Capítulo 1

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Era uma noite comum como todas as outras, os bares estavam lotados, pessoas dançavam e bebiam sem parar esquecendo até mesmos seus nomes. Entre essas pessoas estava Mitsuri Kanroji, uma jovem de cabelos coloridos e com o corpo superdotado.

A garota dançava sem parar jogando seus cabelos de um lado para outro esquecendo seus problemas e deixando suas mágoas de lado, ao menos naquele instante. O mundo parecia ter parado, somente para ela curtir a música, as luzes, bebidas e a conversa alheia.

Cansada de dançar a rosada resolveu fazer uma pausa. Sentou-se perto do balcão e logo olhou para o barman.

- Uma bebida, por favor! - a garota levantava a mão, chamando a atenção do barman.

- Para já, senhorita! - o mesmo sorriu e foi pegar a bebida.

- Nunca pensei que chegaria no ponto de vir para um bar sozinha - pega a bebida servida pelo funcionário do bar. - Nezuko...olha como você consegue me convencer. - murmurou sobre a amiga.

Ir sozinha para o bar foi ideia de Nezuko, melhor amiga da rosada. Mitsuri não sairia de casa de forma alguma, então, depois de muita insistência resolveu seguir o conselho de sua colega.

Aproveitou mais um pouco do bar, ficando totalmente suada de tanto dançar. Como trabalharia no dia seguinte, a garota resolveu deixar o bar naquele exato momento.

Já em casa. Mitsuri foi para o banheiro, tirou sua maquiagem para entrar no chuveiro. Tomou um banho demorado, com muita espuma, aproveitando a paz.

A mesma morava em uma grande casa de dois andares, comprada com a ajuda de seus pais em razão ao seu aniversário de dezoito anos. Toda residência era coberta pela cor branca, exceto seu quarto que tinha um tom de rosa claro. Tudo era decorado com objetos de cores alegres e destacadas.

Saindo do banheiro, já vestida com seu pijama-um conjunto rosa claro, com detalhes brancos-caminhou até seu quarto se aconchegando em sua cama. Apagou o abajur em seu criado-mudo e logo caiu no sono.

[...]

Caminhando calmamente pela rua, Kanroji atravessou para o outro lado assim que o sinal ficou verde, indo em direção a cafeteria onde trabalhava.

Chegava duas horas mais cedo, pois seu chefe sempre a mimava por trabalhar tão bem. O homem de meia idade acenou para a garota com um enorme sorriso e uma bandeja cheia de donuts em sua outra mão.

- Bom dia, Srta. Kanroji! - o velho homem disse.

- Bom dia, vovô! - abraçou o mesmo rapidamente que quase acabou derrubando a bandeja, mas Mitsuri usou seus rápidos reflexos e por instinto segurou a bandeja.

- Salva pelos dons. - o senhor riu.

- Desculpa...eu sou muito desastrada. - a garota disse envergonhada.

- Oh, não se preocupe! Isso faz de você uma pessoa ainda mais incrível e engraçada, vamos entrar. - ambos entraram na cafeteria.

Sentaram em uma das mesas limpas do café. O homem colocou a bandeja em cima da mesa e Mitsuri começou a comer com um enorme sorriso em seu rosto.

- Seus donuts são perfeitos, vovô! - a garota afirmou.

- Ha, é uma receita passada por gerações. - o homem se gabou.

Os dois caíram na gargalhada e nem perceberam a hora passar. A rosada olhou para seu relógio de pulso e arregalou os olhos com o horário.

- Minha nossa, o tempo passou muito rápido! - exclamou Kanroji.

- A propósito, eu contratei um novo funcionário hoje, ele se chama Obanai Iguro. Certifique-se de passar as informações para ele, - depositou um beijo na testa da garota e foi em direção a porta. - até amanhã, minha neta! - saiu.

Aquele era o dono do restaurante, adotou Mitsuri como neta assim que viu o quão bondosa ela é. Conseguiu entrar no coração do bom senhor com uma enorme facilidade.


A rosada se dirigiu até o vestiário feminino. Assim que saiu se deparou com um garoto de pele clara, olhos heterocromáticos de cabelo preto e curto. Encantada pelos olhos do garoto, Mitsuri o encarou até ele se pronunciar.

- Bom dia! Você deve ser a Mitsuri Kanroji. - disse o heterocromático.

- Ah, oi! Sim, sou eu mesma. - a rosada disse, saindo de seu transe. - seus olhos são lindos! - a garota sorriu ao dizer.

- Obrigada. - timidamente o garoto agradeceu.

- Bom, você deve ser o Obanai Iguro, o chefe me falou sobre você. Bem-vindo a cafeteria! - Mitsuri sorriu.

O coração de Iguro quase pulou para fora quando ouviu a garota falar seu nome e sorrir para ele. O sorriso encantador seria capaz de parar o mundo de qualquer um a sua volta, era doce e confortava qualquer um.

- Bom, irei te explicar um pouco sobre seu trabalho. - Kanroji disse pegando na mão do mesmo e o guiando até o vestiário masculino.

Obanai ficou parado em frente ao vestiário.

- Eu não posso entrar com você. - a rosada riu de si mesma. - seu uniforme deve estar no armário. Estarei no balcão se precisar.

- Ela é bem empolgada. - Iguro murmurou com o rosto avermelhado pela fala da garota. O mesmo entrou no vestiário, caminhou até seu devido armário, pegando seu uniforme.

Assim como dito o uniforme estava no armário com seu nome. O heterocromático pegou a muda de roupa e vestiu conferindo de todos os ângulos se não estava desajeitado.

- Olá! O que desejam? - Mitsuri perguntou. Segurava um bloco de notas e uma caneta aguardando os clientes fazerem seu pedido.

Kanroji anotou o pedido do casal e se dirigiu até o balcão. Iguro esperava por ela atrás do balcão.

- Creio que o chefe te contratou como garçom, eu sozinha não dou conta de tanta gente-sorriu para o mesmo.

- Ah, sim! Foi para isso mesmo-o garoto confirmou sem graça.

- Aqui, entregue essa comanda para os cozinheiros. - sorriu e entregou o papel para o mesmo.

- Claro! - Iguro caminhou até a cozinha. Quando passou pela porta deu de cara com dois garotos, um ruivo e outro loiro. Pareciam ser os jovens aprendizes.

- Você deve ser o novato, eu sou o Tanjiro! - disse alegre pegando a comanda de Obanai.

- Eu me chamo Obanai. - disse saindo rapidamente da cozinha.

- Você deve adorar me olhar, Obanai - a garota se aproximou. - sou tão bonita assim? - sorriu. Enquanto Obanai apenas corou.

- Que fofo! - a mesma o puxou para um abraço, ignorando o decote de seu uniforme.

- M-Mitsuri, está me sufocando! - exclamou Iguro, sentindo o ar indo embora aos poucos.

- Oh, me desculpe! - a mesma depositou um beijo em seu rosto, como um pedido de desculpas.

O Passado Retorna (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora