Após sair da guarnição, Elias foi até a estalagem mais barata que encontrou e dormiu na carroça dentro do estábulo com framboesa, no dia seguinte ele definiu o próximo destino seria kovir, uma nação rica e normalmente com poucos contratos dado a alta população de magos, o que fazia mais preocupante a recompensa de 10000 coroas, a criatura já havia sido identificada como uma manticora imperial, a maior raça entre as manicoras, 3 metros de altura sobre as patas traseiras, corpo de leão com asas de morcego, cifres de cabra e uma cauda hibrida de leão com ferrão de escorpião com o veneno letal , essa não era uma criatura que um bruxo poderia derrotar sozinho facilmente. Por sorte de Elias, o contratante era um mago que estava disposto a dar suporte em combate contra a criatura, atitude muito rara entre os magos. Provavelmente ele deve querer alguma parte da manticora para alguma poção ou feitiço, quer tanto ao ponto de sujar as próprias mãos, pensou Elias.
- Framboesa, o que você acha? Estou receoso com esse mago e essa manticora.
Disse o bruxo que teve como resposta um relinche sorridente de sua égua.
-Pois bem então, a filial da guilda mais próxima é em Gulet, menos de um dia daqui, vamos lá Framboesa?
Com outro relinche sorridente, a égua aumentou a velocidade mesmo com a pequena carroça amarrada em suas costas.
Ao chegar em Gulet, Elias e Framboesa se dirigem a sede da guilda dos bruxos da andorinha, um casarão ao norte da cidade, quando chegam lá, são recebidos na entrada por uma herbalista de melelite e uma feiticeira, ele anuncia sua identidade e intenção de usar um portal para ir a Kovir.
Um portal capaz de transportar com segurança algo do tamanho de um cavalo com uma carroça e alguém o montando era difícil de se encontrar, porém mais de um mago vivia naquela mansão, era uma escola de feitiçaria mista, Elias passou pelos portões e logo pode ver os jovens aprendizes treinando feitiços e as feiticeiras os instruindo em suas artes, o bruxo passou brevemente pelos jardins da mansão e direcionou Framboesa para os fundos, onde o ritual de teletransporte seria feito.
Normalmente seria mais delicado um teletransporte pois uma série de variáveis teria de ser levadas em conta, mas como Elias estava indo para Kovir, aonde havia uma sede oficial da escola da andorinha no castelo que antes foi a sede da escola do grifo, aonde um ponto focal de portal existia para esses casos.
4 feiticeiras e magos se uniram num semicírculo e começaram a focar sua magia para abrir o portal, do outro lado já podia ser visto o interior do castelo, Elias deu o sinal para Framboesa passar e rapidamente ela cruzou o portal.
Ao chegar em Kaer Seren Elias foi recebido por alguém que há décadas não via, uma pessoa de sua vida antes de ser um bruxo, uma paixão de infância, seu nome era Elise e quando ele-a viu, ela era a única mantendo aquele lado do portal aberto.
- Olá Eli, já faz bastante tempo.
Disse ela com uma amanteigada voz e um sorriso de canto de rosto.
Elias ficou por um momento incrédulo que sua amiga de infância havia se tornado uma feiticeira e que ela sozinha estava mantendo o portal aberto, após a carroça de Framboesa ter passado totalmente, Elise desfez o portal e foi até Framboesa e Elias.
-Olá velho amigo, como tem passado nesses últimos 40 anos?
-Oi Elise, sabe como é, matando monstros, quebrando maldições, sofrendo dores que deixariam uma pessoa comum a beira da insanidade, o de sempre e você? Quando se tonou uma feiticeira poderosa dessas?
-Há sabe como são essas coisas, um tempo depois de você ter sido doado embora para os bruxos uma feiticeira sentiu minha força mágica e me comprou dos meus pais por algumas coroas, os 20 anos seguintes foram uma experiência bem entediante mas pelo menos eu não envelheço mais.
- Entendo, você vai estar ocupada por muito tempo depois daqui?
-Ah não, não, eu vim aqui só porque soube que estaria vindo por um portal para Kovir, queria vê-lo mais uma vez.
-Bom, pois estou prestes a ir a uma caçada e uma maga de seu calibre poderia ser útil, estou indo encontrar meu contratante próximo da divisa de kovir com as ligas.
- Na verdade não, seu contratante veio encontrar você aqui mesmo neste castelo.
-Como assim? Não vai me dizer que você é a contratante
-HIHII, sim Eli, eu mesma!
- Mas por que diabos você quer matar uma manticora imperial?
- Partes do corpo, veneno, um tapete novo para minha casa, o de sempre.
Elias percebeu logo de cara as claras mudanças na personalidade de sua antiga amiga, o poder que ela tinha havia deixado ela arrogante.
Lutar contra uma das espécies mais letais que já existiu no continente por um tapete? Isso é insanidade, pensou ele.
-Pois bem então, a recompensa se mantem?
-Sim claro, qualquer coisa da biologia de uma manticora imperial são extremante valiosas.
-... Ok, vamos.
Disse o bruxo abrindo espaço na sela para a feiticeira.
-Oh, que cavalheiro da sua parte, mas não há necessidade, eu trouxe minha própria montaria.
Elias mal havia chegado e já estava perdendo a paciência com a mulher que um dia foi sua amiga de infância.
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Um Bruxo No Continente
FanficIsso é uma fanfic de The witcher que se passa algumas décadas depois do final do terceiro jogo da CDPROJEKT RED, nela eu faço lutas contra monstros acontecerem e meu protagonista tem alguns problemas, mas cá entre nós, qual seria a graça se ele não...