Aqueles Lábios - Hwang Hyunjin

Eunwoo confuses; eleven

Acordei e me encontrei sozinha na cama, o que me deixou confusa por breves minutos.

— Finalmente acordou! — Ayla entrou no quarto, me assustando e me tirado das paranóias. — Hyunjin quase me bateu para não vir te acordar porque disso que você não dormiu muito, mas eu nem precisei. — bateu palminhas. — Agora levanta!

— Pega meu short aí em cima da mesa?

— Mas você usou essa blusa extra-GG-maior-que-o-corpo-humano do Hyunjin ontem sem short ontem — Falou, me jogando a peça.

Ontem não tinha chupões na minha perna.

Vocês acham mesmo que parou depois daquilo? Dormir o caralho, isso foi a definição do Hyunjin ontem.

— Você está calada demais e com aquela cara… — Me olhou por completo, me analisando, enquanto vestia o short. — vocês treparam, né? — Tombou a cabeça para o lado.

— É.

— Hoje chove! — Praticamente berrou e saiu andando em direção a sala e eu, obviamente, fui atrás.

Os meninos olharam confusos para nós duas quando chegamos na sala.

— O que rolou? Por que ela tá com essa cara de psicopata e gritou lá em cima? — Eunwoo perguntou, olhando para Ayla.

— É porque a — Cobri sua boca de imediato.

— Eu recebi uma mensagem do meu pai enquanto ele estava bêbado, apenas isso. — sorri sem graça e fui em direção a cozinha.

Não era mentira, porém não era verdade. Eu recebi há dois dias, apenas não falei sobre.

— Amiga nem pra usar uma desculpa mais leve, todos os meninos fecharam a cara, acho que o Hoseok vai socar a parede. — Ayla chegou sussurrando e eu a olhei, terminando de beber minha água.

— Não é totalmente mentira, amiga, você sabe. E é só ódio temporário, logo passa. — deixei o copo sobre a pia.

Voltei para a sala com a minha melhor amiga, notando o clima tenso entre os meninos, menos Eunwoo, que estava perdidinho.

— Por que essas caras? — Me sentei no sofá ao lado de Hyunjin, os questionando pelas caras fechadas.

Hyunjin em um ato silencioso deu dois tapinhas em sua coxa, indicando para eu me sentar ali. Mesmo sendo ignorada pela pergunta anterior, me sentei em seu colo e logo senti seus braços envolvendo meu corpo e um beijo sobre minha bochecha.

— Ele realmente mandou ou foi só para a Ayla não sair surtando pelo o que rolou ontem? — Sussurrou em meu ouvido.

— Os dois — O respondi, baixo.

— Quando?

— Há dois dias, mas não se preocupe, Hyunnie. — Virei meu rosto e lhe dei um beijo desajeitado no nariz.

— O que rolou com o pai de vocês que eu nunca fico sabendo e vocês sempre ficam assim? — Eunwoo perguntou, parecendo ter juntado toda a sua coragem inexistente.

— Ele é um filho da puta, esse é o resumo. — Hoseok disse, abaixando a cabeça e pondo-a entre as mãos, respirando fundo.

— Mas eu sempre vejo o tio Jung e ele nunca pareceu isso… — Disse confuso.

— Aquele é o padrasto deles, Woo, por isso. — Chan o respondeu. — O pai está na puta que pariu, bem longe, graças a deus, mas por mim estava atrás das grades.

Eunwoo se assustou um pouco com o tom do loiro, até porque ver Christopher falar daquele jeito era raro. Achei melhor tomar a frente:

— Meu pai nunca foi de ligar muito para nós, sabe? Era bem idiota mesmo, por isso você vê que eu sou tão carente, não recebi muito dele quando criança e minha mãe era advogada. Ele ficava por nossa conta. Hoseok acabava virando meu ursinho de abraço — Brinquei, dando um sorriso pequeno. — Ele bebia muito a noite, por isso o Hoseok dividia quarto comigo antes e eu só dormia de porta trancada. Com meus sete anos ele chegou bêbado em casa, de tarde mesmo, e eu estava dormindo porque tive um dia cansativo na escola; Hoseok tinha ido buscar algo para tomar café na padaria, então eu estava sozinha.