Day P.O.V
O ano é 1760, meu nome é Dayane de Lima Nunes, tenho 24 anos, e posso dizer que não é nada legal viver no século 18, não quando se é mulher. Eu estou destinada a casar me com um homem que não conheço direito mas que meus queridos pais acham que há de ser o melhor para mim, e eu nem posso opinar e também nem sei se realmente gosto de homens. Deixe-me esclarecer melhor as coisas, meu pai é um homem bem sucedido, super reconhecido em alguns estados daqui do Brasil, pois ele trabalha diretamente com os governantes deste belo país, e minha mãe é minha mãe, aqui nós mulheres não podemos trabalhar, só servimos para fazer filhos e cuidar da casa, mas minha mãe tem suas empregadas então ela só lê, faz bordados e fofoca com suas amigas o dia todo, eu tenho uma irmã mais velha, Fernanda o nome dela, mas ela já saiu de casa, ela engravidou e nossos pais forçaram-na a casar-se imediatamente, nesse tempo ela tinha apenas 20 anos, mas não tiverá outra opção.
Hoje é um daqueles dias em que as amigas da minha mãe vêem para tomar chá e falar sobre a vida alheia, eu raramente costumo sair do meu quarto, já que também não posso estudar nem trabalhar passo o dia trancada lendo os livros, tocando piano e as vezes pintado, mas nesses dias eu faço questão de sair de meus aposentos, pois uma de suas amigas tem uma bela filha, Caroline dos Reis Biazin, uma bela jovem, ela é só um ano mais nova que eu, ela é completamente linda, ela tem cabelos encaracolados e ruivos, uma pele branca que parece uma seda, seu sorriso tão delicado e encantador, e seus olhos... Ah seus olhos!! Seus olhos são cor de mel mas eles são incrivelmente lindos, é como se carregassem as estrelas dentro deles.Ela é uma mulher tão inteligente, sempre que ela vem ficamos passeando no jardim, conversamos, comemos (ela ama comer e fica irritada se eu não a convido para um café) as vezes subimos para o meu quarto e eu fico tocando piano enquanto ela canta, sua voz é sem igual, ela tem uma potência que eu nunca vi na vida. Sempre que eu a vejo sinto algo estranho dentro de mim, gostaria de a proteger, de a abraçar e nunca mais soltar, as vezes tenho até vontade de beija-la, mas isso deve ser errado, nunca ouvi falar de mulheres que casam com outras mulheres, meu pai com certeza não aprovaria, é bem capaz de me mandar para um convento ou até me matar - Nego com a cabeça para espantar os pensamentos ruim mas nem precisa logo sou arrancada de meus devaneios com uma batida bem leve em minha porta.
– Quem é?
– Advinha - ouvi sua voz por detrás da porta
– Bem... Seria um ser humano de baixa estatura com cabelos de fogo? - Respondi de forma humorada
– Ha Ha Ha, posso entrar? - perguntou e logo eu fui até a porta para destranca-la
– Se eu não deixasse você entrar tenho certeza que você derrubaria está porta - Comentei e logo dei espaço para que ela adentrasse o meu quarto.
– Você não seria capaz de me deixar sozinha com aquelas dondocas fuxiqueiras - rimos
– Ah pequena não duvide de minhas capacidades
– Você que dúvida de minha astúcia e poderia muito bem levá-la comigo se ousasse me abandonar com elas, não sabes o quão convincente eu posso ser! - Respondeu de forma convencida
– Está bem, eu me rendo, sei como podes ser dramática. Então, me diga o que vamos fazer hoje? - sentei-me na cama enquanto ela se sentava em uma das pequenas poltronas que haviam no meu quarto
– Bem o dia está tão lindo, poderíamos ir no lago e fazer um pequeno piquenique, o que acha? - Disse fazendo uma carinha muito fofa
– Sabes que eu não gosto muito de ir ao lago - falei tentado não me deixar convencer com seus truques.
– Nós nunca saímos, sempre ficamos por aqui, vamos por favor, se você for minha mãe vai deixar e eu queria tanto ir lá - fez bico
– Está bem - revirei os olhos - mas só desta vez
– Magnífico - falou me abraçando - Então vamos logo antes que escureça e nossas mães não permita mais.
– O que eu farei contigo pequena garota? - Falei enquanto ela me puxava pelas escadas
– Me atura - sorri com sua ousadia
Quando chegamos na sala de estar minha mãe logo me deu um sorriso e eu cumprimentei todas as suas amigas
– Ah Carol, só você mesmo para conseguir tirar minha filha daquele quarto, a amizade de vocês duas é tão linda - Disse minha mãe
– Muito obrigada, mas a senhora sabe que sua filha é muito cabeça dura não foi fácil convencê-la, falando nisso, gostaria de saber se ela e eu poderíamos ir fazer um piquenique no lago? - falou dirigindo-se a minha mãe e a dela
– Ah claro, seria muito bom a Dayane sair um pouco de casa, respirar um ar puro - disse minha mãe
– Mãe?
– Por mim tudo bem filha, sei que a Dayane cuidará muito bem de você - Falou a Dona Rose
– Mas eu sei me cuidar muito bem sozinha - disse cruzando os braços e fazendo bico
– Agindo como criança quem vai acreditar? - Me pronunciei e todas riram e logo ela deu um tapa em meu braço
– Vão logo antes que eu mude de ideia
– Obrigada mãe, te amo, até mais - despediu-se
– Tchau mãe - Dei um beijo nela e me retirei.
Fomos até a cozinha preparar a cesta de piqueniques e ela estava toda animada, eu amava observa-la arrumando as coisas, ela estava com um enorme sorriso no rosto, realmente parecia uma criança, sem perceber eu também estava sorrindo.
– O que aconteceu para estares sorrindo feito uma boba? - questionou-me
– Eu estou rindo vendo você toda contente parecendo uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo
– Eu não sou uma criança, e estou feliz sim, chata do jeito que você é foi uma vitória minha ter conhecido lhe arrancar daquele quarto - Soou convencida
– Eu nem sou tão ruim assim, só não gosto muito de passeios, mas quando se trata de sua companhia impossível algo ser tão chato
– Você está dizendo isso para não parecer que está sendo obrigada a isto - disse me entregando a cesta
– Eu que irei carregar? - Questionei surpresa
– Eu arrumei e você carrega - me deu as costas e se retirou, logo fui atrás dela.
– Vamos logo
– Estou indo.
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Oi gente, essa é minha primeira fanfic dayrol então espero que vocês gostem, não sei se vocês entenderam bem o começo então ficaria muito feliz se vocês comentasse e votassem se estiverem gostando, beijos.
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Amor de Outras Vidas (Dayrol)
FanfictionDayane de Lima Nunes e Caroline dos Reis Biazin, Duas almas que se perderam ao longo de dois séculos mas que por ordem ou acaso do destino conseguiram se encontrar novamente. Essa fanfic vai se basear em vidas passadas! se vocês quiserem entender me...