A Nerd e o Popular

Uma nerd Apaixonada

Oi, Eu sou a típica nerd estranha! Uso óculos, não tenho estilo, e além de tudo, tenho uma dedicação para os estudos fora do comum. 
O cara por quem sou apaixonada é nada mais nada menos do que o meu melhor amigo, o garoto mais popular da escola. É por ser amiga dele que não sofro bullyngs desde o primário e acho que boa parte do que admiro nele é o jeito que me protege. Contudo ele só me vê como sua irmãzinha fofinha, e isso me tira do sério. Bom, fazer o quê? Nasci nada atraente e totalmente fora dos padrões de beleza. Sabe como eu sou? Baixinha, com alguns pneuzinhos, morena e com um cabelo ondulado rebelde que eu tento controlar usando um coque na maior parte do tempo porque trança ou coisa do tipo eu não faço ideia de como se faz. Odeio pintar unhas. Minha pele é marcada porque eu não consigo me segurar quando aparece uma espinha. Não uso maquiagem, pois meus olhos lacremejam sem falar no fato de eu não saber me maquiar. Minhas roupas são largas e masculinas. Num resumo, eu meio que pareço um garoto. Isso é meio triste... Enfim! Hoje eu acordei animada. Esse cara que eu falei que estou apaixonada disse que iria me buscar de carro hoje. Estamos indo para o segundo ano do ensino médio e agora ele tem idade para dirigir. Espero que ele busque os amigos do time de basquete para irmos juntos. Ah! Mais uma coisa sobre mim! Eu sou assistente do treinador do time de basquete da escola. Sabe, eu meio que não gosto de me destacar... e já basta o título de nota perfeita consecutiva no boletim que fica, para minha desgraça, pendurado na parede de entrada da escola junto ao armário de troféus. Bom, é vergonhoso, mas pelo menos estou localizada perto do troféu que o Rafael ganhou no torneio como capitão ano passado.

BUII!! BUII!! - escuto a buzina do carro e meu coração salta. Ele continua buzinando.

- PARA COM ISSO, SEU IDIOTA!! - gritou pela janela e ele começa a rir. - fazendo alvoroço logo pela manhã... - resmungo pegando minha mochila e andando apressada para a porta.

- Gina, tenha um bom dia! - meu pai passou por mim me dando um beijo na cabeça. Ele deixou a porta aberta então só ia fechar depois que já estava do lado de fora.

- Tô passando! - minha irmã mais velha passou como um raio quase metendo a porta no meu nariz.

- Ei, porca! Quase me acertou!

- desculpinha! - e foi em direção ao carro do nosso pai nada arrependida pelo que se desculpava.

Fui até o carro de Rafael e quando coloquei a mão na porta ele moveu o carro. Fui até a janela com minha expressão mais aterrorizante e disse:

- Quer morrer? - escutei a porta destrancando no instante então entrei.

No carro estavam os meninos do time, os observo por cima do ombro quando me sento.

- Bom dia! - disse simpática com um sorriso.

- Nossa, que mudança de humor repentina! Você é bipolar ou o quê? - Disse Rafael soltando uma risada e um dos seus amigos o acompanhou.

- Bom dia, chefe! - me disse Adam.

- Iai! - disse Mário com um "toca aqui".

- Fala aí, moça! - Marcos disse por último.

Me virei e olhei para frente.

- por que não estamos andando? - perguntei e Rafael levantou uma sobrancelha.

- Coloca o cinto! Na verdade... todo mundo colocando o cinto! - falou sério. Bem a cara dele agir desse jeito. Isso me fez pensar em uma cena de novela asiática em que o protagonista colocava o cinto na mocinha e...  - Ei! Coloca logo! - Rafael estava me encarando muito de perto. Meu rosto ferveu mas pela pele morena acho que não dá pra perceber. Ele suspirou ao me ver ainda perdida em meus pensamentos e colocou o cinto em mim. - Agora vamos! - disse ele depois de colocar o cinto em sí, então o carro andou. Por que parece que durou uma eternidade até que esse bendito carro se movesse em direção à escola?