversar comigo. Talvez eu tenha passado um pouco do limite ao dizer que me lembrei dele... Ou talvez ele esteja muito ocupado escrevendo um livro novo. De qualquer forma, prefiro ficar com a segunda opção. Eu já imaginava que isso fosse acontecer, mas eu estava gostando de trocar ideias com ele, mesmo que virtualmente. 

Agora toda hora que meu celular apita, acho que é ele. Estou ficando um pouco paranoica com isso. Até a Ellen, que é a Ellen, está percebendo que estou sentindo falta dele. De acordo com ela, eu também estou apaixonada. Claro que ela está errada. Nós nos tornamos amigos e é exatamente por isso que eu estou com saudades. 

— A Cecí está esperando a gente no restaurante para almoçar. Você vai demorar muito no banheiro? Já é uma hora e eu estou morrendo de fome — minha amiga berra da sala. 

Faz alguns minutos que estou encarando meu reflexo no espelho e me perguntando o que há de errado comigo.

Decido acabar de trocar minha roupa e vou até minha amiga. Paro em sua frente e cruzo os braços.

— Já disse que você é chata? — brinco.

— Você diz isso toda hora, nem me afeta mais. — Dá de ombros e se levanta do sofá. — Podemos ir? 

Concordo.

Pego minha bolsa, calço minha sandália rasteira que combina com meu vestido florido e saímos do apartamento. 

Aceno para o Pingo quando estamos passando pelo portão, prontas para entrar no táxi que pedimos pelo aplicativo.

— Dona Lavínia, tem uma encomenda para senhorita — ele diz.

— Na volta eu pego, tudo bem? Estou atrasada agora — respondo.

Ele confirma e eu entro no carro.

Agradeço mentalmente pela Cecília, nossa amiga da faculdade, ter escolhido um lugar para almoçar perto do meu prédio. Além de a corrida do táxi sair barata, o restaurante é em conta. Ou seja, junta o útil ao agradável.

Menos de quinze minutos de trajeto e nós estamos, as três, sentadas à mesa, conversando sobre a vida pós graduação.

Não encontro com a Cecí há mais de um ano. Ela resolveu fazer um intercâmbio para Vancouver por doze meses e abandonou a gente aqui no Brasil. Faz pouco tempo que voltou fluente em inglês e com um marido. Essa foi a parte que mais me chocou. Ela se apaixonou por um aluno do mesmo curso que ela. Eu não faço ideia de qual país ele seja, mas estou feliz pela minha amiga.  

Entre as Linhas Tortas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora