014.

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𝕬 𝖓 𝖞 𝕲 𝖆 𝖇 𝖗 𝖎 𝖊 𝖑 𝖑 𝖞

── Que merda! ─ Sussuro 'pra mim mesma.

── Essa é a arena real, onde lutaremos. E no final, só um sairá vivo daqui! ─ Ele diz.

Olho em volta e vejo que ninguém está aqui e a arena é azulada e com uma borda infinita.

── Ok... ─ Murmuro e ele vem para cima de mim.

Ele tenta cortar minha cabeça mas eu desvio, indo para trás. Então ele da um giro, pega no meu braço esquerdo e tenta cortar mina cabeça, mas eu sou mais rápida e coloco a espada na frente, fazendo-as formarem um "x".

Ele fica de frente para mim e bem perto, vejo fúria em seus olhos, e a sede de vingança.

Ele fica de frente para mim e bem perto, vejo fúria em seus olhos, e a sede de vingança

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Faço força e o jogo para longe, fazendo assim, eu derrapar no chão.

Ele vem até mim e eu consigo fazer um corte em seu braço, ele me chuta e eu voo para longe, mas logo me levanto em um impulso, corro até ele, passo minha perna por debaixo de seus pés, mas ele da um pulo e consegue chutar minha barriga me fazendo desequilibrar.

Na hora que levanto ele joga algumas lanças em mim, mas consigo desviar delas, pulando e rodando no ar.

Na hora que levanto ele joga algumas lanças em mim, mas consigo desviar delas, pulando e rodando no ar

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Ele me passa uma rasteira e eu caio batendo a cabeça no chão.

Memorias e mais Memorias vem em minha cabeça, mesmo eu já tendo as recuperado. Minha infância, minha primeira luta, o nascimento de Belinha, quando conheci Kyle, quando lembrei de tudo, até estar aqui.

Uma série de coisas me fizeram parar aqui, no meu reino, na minha casa, que precisava de mim, da minha ajuda.

E eu tenho que fazer isso, pelas pessoas que perderam suas casas, pelas pessoas que perderam seus poderes, pelas pessoas que perderam familiares, pelo meu povo, mel e minha família, pelo Kyle.

Em um movimento eu me levanto, determinada a terminar com isso, determinada à voltar a ser como era antes.

── Isso tudo que você está fazendo é por inveja? Cobiça? Por que? ─ Pergubto ao demônio em minha frente.

── Porque seu pai tirou de mim a chance de me tornar alguém, à chance de não ser só o filho bastardo, à chance de poder ter minha vingança. Ele tirou TUDO de mim! ─ Ele diz e eu vejo raiva e mágoa em seus olhos.

── O que ele tirou de você? ─ Sussuro.

── MINHA FILHA! ─ Em um Flash sinto algo ser cravado em minha barriga.

Em um Flash me lembro dela... da filha dele.

Claire.

Meu pai me salvou ao invés dela, eles eram amigos, irmãos.

O ar me falta, a dor se faz presente.

── Ele tirou minha filha... ─ Ele sussura.

── É agora você... vai tirar a... dele... ─ Digo com dificuldade, e por um segundo, vejo arrependimento em seus olhos, mas que logo se esvaziam novamente.

── Igual ele fez comigo... ─ Ele tira a espada de minha barriga.

Respiro fundo, mas sinto como se meus órgãos estivessem em pedaços.

A espada está envenenada.

── Ele vai sofrer a mesma dor que eu! TODOS VÃO! ─ Trigon diz apontando a espada para mim e eu vitorioso.

Sinto uma corrente elétrica, um fogo, passando por cada corrente sanguínea. Uma sensação se esvai de mim para dar lugar à outra.

Raiva.

Como se um sino tocasse, me despertando, me levanto, cravo minhas unhas na palma de minhas mãos.

── Ele pode ter tirado sua filha de você, mas você poderia ter escolhido outro caminho... poderia ter escolhido ficar com A GENTE... comigo... tio... ─ Falo pausadamente, mas com a voz carregada de raiva.

── Eu não consegui. A dor foi tanta, que... eu não pude... não podia olhar para você, porque eu sempre lembraria dela. ─ Trigon se aproxima e eu também.

── Poderíamos ter cuidado disso juntos, como uma família... ─ Falo e um Sussuro.

── Nunca! Eu não iria deixá-los ver meu sofrimento e se aproveitar disso, porque a culpa foi de vocês... mais SUA do que dele... ─ Ele fala sinto uma pontada em meu peito.

── Mas não adiantou nada né? Toda sua vingança, só te trouxe mais dor, é talvez, um alívio momentâneo. ─ Falo erguendo os braços ─ A mesma dor que você sentiu... que você sente... você fez e refletiu em outras pessoas. ─ Digo baixinho, e vejo sua casca vacilar.

Nesse momento de distração, pego a espada e a finco no seu abdômen.

Ele vai caindo os poucos. Até estar completamente no chão, quase sem vida.

── Obri...gado... me perdoa, pede perdão para seu pai... ─ Ele sussura já sem forças e ar.

Vejo fechando os olhos lentamente, quebro seu pescoço, para sua morte ser mais rápida e menos dolorosa.

Uma lágrima solitária cai de meu olho, mas eu logo a trato de a enxugar.

── Eu te perdoo! ─ Digo sinceramente.

Vejo uma luz forte, branca, cobrindo tudo. E logo não vejo mais nada.

Depois de minutos, que parecem horas, abro os olhos lentamente.

Vejo que estou em um jardim com uma cachoeira cristalina, escuto pássaros cantando.

Olho para traz e descubro que estou no Jardim do Castelo.

Fico pensando no que teria acontecido se meu tio... Trigon... enfim, o que teria acontecido se ele não tivesse se revoltado.

Me culpo por não ter salvo Claire, ela era incrível. Uma garota maravilhosa, cheia de poder, forte, que exalava alegria, uma segunda parte de mim.

Queria ter feito mais por ela, por ele, por eles...

Me distraio dos meus pensamentos, com um barulho alto de risada na parte inferior do Castelo.

Vou até a porta, abro-a e tenho uma surpresa ótima.

✓│𝐎𝐍 𝐇𝐀𝐋𝐋𝐎𝐖𝐄𝐄𝐍 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora