|| 31. K E N D R A ||

4.3K 472 140
                                    

|| 31. K E N D R A ||

O toque do meu celular me faz acordar do meu estupido sonho de princesa, onde sou lindamente beijada pelo príncipe encantado e vivemos felizes para sempre

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


O toque do meu celular me faz acordar do meu estupido sonho de princesa, onde sou lindamente beijada pelo príncipe encantado e vivemos felizes para sempre. O quão estupidamente apaixonada eu posso estar nesse exato momento?

Muito, talvez?

— Que é? – Atendo, vendo minha foto com Abby na tela.

— Ui, quanta grosseria! Aposto que estava quase beijando o fofinho, após ele ter jogado bravamente, mesmo machucado só para vencer a partida hoje, sabendo que era importante para você. – Cantarola ela, do outro lado da linha. — Mas não é sobre os seus beijos que eu te liguei. Meus pais estão te convidando para jantar com a gente. Esteja aqui as 19h. – Reclama e eu me afasto de Vincent temendo que ele tenha escutado algo.

— Tudo bem, Abby. Estarei aí. – Encerro a ligação e o encontro me observando. — O que foi? – Ergo o queixo, desafiadora.

Vincent ergue as mãos em rendição, com um estreito sorriso no rosto.

— Vai sair? – Pergunta, como quem não quer nada.

— Sim. Por quê? – Vou até o meu guarda roupa e separo a roupa para poder me trocar após o banho.

São quase seis horas, preciso me apressar.

— Me leve com você. Não quero ficar aqui sozinho.

— Nem sonhando. Vou jantar com a família da Abby.

— Mais um motivo para eu ir. Eles gostam de mim. Na verdade, não conheço ninguém que não goste. – Brinca, me fazendo rir junto com ele.

— Não, Vince. Preciso respirar longe de você. Estamos colados um ao outro todo santo dia. Prometo que trago comida quando voltar. – Solto um suspiro pesado.

Não é que eu esteja cansada de tê-lo por perto, é a forma como reajo diante da sua presença.

A forma como fico desestabilizada com o seu sorriso charmoso, com suas atitudes que não condizem com a que um colega de quarto teria para com o outro, com nossas trocas intensas de olhares e os nossos quase beijos, que me deixam ainda mais esperançosas de que muitos ainda virão.

Vincent é como um daqueles personagens de livros que a gente sonha em encontrar, é tão maravilhoso, amigo, intenso, companheiro e carinhoso, que tenho medo de não ser real.

Além de contar com a participação especial da minha estúpida mentira, mesmo tendo minhas desconfianças de que ele já saiba.

Enfim, acho que tenho inúmeras razões para me afastar um pouco, mesmo não querendo.

— Tudo bem, abandone esse pobre doente, indefeso, passando fome. – Dá de ombros sentando-se na beirada de sua cama.

(...)

Minha Garota [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora