Capítulo 2

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Carol P.O.V

Hoje é um dos melhores dia da minha vida, eu finalmente tomei coragem para me declarar para a Dayane, mas antes deixe-me contar quem eu sou e quem ela é.
Meu nome é Caroline dos Reis Biazin, tenho 23 anos e a umas duas semanas atrás descobri que eu terei de me casar com o Marquês Victor Carvalho Ferreira, por ordem de meu pai que era muito amigo do pai dele, e eu não queria me casar com alguém que eu não amasse, e é aí que Dayane entra na história, sua mãe é uma das melhores amigas da minha, Day é apenas um ano mais velha que eu, ela tem lindos cabelos negros, uma pela branca, ela era alta e estupendamente talentosa, sabia tocar piano, sabia pintar, uma mulher muito inteligente e um pouco fechada as vezes. Eu a conheço desde que somos adolescentes e eu sempre fiz muito gosto de passar tempo com ela, era divertido.

Eu não sei bem quando eu comecei a gostar dela, eu só gostei, a forma como ela me olha com aqueles olhos escuros que carregam uma imensidão dentro deles me conforta, eu sou capaz de me encontrar sempre que a olho nos olhos, e quando estamos a sós é como se não houvesse mais pessoas no mundo. É sempre nós duas, e eu sinto que é recíproco ou pelo menos tento acreditar que sim, pois ela me olha da mesma forma e eu quero acreditar que sim.

Day - falei assim que chegamos ao lago e nos ajeitamos na grama, num lugar bem reservado.

– O que houve? - me olhou confusa

– Eu queria te contar algo, mas eu não sei bem por onde começar - fitei a grama

– Que tal começar pelo começo? - sorri ao ouvir seu comentário

– Mas não é tão fácil quanto parece, por isso eu te trouxe aqui, esse é um dos lugares que eu mais amo e o que eu tenho que te falar é bem sério e não sei como irei fazer isso. - Comecei a ficar nervosa 

– Respira e fala - me motivou

– Está bem, eu descobri a duas semanas atrás que meu pai concedeu a minha mão em casamento para um Marquês chamado Victor Carvalho Ferreira - me interrompeu

– Já ouvi falar dele

– Assim eu vou perder a coragem - a repreendi - só que eu não quero me casar com ele pois eu não o amo.

– Eu também terei de me casar, porém ainda não conheço o meu pretendente - Fiquei mais nervosa com suas palavras

– Por isso eu preciso dizer isso logo para você, e espero que não estrague nossa amizade, mas eu sinto que - dei uma pausa - eu gosto de você Dayane - ela ficou espantada

– Mas tens certeza do que estais a me falar? - questionou-me porém o seu olhar estava um pouco mais esperançoso

– Deverás que sim - peguei em suas mãos - Não sei bem como começou, porém desde que estou ciente de meus sentimentos por você eles só aumentaram mais e mais - vi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.

– Ah Caroline, eu nunca pensei que fosse viver esse momento, pois eu também gosto muito de você - enxuguei suas lágrimas - se você soubesse o quanto meu coração acelera ao ver o teu sorriso, é capaz de sair pela boca!

– Eu quero passar o resto de minha vida contigo Dayane - logo seu rosto entristeceu

– Mas meu bem o que nossos pais hão de dizer? Isso é totalmente fora do normal, eles são capazes de nos separar, mandar-nos para bem longe

– Nós podemos fugir, eu tenho dinheiro guardo, podemos ir para qualquer lugar do Brasil, ou podemos tentar, nossos pais nos amam eles podem entender. - tentei lhe animar

– É que se não der certo, eu tenho medo de perder-te para sempre

– Nunca deixarei isto nos acontecer, para onde fores eu vou, e prometo encontrar-te sempre, nessa vida ou na próxima, em quantas outras tivermos! - Falei e logo selei nossos lábios com um beijo casto

– Nessa vida ou na próxima - fizemos juramento de mindinho

– Eu daria minha vida por você!

O sol já estava quase se pondo então resolvemos ir para casa, chegando lá nossas mães já estavam se despedindo quando eu tive uma brilhante idéia.

– Ah mãe - chamei-a para uma conversa em particular - Será que eu não poderia dormir aqui em Dayane?

– Sim filha, não vejo por quê não? Seu pai está vindo me buscar, eu aviso a ele - disse-me dando um beijo em minha testa - Só não faça nenhuma besteira, lembre-se que logo você se casará

– Ah mãe e que besteira eu poderia fazer? - rimos - muito obrigada

Ela  foi ao encontro de meu pai e eu fui ao encontro de Dayane que ficou um tanto surpresa pois raramente eu dormia aqui na casa dela e agora sabemos que nós gostamos ela deve está sentido um pouco estranha, será que eu estou indo rápido demais?

Não tem nenhum problema não é? - ainda nos encontravamos na sala

– Claro que não - disse meio desconcertada - Então, vou só avisar para minha mãe que você ficará

Foi até sua mãe e lhe explicou tudo, depois subimos para o seu quarto e ficamos deitadas na cama conversando até a hora do jantar.

Então Caroline, você também se casará em breve? - perguntou o pai de Day

– Ah sim senhor - falei voltando os olhos para a comida

– Ah que incrível, não é mesmo Dayane! - Disse dona Selma - e se seu pretendente chegar logo quem sabe vocês não possam fazer um casamento só?! Já que são tão amigas - concluiu

– Nossa, seria incrível mesmo - falou desanimada - bem, eu já estou satisfeita e acho que já vou pro meu quarto, você vem? - perguntou-me e eu assenti com a cabeça.

Subimos e eu fui me trocar, apesar de ter passado poucas noites aqui havia deixando algumas roupas minhas, terminei de me trocar e sentei-me na ponta da cama foi quando vi a Dayane saindo do banho toda enrolada, e eu pude repara e suas curvas. É tão estranha essa sensação de estar apaixonada pela sua melhor amiga, eu com certeza devo estar louca, porém não ligo. Não resisti, ela tinha acabado de por sua camisola, a abracei por trás e lhe dei um beijo na nuca e pude sentir seu perfume, cheiro de rosas do campo, logo ela se virou para mim e depositou um beijo suave em meu lábios, seu toque era tão delicado, como se não quisesse me machucar e ao mesmo tempo quisesse memorizar cada parte de mim.

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