Elias acordou amarrado num acampamento, ao longe podia ver os elfos mexendo nos equipamentos que ele trouxera consigo para a caçada, suas espadas de aço e prata, sua pistola e sua pochete de poções, elixires, e granadas, pareciam especialmente intrigados em sua arma de fogo, dada a afinidade dos elfos com armas de longa distância, para sua sorte, Elias sempre carregava uma lamina no interior de sua manopla. Sofrer uma emboscada e ser capturado não era o plano mas lutar contra um lechen também não era então eu já deveria ter esperado algo do tipo, pensou ele enquanto tentava cortar a corda com a pequena lamina.
O bruxo percebeu uma movimentação entre os elfos e falas na língua antiga que indicavam a chegada de uma autoridade eles vão mesmo fazer um tribunal por eu ter matado o lechen? Pensou Elias quando estava prestes a se soltar das amarras, mas antes que pudesse terminar ele percebeu 2 elfos se aproximando dele.
- Levante, dh'oine, está na hora de ser julgado pelas suas ações.
Disse um dos elfos que o levantou, O bruxo escondeu a pequena lamina em sua manopla e fingiu estar bem amarrado para que fosse levado até o líder deles, seria uma luta difícil, mas o dinheiro valia a pena, ele pensou.
ao chegar no centro do acampamento com pouco mais de 10 tendas espalhadas de forma circular ao redor dar arvores, ele viu os elfos e anões que faziam parte dessa rebelião, eram cerca de 15 contando com os dois que o levavam até o líder, deviam ser 20 mais o líder antes de eu passar pelo flor da meia noite, pensou o bruxo enquanto era escoltado até o centro do acampamento onde havia uma tenda que parecia ter sido roubada de algum oficial nilfgaardiano e redecorada com alguns símbolos élficos e cores da floresta para camuflagem. Ao adentrar, o bruxo foi colocado de joelhos perante 3 não-humanos apesar de haver 4 cadeiras, elas estavam sentadas uma anã, um elfo aparentemente ancião e...
- Ora e não é que nos encontramos de novo, Elias de Teméria.
Disse a elfa com um sorriso torto no canto do rosto pintado com listras vermelhas no formato de garras, ela era a mesma elfa dona do bar que Elias foi antes de ir à guarnição para se informar do contrato.
-Você? Como uma dona de taberna é uma líder de rebelião scoia'tael
Um dos elfos deu um forte chute no rosto de Elias e Nathirra levantou a mão ordenando ele parar,
- Não estamos aqui para explicar nada a você, e sim para julga-lo pelo assassinato de não só nosso protetor, mas cinco dos nossos irmãos e um de nossos líderes.
Disse o elfo ao lado de Nathirra com a voz calma, mas de tom grave. Bom eu estou bem fodido, pensou Elias.
- Como você se declara, bruxo?
- Culpado, eu matei aqueles não-humanos primeiro pois o taverneiro me conduziu até a armadilha quando eu perguntei a respeito do contrato dos rebeldes, segundo seus "irmãos" tentaram me matar primeiro, eu apenas defendi minha vida e retribui o atentado para quem tentou me mandar a morte e...
A anã presente o interrompeu dizendo:
- Todo esse sangue, para que? Um punhado de moedas nilfgaardianas? Estamos lutando por nossa liberdade, seu mutante maldito, você sequer sabe o que é isso?
-Desculpe a resposta direta Sra., mas o meu povo também foi caçado e exterminado não faz nem 2 séculos, nossas fortalezas invadidas e nossos jovens e velhos assassinados, apenas por inveja. Então sim, nós bruxos sabemos o que é lutar por nossas vidas e pior, mesmo com tudo isso nós mantivemos a vida de proteger o mundo enquanto todos, até vocês, nos rejeitaram.
As pessoas presentes se calaram por alguns momentos, até que Nathirra continuou a dizer:
- E mesmo sendo tão similares conosco, ainda nos caçam como se não fossemos diferentes de grifos ou afogadores, por que disso, ó sábio e justo bruxo?
- Nós fazemos o que nós fomos criados e treinados para fazer, manter o equilíbrio no mundo, fazemos isso por ouro pois assim nos foi ditado, quem dita o que é o equilíbrio não somos nós e você sabe bem disso, da mesma forma a qual um escorpião não pode evitar picar o sapo, o bruxo não pode evitar de caçar monstros que ele treinou a vida toda caçar, pelo preço de seus serviços.
- Então segundo você, bruxos são escravos de seus instintos assassinos, sua ganancia e sua doutrinação pelos bruxos que vieram antes? Bom acho que falo por todos que tenho uma sentença adequada a sua condição e crimes. Você será nosso escravo pelo resto de seus dias, matara por nós quem ordenamos, fara toda vontade de sua mestra, que claro, eu serei sua dona. Alguém se opõe?
Houve um silencio na sala por parte dos colegas de Nathirra enquanto Elias dizia:
-Um bruxo não serve a nenhum mestre a não ser a si mesmo, eu não irei servir ninguém!
O bruxo, enquanto os não-humanos discursavam, conseguiu se libertar de suas amarras com a pequena lamina em sua manopla e usou aard para ganhar espaço entre si e os guardas, ele deu um salto mortal para trás e com a mesma pequena artéria carótida de um dos guardas, pegou sua espada e cortou diagonalmente o peito do outro guarda.
Quando Elias, já irritado com toda a situação olha para os chefes da rebelião ele para, solta a espada e levanta as mãos, do outro lado da sala estava Nathirra segurando sua pistola, as gargantas de seus colegas cortadas pela adaga que ela segurava em sua outra mão. Ela começa a rir histericamente e diz:
-HAHAHAHA Elias eu só tenho a agradecer a você, provavelmente aqueles dois teriam me impedido de tomar você para mim, imagine só, meu próprio assassino bruxo, os nilfgaardianos não vão ter a menor chance.
- E o que faz você pensar que eu simplesmente servirei você? Essa arma na sua mão é um artifício temporário, não pode se proteger de mim para sempre.
-Sim eu posso, GUAAAARDAS!!!!!! Ele matou os outros anciões e está tentando me matar, parem-no!
Ainda armado com a pequena lamina ele atira ela e acerta precisamente na garganta de Nathirra fazendo-a disparar a pistola, Elias se jogou no chão para proteger o projétil que acabou por acertar o peito do primeiro guarda que adentrou acabana em ''socorro" de sua líder, os outros 3 guardas ao entrar viram uma cena de assassinato com o bruxo jogão ao chão, ao tentar mata-lo tudo que conseguiram foi serem jogados para a longe por um aard.
O bruxo pegou a espada scoia'tael no chão e foi até o corpo de Nathirra recuperar sua pistola e resolveu que já estava farto dessa situação, ele iria terminar com aquela rebelião não importava o que estivesse em seu caminho. Ele pegou sua pistola e a espada que tirou de um dos guardas e saiu de dentro da tenda de guerra.
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Um Bruxo No Continente
FanfictionIsso é uma fanfic de The witcher que se passa algumas décadas depois do final do terceiro jogo da CDPROJEKT RED, nela eu faço lutas contra monstros acontecerem e meu protagonista tem alguns problemas, mas cá entre nós, qual seria a graça se ele não...