Capítulo 15

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Pov Day

– Encontramos essa carta aqui lá embaixo, e queríamos saber se a senhora sabe da história dessa carta ou sei lá - digo me embolando nas palavras

Ela lê a carta e fica emocionada.

– Minha mãe já me falou dessa carta antes, ela foi escrita para sua tatatata e bolinha, avó! Lá pelos anos de 1760 - diz enxugando uma lágrima

– Essa avó que deu origem ao meu nome? - Carol perguntou surpresa

– Sim essa mesma - afirma e Carol e eu nos entre olhamos - minha mãe me contava que ela saiu do Brasil depois de um acidente que aconteceu, mas ela nunca me disse com detalhes que acidente foi esse, ela falou que essa sua avó estava apaixonada por alguém e não pode ser feliz com essa pessoa, então seu amigo a levou embora do país para protegê-la.

– Será que tem mais alguma informação disso nesse diário? - pergunto apontando pro mesmo em minha mão

– Talvez sim!! - diz

– Muito Obrigada mãe, vamos voltar pra salar para poder ler ele - Carol fala e me puxa imediatamente

– Okay, vamos lá. - digo abrindo o diário para começar a ler

" Já faz uma semana que eu saí do Brasil, eu e o Victor viemos para o Canadá, eu ainda choro todas as noites antes de dormir ao lembrar da morte de minha mulher, que por infelicidade do destino não chegou a ser minha por completo, o Victor me diz que eu não tive culpa, mas eu sei que tive a minha parcela, pois se não fosse por mim a Dayane nunca teria tomado aquele tiro, se eu não tivesse me declarado com certeza ela estaria possivelmente viva, casada e com filhos quem sabe! Tento seguir em frente com o Victor, ele tem sido paciente e muito mais amigável que antes, queria poder cumprir a vontade da minha day de sorrir sempre, mas sem ela aqui não tenho motivos"

– Minha nossa  já começou assim? Os dois pés na cara? - diz Carol interrompendo minha leitura

– Pelo menos já sabemos o que aconteceu, essa escritora não gosta de muita enrolação - digo ela ri

– Então minha avó era lésbica, estava apaixonada por uma tal de Dayane, porém não pode ficar com ela pois ela morreu com um tiro - fala tentando organizar as ideias

– Bem, é basicamente isso - digo dando de ombros

– Tá bem, continua então - fala e eu prossigo

" Sempre me pergunto porque não a ouvi, ela dizia que era perigoso assumir nosso namoro assim para nossos pais, mas eu queria tentar, até morta meu amor estava sempre certa. Hoje torço para o pai dela estar pior que eu, e aquele canalha do dreicon esteja num lugar para doidos, eles merecem ir para o inferno por terem tirado a vida da Dayane, eu mereço ir..."

– O que foi? - questionou-me Carol

– Bem, parece que ela começou a chorar pois está borrado essa parte - digo e a mostro

– Então passa a página e continua - ela manda e eu obedeço

" Já se passou um mês desde a morte da minha day, eu já não canto mais como antes, só por necessidade, mas minha voz sempre carrega o sentimento de culpa a cada som que reproduzo, acabei de descobrir que estou grávida, o que me deixa mais triste pois lembro de quando a day e eu ficávamos sentadas no jardim de sua casa, embaixo de uma árvore falando sobre termos filhos, como séria os nomes, como seria nossa família, onde viveríamos, essa lembranças me doem, e eu gostaria de poder arranca-las de meu peito, lembro que seus abraços eram como remédio que Sempre que eu estava triste me curavam na hora, desde a nossa adolescência era assim, era como uma fortaleza para mim"

– Nossa pelo visto o amor delas era bem intenso mesmo - falo

– Eu não consigo me imaginar vivendo sem a pessoa que eu gosto - diz e logo eu me arrepio toda, e sinto uma sensação estranha.

– Vai continua por favor

" Hoje nasceu minha pequena Olívia, ela é linda, seu sorriso me lembra o day e isso é engraçado, bem o sorriso do Victor e dela eram bem parecidos mesmo, ela nasceu com os cabelos encaracolados e escuros, seus olhos são apertadinhos igual o do Victor, ela é muito preciosa e eu já a amo de um jeito inexplicável..."

– Meu deus é minha mãe, eu tenho ir já está tarde - digo ao sentir meu celular vibrando

– Agora que ela tava falando da filhinha dela - diz fazendo manha

– Amanhã eu posso vir novamente, ou você pode ir lá em casa e continuamos que tal? - sugiro e ela parece ponderar um pouco

– Fechado, eu vou na sua casa

– Okay, não leia sem mim - falo e ela afirma positivamente com a cabeça

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Uuuu quero feedbacks, tão gostando?? Pq eu tô

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