It's Not a Question

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"É uma merda isso... Da avó da Pansy."

"É..." Disse Harry, evasivo, imaginando como Draco ficaria dirigindo apenas de óculos escuros, quando se deu conta que Draco não estava falando coisas que seriam censuradas em filmes de sessão da tarde. "Ahn, o que você disse?"

"Avó. Da Pansy. Morrendo." Falou o loiro, pausadamente, revirando os olhos, com um tom do tipo 'Oie-eu-tenho-um-amigo-retardado-chamado-Potter'.

"Oh, é. Uma droga, mesmo... Nós poderíamos visitá-la no hospital mais tarde." Sugeriu logo que Draco estacionou a Dodge na frente de casa.

"É uma boa."

Harry reparou que o carro dos pais estava estacionado do lado de fora, em frente à garagem. O que era um alívio. Sirius não os colocara em perigo mortal nem nada do tipo.

Draco se adiantou e tirou a chave cópia que tinha da casa de Harry e a abriu como se fosse o dono do lugar. Harry ergueu as sobrancelhas.

"Eu não deveria ter te dado essa chave." Retrucou, pensando que a chave teria muito mais utilidade se Draco fizesse visitinhas noturnas regularmente.

Draco abriu a porta e entrou, gingando o quadril, ou foi isso que Harry pensou ter visto. Abanou-se. Os hormônios estavam agitados, gritando 'Hey, Harry, tarde animada hoje então?'

Ora, quem dera que fosse.

Os dois entraram na sala e Draco estacou um pouco constrangido. Três pessoas estavam sentadas no sofá, conversando animadamente. James, Lily e Sirius.

Harry abriu um largo sorriso e se adiantou até os três.

"Harry, querido, como é bom encontrá-lo vivo!" Exclamou Lily, abraçando o filho. "Deixe-me me ver. Ok, nenhum corte, nenhum nariz quebrado, os mesmos cabelos pavorosos."

"Mãe." Reclamou Harry, revirando os olhos. Lily tinha uma rixa feroz com os cabelos de Harry desde a primeira vez em que tentou penteá-los e eles a desafiaram, permanecendo desarrumados. Às vezes Harry achava que ela iria passar-lhe a máquina no cabelo durante a noite.

"Como você está, filho? Tudo bem enquanto estávamos fora?" Perguntou James, dando alguns tapinhas no ombro de Harry.

"Tudo bem," Começou Harry, mas Sirius se meteu entre ele e o pai.

Sirius tinha os cabelos compridos até a metade das costas e os mantinha amarrados frouxamente, de modo que alguns fios caíam-lhe no rosto. A pele era bronzeada, queimada pelo sol e era difícil vê-lo sem a camisa colorida que faria qualquer um pensar que ele estava pronto para uma viagem ao Havaí.

"Ah, se vocês já terminaram com essa lenga-lenga, eu gostaria de abraçar o meu sobrinho." Falou, empurrando James e segurando Harry pelos ombros. "Harry, garoto, quanto tempo! Eu acho que a última vez que te vi você ainda não alcançava os meus joelhos!"

"Sirius, nós nos vimos faz dois meses." Retrucou Harry, revirando os olhos mais uma vez.

"Ora, tenho certeza que sim."

Harry quase sufocou com o abraço do padrinho. De onde raios tiravam as histórias de que os as pessoas ficavam mais fracas com a idade?

"E você, garoto, tenho certeza que já vi esses cabelos pintados em algum lugar." Disse Sirius, voltando à atenção para Draco, que crispou os lábios.

"Não são pintados."

"Esse não é aquele seu amigo, Harry? Que descia aquela lomba com você?" Perguntou Sirius, mas Lily respondeu por Harry.

"Mas é claro! Draco, como você cresceu!" Ela exclamou literalmente se jogando em cima de Draco para um abraço. Draco arregalou os olhos com uma cara de 'O que eu estou fazendo aqui? Socorro!'

Good riddanceOnde histórias criam vida. Descubra agora