VII :NOS OLHOS DO MASSACRADO

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Estávamos tomando nossas cervejas tranquilamente, eu e meus dois irmão Eiselm e Limeb, quando vimos sair da tenda dos chefes o bruxo que havia sido capturado, nossa líder elfa havia pedido socorro havia pouco e pelo menos 4 elfos foram em seu resgate do que quer que fosse, pensei que ele havia sido contido mas não, lá estava ele, espada em punho e aquela coisa estranha que atirava metal, eu apontei a ele e gritei para meus irmãos quando ele fez um movimento com mão direita e eu pude ouvir um sussurro de uma palavra estranha "axii" foi o que ele disse, disso eu tenho certeza, tudo que eu sei é que depois disso eu me senti extremamente desorientado e depois furioso com meus irmãos, eu queria mata-los, eu levantei e fui até Limeb e pulei em cima dele estrangulando-o, Eiselm tentou me impedir mas com um único golpe rápido como um raio, a cabeça dele foi cortada pelo bruxo de tal forma que permaneceu no local até o corpo de meu irmão ir ao chão. Ao olhar para Limeb novamente, ele já estava roxo e morto, o bruxo me fez matar meu próprio sangue, eu senti o feitiço dele se desfazer, mas antes que pudesse ataca-lo, senti uma perfuração em minhas costas, a espada dele me atravessou perfurando o corpo de meu irmão e me prendendo junto de seu cadáver, eu senti meu corpo começar a formigar, sono, a visão escurecer e...

Estamos eu e meus irmãos de arco jogando uma partida de gwent e tocando nossas flautas quando ouvimos uma música familiar, era a canção que nosso colega mudo havia composto para sua amada, não era possível ele estar vivo, o bruxo massacrou o grupo dele, só podia significar uma coisa, eu olhei para meus colegas, as armas e poções do bruxo no fundo da sala, e disse:

- De alguma forma o bastardo escapou, não podemos deixar que ele chegue as coisas dele, Eingrarr pegue seu arco e venha comigo, Chumlol e Cimmin fiquem aqui e guardem essa tenda a qualquer custo!

Antes de eu me virar para tenda eu ouvi uma explosão perto, eu olhei para Eingrarr por instinto e vi ele cair no chão, um buraco em seu peito sangrando com muita intensidade, eu puxei meu arco e me preparei para disparar mas senti uma força repentina me empurrando para trás, eu caio e meu arco foi para o outro lado da tenda.

O bruxo entrou com apenas uma pequena adaga em mãos enquanto meus irmãos preparavam seus arcos rapidamente para atirar, eu havia ouvido boatos da precisão e velocidade dos bruxos, mas nunca pude imaginar que eles seriam capazes de desviar uma flecha usando anda a não ser uma adaga. Ele desviou da primeira, mas a segunda acertou seu ombro em cheio, ele cambaleou para trás, mas isso não pareceu o afetar, seus olhos, meu deus, seus malditos olhos de gato estavam sedentos de sangue e ele tinha uma expressão tão fria que poderia matar um velho humano de medo com um olhar.

O bruxo, antes que meu irmão pudesse preparar outro disparo de suas flechas o bruxo abriu e fechou sua mão como se estivesse jogando uma caneca de cerveja neles e labaredas saíram de sua mão incendiando as roupas deles, com essa distração ele deu um único salto que foi o suficiente para chegar ao outro lado da tenda, cortando a garganta dos dois com um único golpe.

Depois de toda carnificina ele percebeu que eu ainda estava vivo e consciente apesar de paralisado, eu não conseguia sentir nada do pescoço para baixo, eu achei que ele fosse me matar, mas não, ele se agachou na minha frente e começou a dizer

- Ei, você está acordado aí né? Pode ser interessante levar você se conseguir falar.

Ele me puxou pelos cabelos enquanto eu gritava e me jogou numa carroça que Limeb tinha roubado, me deixou lá até praticamente o amanhecer e quando retornou disse:

- Ok, cabeça dos chefes nos sacos, rabos de esquilos também nos sacos, tudo pronto para ir.

Ele tirou de sua pochete um apito e o soprou, mas nenhum som saiu dele, pouco tempo de pois o cavalo que eu suponho ter pertencido a ele veio, o bruxo acoplou a carroça na cela e seguiu viagem até a base dos nilfgaardianos malditos.

Um Bruxo No ContinenteOnde histórias criam vida. Descubra agora