And Dead Skin on Trial

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"Vai, vai, antes que ela nos veja." Harry foi empurrando Draco escada abaixo, enquanto olhavam para os lados, procurando algum sinal de movimentação.

Draco acabara dormindo na casa do moreno, até porque depois que Cherry apareceu – a expressão perversamente satisfeita – subiu no colo do loiro e dali não quis mais sair. No final, toda simpatia provou ser parte de um plano malévolo para morder a mão de Draco quando ele menos esperasse. Ela saiu rebolando do quarto logo depois do sucesso de seu plano, deixando para trás uma mão inchada e dolorida. Como efeito dominó, logo Harry tinha um ombro inchado e ainda mais dolorido, tudo porque não resistira e soltara algumas gargalhadas da expressão de ultraje do namorado.

Agora eles planejavam ir à casa de Pansy, consertar toda aquela confusão – que Harry precisava repetidamente afirmar ao loiro que nada tinha a ver com Cherry. 'Vou comprar um cachorro, ela vai ver.' Draco resmungara em certo momento, vingativo.

"Harry, você quer parar de empurrar..."

"Meninos!" Lily apareceu inesperadamente na porta da cozinha – ninguém jamais suspeitaria que ela estivesse esperando os garotos saírem da casa, claro – fazendo os dois pararem, como se pegos pela polícia, assaltando uma loja de brinquedos.

"Mãe!" Harry sorriu torto, olhando desesperançoso para a saída. Seria mais uma longa sessão de perguntas ao estilo 'como embaraçar Draco Malfoy' o programa preferido de todas as famílias – desocupadas. "Tão cedo acordada..."

"Cedo? Ora, Harry, já são quase onze horas da manhã! Venham cá, vocês dois, acabei de fazer umas bolachinhas." Ela indicou a cozinha e entrou nela em seguida.

Draco fez menção de seguir o cheiro dos biscoitos de chocolate, mas Harry o segurou pelo braço.

"Ainda podemos escapar." Sussurrou, fazendo um gesto em direção à porta. Draco revirou os olhos.

"Não seja tão dramático, Harry. Sua mãe é legal, e eu estou com fome. Depois de toda aquela atividade noturna..." Ele soltou, malicioso. Harry teve que concordar, estava faminto.

"É, vamos comer, então, mas não me culpe depois por ser essa máquina de fazer sexo e lhe deixar com fome, quando Lily começar com as perguntas e... ai!" Harry massageou a parte de trás da cabeça, onde Draco recém lhe dera um pedala. "Agressivo." Resmungou.

Eles entraram na cozinha, sorridentes, e logo os três começaram a conversar distraidamente. Draco precisava admitir, Lily era uma figura. Harry pensava que ele se sentia desconfortável com as perguntas indiscretas dela, mas ele se divertia, era fácil conviver com os pais do namorado, e ele não queria nem pensar como seria quando apresentasse Harry aos seus pais.

"Há algo que vocês não estão me contando." Lily disse de repente, sorrindo de leve. Ela terminou de guardar as coisas e se sentou em frente aos dois garotos. "Novidades?"

Harry franziu o nariz. Lily, estava comprovado, tinha uma bola de cristal, e nada o convenceria do contrário. Ele olhou para Draco, que deu de ombros, demonstrando não se importar nem um pouco com Lily saber sobre o pedido de namoro. Ela já sabia que eles tinham mais – bem mais – do que apenas amizade há um bom tempo, e nem ela, nem James se importavam.

"Estamos namorando." Harry falou, virando o suco. Era uma estratégia, manter a boca ocupada, para que fosse Draco a responder as perguntas que certamente viriam.

Lily bateu uma palma contra a outra.

"Mas já não era sem tempo! Quando foi? Onde foi? Quem pediu?" Ela analisou os dois. "Foi você, Draco?"

Harry parou de beber o suco.

"Por que você foi logo supondo que foi ele que pediu?" Indignou-se Harry. Lily fez uma expressão desentendida.

Good riddanceOnde histórias criam vida. Descubra agora