Borboletas

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Enquanto começava a varrer coloquei meus fones de ouvido e ignorei o treinador e os meninos que estavam na arquibancada discutindo

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Enquanto começava a varrer coloquei meus fones de ouvido e ignorei o treinador e os meninos que estavam na arquibancada discutindo. No começo eu ficava nervosa deles estarem me olhando fazer esse tipo de tarefa, mas hoje já me acostumei. Eu era bem mais tímida ano passado, principalmente com meninos. Quando me inscrevi nessa vaga as únicas razões que pensei foram 1) não aparecer muito 2) Rafael e 3) Não fazer nada enquanto eles treinam. Mas não é bem assim, afinal, eu não consigo ficar parada sem me dedicar. Foi assim que aprendi mais sobre o mundo do basquete. Um dos lados ruins desse ofício é o dia do mês que temos a participação das líderes de torcida. Os meninos ficam agitados como cachorros no cio. Eu fico chamando a atenção deles o tempo todo pois ficam observando as meninas se aquecendo. Ah, hormônios... quer dizer. Ah, safadeza...

- Vamos começar a nos aquecer, chefe! - disse um dos meninos e eu me afastei indo me sentar nas arquibancadas na primeira fila.

Depois de alguns minutos Felipe apareceu e se sentou ao meu lado observando o treino.

- E aí? Como foi a aula? - comecei a conversa.

- Chata, mas amei a pizza que vendem no refeitório. Ela fez valer meu primeiro dia de aula. - brincou colocando a mão na barriga.

- Que ótimo! Ela é realmente boa! Então, você entrou no clube de robótica?

- Não lembrei de escrever meu nome. Agora que você falou, vou ver ainda hoje antes de ir embora. Obrigado por me lembrar!

- De nada! Qual deles é seu irmão que você disse mais cedo? - então ele apontou para Mário.

- Eu conheço bem seu irmão! Ele veio pra escola no mesmo carro que eu hoje!

- Sério? Então você estava na carona. Ele veio com o capitão hoje porque o nosso carro deu defeito então nossa mãe levou na oficina. Ele se virou e eu me virei mais cedo. Vim de ônibus.

- ônibus é um bom transporte contanto que ninguém me tire do meu lugar. - comentei e ele concordou sorrindo e fiz o mesmo.

- Gina! - disse uma voz rouca um pouco ofegante que já percebi ser de Rafael. - Me ajuda um pouco? Estou em dúvida sobre uma coisa que o treinador falou.

- O treinador está alí... - antes que eu terminasse ele me puxou e fomos andando até o canto da quadra.

- É ele? - Disse sério.

- Ele o quê?

- O cara que você gosta! Eu te ví, você estava falando a vontade com ele e rindo. Está com as borboletas Agora? - ele tentou tocar minha barriga e eu bati em sua mão.

- Rafael, Para com esse interrogatório e vai treinar!! Depois conversamos! Presta atenção no basquete! - ele deu um passo pra trás e depois voltou.

- Eu não consigo... - falou manhoso e frustrado. - o que ele tem? Tem um limite para ser um amigo protetor!

- ANDA! - disse brava e ele voltou para o treino como uma criança emburrada. Raios, garoto irritante... Será que isso foi ciúme? Não! Para de se iludir, Gina, por favor! Revirei os olhos e voltei a me sentar.

 Será que isso foi ciúme? Não! Para de se iludir, Gina, por favor! Revirei os olhos e voltei a me sentar

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