5. Morango

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Mel acordou na manhã de domingo abraçada ao corpo de William. Ela levantou a vista para seu rosto e viu que ele estava num sono profundo, com a boca levemente aberta, respirando pesadamente. Ela olhou por baixo do cobertor e viu que ele estava nu como sempre. Não importa se está frio ou calor, William só dorme completamente nu. Apesar de está dormindo, caído por cima da barriga o pau dele ainda era de dar água na boca. Mel sorriu e mordeu o lábio lembrando-se das inúmeras vezes que acordou ele com um boquete. Ela colocou a mão por cima e fez carinho na extensão do pau dele. Desceu a mão mais um pouco e tocou nas bolas, o pau dele foi acordando com a carícia que recebia e Mel levantou o olhar e viu que William ainda estava apagado. Ele realmente deveria estar cansado pra não ter acordado com o estímulo que ela estava dando no pau dele que já estava erguido e bem duro entre seus dedos. Ela apertou os olhos suspirando de tesão. Quando William começou a se mexer, a coragem foi embora. E ela rapidamente saiu da cama em direção ao banheiro. Deu uma olhada pra ele, ele virou o rosto pro lado e continuou dormindo enquanto o volume estava lá levantando o cobertor. – Vc vai voltar a me querer... – Ela sussurrou pra ele e saiu do quarto indo em direção ao banheiro, preparou um banho de banheira pra ela. Afundou na banheira e ficou pensando no marido nu do outro lado da parede. O que aconteceu com ela pra achar que estaria atrapalhando se acordasse o marido pra fazer sexo com ela? Quantas vezes ele fez aquilo com ela e ela com ele? Era difícil responder essa pergunta. Depois que se casaram, o sexo matinal era diário. Um costume que eles trouxeram da lua de mel na Grécia.

Flashback on

Nove meses depois que se conheceram, William precisou fazer uma viagem de trabalho à França e convenceu Melanie a ir com ele. Passaram quatro dias lá, visitando os principais pontos turísticos de Paris. Melanie achou estranho que em nenhum momento William pareceu ocupado com trabalho. Eles se separaram apenas no terceiro dia, ela quis fazer compras e ele também disse que tinha coisas a resolver. No último dia em Paris, ele sugeriu que fizessem uma pequena viagem até o Vale do Loire que fica um pouco afastado de Paris. Ele a levou até uma fazenda chamada 'Jardin des Imbermais' onde os próprios clientes colhiam as frutas que pretendiam comprar. Lá estavam eles com uma cestinha nas mãos no meio de uma enorme plantação de morangos, prontos para começar a colheita. Melanie estava maravilhada com o vasto campo de morangos. Se abaixava pra colher e de vez em quando colocar um na boca.

Mel: Eu nunca vi tanto morango e nunca provei morango tãããããooo suculento! – Ela fechava os olhos de prazer enquanto mordia um. William a olhava completamente encantado com um sorriso bobo nos lábios. – Foi o melhor lugar que vc me apresentou.

William: Me faz lembrar vc... – Mel o encarou surpresa -

Mel: O que? O que faz lembrar de mim?- William se ajoelhou diante dela, deixando Mel ainda mais confusa.-

Will: Morangos... Morangos me faz lembrar de vc. – Ele a puxou pra ele com as mãos na cintura dela e encostou a testa na barriga dela. Mel sorriu ainda sem entender e bagunçou os cabelos dele, sentindo a maciez dos fios castanhos escuros escorregarem entre seus dedos. William cheirou a vagina dela por cima do vestido que ela usava, fazendo Mel pular num susto. – O seu cheiro e seu sabor... Vc tem gosto de morango. – Mel deu uma gargalhada e sentiu suas bochechas ficarem tão vermelhas quanto os morangos que ela havia colhido. William elevou o olhar pra Melanie e ficou alguns segundos vendo ela ri do que ele havia dito. Ele ficou sério e Melanie sentiu o coração pular em expectativa. – Vc é o doce que eu mais gosto. Eu quero provar vc o tempo inteiro. – Não era apenas o coração de Melanie que estava pulando, essa última frase dele a fez latejar forte entre as pernas, fazendo ela contrair seu sexo. 

William sabia o que estava acontecendo na calcinha dela e apesar de querer muito aliviar a tensão que ela estava sentindo ali, não podia deixar aquele momento escapar. Tirou uma caixinha da Tiffany & Co do bolso da calça, abriu a caixa mostrando o conteúdo a Mel. Era um anel de ouro branco com pequenos diamantes em todo o círculo e uma Safira solitária no topo. - Vc alimenta minha fantasia, não existe nada mais real do que eu sinto por vc. – Ele pegou a mão direita dela, depositou um beijo nas costas da mão e outro beijo no dedo anelar. Melanie não saberia dizer como ainda estava se mantendo em pé, sentiu um frio tão intenso na barriga ao ponto de sentir suas pernas se tornarem geleias. – Eu amo você, Mel e quero que se case comigo. – Mel olhava pra William sem acreditar no que ele estava propondo. A confusão de emoções no seu corpo a deixava incapaz de emitir algum som, os olhos de William brilhavam em expectativa. Ele começou a curvar os lábios num sorriso, encorajando ela. – Eu quero esse carinho que vc me faz o tempo todo, mas é claro que eu quero que vc também queira. Vc é meu sonho e minha alegria e eu quero ser tudo na sua vida. Então, Melanie Dorian, vc aceita se casar comigo? – Melanie segurou a mão dele o fazendo ficar de pé, abandonou a cesta de morangos no chão e se jogou nos braços dele gritando um sonoro SIMMMM!!!! William finalmente conseguiu respirar quando ela aceitou, e abraçou tão forte que a deixou sem ar. O riso dos dois era ouvido por outras pessoas que colhiam morangos por perto. Ele rodopiou Melanie e logo a colocou no chão. Ele estava tremendo de nervoso quando pegou a mão direita dela pra encaixar o anel, ele riu junto com ela quando percebeu que a mão dela tremia também. Quando é amor, simplesmente se sabe... se sente. Mel pensou enquanto ele encaixava o bonito anel em seu dedo anelar direito. E ela sentia. Estava apaixonada e simplesmente queria ser dele totalmente e para sempre.

Mel: Eu também te amo. – Ela sorriu largo e eles se beijaram selando a promessa de amor. O casamento aconteceu exatos três meses depois daquele dia, no dia que completou um ano que ele entrou na livraria. Mel preparou uma bonita e simples cerimônia na ilha de Jersey. Contou com a presença de todos que ela amava, inclusive do seu pai que veio da América para leva-la ao altar improvisado em frente ao mar.

Flashback Off 

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