Basquete

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- Não é pra tanto, Gina! - sussurrou ele vendo se alguém nos olhava curioso

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- Não é pra tanto, Gina! - sussurrou ele vendo se alguém nos olhava curioso.

- Desculpa. É que foi do nada. Quem é? - falei desanimada.

- Uma líder de torcida... E eu sei que é clichê então nem vêm com gracinhas! - falou ranzinza e em seguida escondeu a cabeça em seus braços na mesa.

- Calma, Rafa! Ela não gosta de você ou algo assim? Porque está desse jeito, afinal? - falei acariciando seu cabelo e ele virou o rosto para o lado.

- É que eu nunca tinha me apaixonado e nem sei se estou mesmo apaixonado. Estou com medo de fazer algo que vou me arrepender. E eu posso acabar descobrindo que sou péssimo em ser namorado ou posso descobrir que ela é uma péssima namorada e me traumatizar. - falou calmamente.

- ... É tentando que se descobre. Mas você pode descobrir primeiro se gosta dela ou não adianta nada. - Sério que estou apoiando ele com outra garota?

- Desde quando você dá concelhos amorosos? Já se apaixonou por acaso e eu não sei? - retrucou ele e eu pensei um pouco e sorri.  - Esse sorriso quer dizer "sim". - falou ele ajeitando a postura. - como você se sentiu?

- Eu Me sinto extremamente a vontade perto dele. Sei de cor cada traço, gravei a risada, quando toco nele minha barriga se enche de borboletas... Mas não de um jeito ruim e não tem nada a ver com gases! - dei risinhos no final e ele também. Em seguida ficou sério.

- Você disse "sinto", no presente... Tem algo a me contar? - chegou mais perto me encarando.

- N-nada m-mesmo! - gaguejei e ele sorriu de canto ainda desconfiado e a professora chegou.

Quando todas as aulas acabaram eu já estava farta do Rafael perguntar o nome do indivíduo de quem eu falava. Tão tapado! Nunca vai descobrir que era dele que eu falava.

Na quadra de basquete eu já fui até o armário arrumar os uniformes dos meninos e conferir alguns materiais na prancheta. Eu amo essa prancheta, estava com saudades da autoridade que ela me dá. A abracei por alguns segundos e voltei ao que vim fazer. A luz no armário estava com problema, liguei o celular para iluminar o papel e escrevi isso. Liguei a lanterna em seguida e comecei a anotar. Em alguns minutos escutei barulho de conversa na quadra, uma das vozes era do treinador então fiquei mais tranquila. Esses garotos são como gado, sempre precisam de um pastor pra organiza-los e não deixar que façam alguma besteira. Ano passado um deles prendeu o pé na cesta de arremessos e  quase chamamos uma ambulância. Idiotas! Acabando o que estava fazendo peguei uma vassoura para varrer a quadra. Normalmente os faxineiros não varrem nada além das beiradas e os bancos. Bom, eles fazem o que podem com o salário que recebem e o tempo junto à idade que têm. Sem falar que a desordem que eles deixam me dá uma tarefa que me dá pontos academicamente e me deixa em um mundo com rapazes bonitos, minha prancheta perfeita e horas livres pra mexer no celular ou estudar quando eles estão de castigo ( quase sempre). Mas quando não estão de castigo eu observo as jogadas já que na ausência do treinador eu que comando e sou muito boa o fazendo, por isso alguns deles me chamam de chefe, pois já viram no que eu me transformo quando não me obedecem... Nada amigável.

 Nada amigável

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