Capítulo 8

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A rosada havia se deixado aos cuidados da mãe, estava abalada demais para cuidar de si mesma.

Para ela poderia perder sua casa, emprego, até mesmo amigos, menos as crianças. Os pequenos eram tudo para a garota.

- Vamos comer, Mistu. - se aproximou com uma bandeja. - precisa de alimentar, querida.

- Estou sem fome. - Kanroji disse, com seus olhos inchados de tanto chorar.

- Não se desgaste tanto, você irá recuperar seus alunos. - tentava acalma a filha, que na verdade levou um susto pela mãe saber tal informação.

- C-como sabe?

- Aquele velho que te ajudou tanto... Te destruiu ao ponto de que todos sabem tudo sobre sua vida, minha princesa. - explicou.

- Eu confiei tanto nele, mãe... Tanto. - chorou ainda mais.

- Alguns conseguem nos enganar... Sh. - abraçou a filha. - mas eu estarei com você até o fim, não importa o que aconteça.

- Mas e a nossa briga?

- Está no passado, minha filha. Não quero perder contato com minha única filhotinha.

[...]

- Me respeite Kanroji! - gritava sua mãe.

- Me respeite? Olha o que você fez! Humilhou meu namorado! - gritou de volta.

- Não aumente seu tom, mocinha!

- Aumento sim! Você humilhou a pessoa que eu amava, como irei olhar para o rosto dele agora? - perguntou indignada.

Como resposta sua mãe depositou um tapa em seu rosto, a deixando cair no chão pela ação.

[...]

Minutos se passaram e ambas continuaram abraçadas, como se concersassem pela troca de calor uma da outra.

- Eu te amo, minha pequena. Me perdoe por te bater naquele dia. - a mulher se permitia chorar de arrependimento. - mas aquele garoto não te merecia, eu o vi beijando Daki.

- O que? - seu coração parou. - b-beijando a Daki?

- Sim, querida... Eu vi os dois, perto do pomar. - a mulher estava cabisbaixa.

- Os dois... Me traíram. - chorou ainda mais. - eu não acredito que fui traída praticamente na minha frente!

- Eu deveria ter te contado.

[...]

Mais tarde as duas andavam pela praça, os olhares de desdém eram visíveis pelas duas.
Aquele senhor havia comprometido a reputação da pobre garota.

- Me dói saber que preferiram acreditar em um velho imundo do que na minha doce garotinha. - resmungava a Sra. Kanroji.

- Eles apenas escutaram a mentira. - disse em um tom baixo. - não os culpe.

Continuaram caminhando até que e traram no mercado, dentro os olhares não mudaram. Mas encontraram quem não acreditasse no senhor.

- Mistu! - Zenitsu gritou. - você está bem? - se aproximou. - oh, não sabia que tinha uma irmã. - sorriu.

- Estou na medida do possível. E essa é a minha mãe, Zeni... - disse tentando segurar um riso fraco.

- Sou jovem assim? - riu. - obrigada pelo elogio, Loirinho.

- Mistu... Fique sabendo que eu não acredito no que as pessoas dizem sobre você. Estou do seu lado, está bem? - sorriu.

- Obrigada por dizer isso, eu agradeço. - sorriu levemente.

- É bom saber que alguém acredita na verdade. - a Sra. Kanroji disse. - muito bom por sinal saber que alguém prefere acreditar na verdade do que em fofocas! - aumentou seu tom para que todos no estabelecimento escutassem.

- Mãe, chega. - pediu. - vamos apenas comprar o necessário e sair, por favor. - a senhora apenas concordou.




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