16. Margot vai comigo

134 19 2
                                    


Amber - Amber Heard


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


William franziu tanto a testa, o impulso era dizer o óbvio: não! Mas... Por que eles não teriam filhos se isso sempre foi um desejo dos dois? Ninguém se casou enganado ali, filhos sempre foram parte do plano.

Will: É claro que não, Mel. – William disse impaciente – Eu jamais me arrependeria deste casamento. Por que vc está perguntando isso afinal? Pelo que eu lembro, vc sempre quis ter filhos. Isso mudou?

Mel: Não mudou, William. – Mel afastou o prato, pois sua fome havia sumido e seu estômago estava embrulhando o jantar que ela havia comido. – Vc me julga tão frágil ao ponto de não aguentar ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo? Ou vc simplesmente decidiu que era hora de ser pai sem ao menos se preocupar em saber se eu estou pronta pra ser mãe?

Will: Já tivemos essa conversa antes. Vc sempre quis ser mãe. Nós casamos. A ordem não é essa? – Mel levantou da mesa aborrecida. 

Mel: Talvez seja. Na sua vida e nos seus planos. Eu só vou ter filhos quando vc parar de me ver como uma esposa que vc comprou e começar a me ver como uma mulher e considerar os meus planos! – Mel deu as costas e saiu em direção ao quarto, William a seguiu. 

Will: O que vc quer dizer com isso?! – William aumentou o tom de voz conforme a seguia em direção ao quarto dos dois.

Mel: Exatamente o que eu disse, Will! Eu não sou um brinquedo seu para satisfazer suas vontades. – Ela se voltou para encara-lo quando estava no patamar superior e ele alguns degraus abaixo dela na escada – Se vc casou comigo pensando que seria assim, vc cometeu um erro. E eu também por não ter percebido antes! – Se virou e seguiu no corredor até entrar no quarto deles. 

Will: Não tem erro nenhum aqui! Nós dois queremos a mesma coisa! Se vc não quer agora, é só dizer. – Ele hesitou por um segundo e completou – Vou respeitar. – Mel o encarou. Procurou sinceridade nos olhos dele, mas tudo que viu ali foi desapontamento. Ela deu um sorriso irônico. Não podia culpa-lo por estar desapontado com ela, afinal, ela estava igualmente desapontada com ele. Ela deu as costas mais uma vez e foi ao banheiro. 

Passou pelo menos 15 minutos encarando seu próprio reflexo. Estranhamente não se sentia mais triste e a vontade de chorar havia sumido, o que ela sentia agora era um profundo vazio. Quando acordou do seu transe, Mel escovou os dentes e voltou ao quarto. William não estava lá. Ela achou melhor assim e foi se deitar.

William estava de volta à sala com a garrafa de uísque na mão mergulhado em seus próprios pensamentos. Não imaginou que depois de tantos anos juntos os problemas com Mel iriam aparecer. Mel tinha razão em uma coisa sobre ele: ele julgava que qualquer problema que surgisse a solução poderia ser comprada. Se está com tédio, viaja. Se tá infeliz, vai às compras. Por isso dinheiro sempre foi importante pra ele. Se deu conta que nunca teve muitos problemas na vida por que dinheiro nunca lhe faltou. Ele estudou nas melhores escolas, teve os melhores carros, fez todo tipo de viagem, teve muitas mulheres e se apaixonou pela única que nunca se importou com nada disso. Lembrou de quando se casaram, Mel quis uma festa super simples. Ele fez a vontade dela sobre o casamento, mas não aceitou a casa que ela escolheu para os dois. Era pequena e simples demais para o gosto dele. Então foi a vez de Mel ceder e encontrar essa casa que atendia as exigências dele.

Woolfs BookStoreOnde histórias criam vida. Descubra agora