Capítulo 21

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O dia amanheceu nublado, para a felicidades de alguns e para a tristeza de outros. As pessoas começavam suas rotinas cansativas no mercado de trabalho, enquanto outras aproveitavam o dia de folga.

– Bom dia, meu amor. – disse Obanai se certificando de que Mitsuri havia acordado.

– Desde que te dei a chave de casa parece que mora aqui. – zombou do namorado. – bom dia! – ambos riram.

– Estamos de folga, então... Gostaria de visitar seus alunos? – perguntou curioso.

– Eles não são meus alunos... Não mais. – uma tristeza se instalou no rosto da rosada.

– Aposto que nenhum deles gosta da Daki, meu amor. Vamos? – estendeu a mão para a rosada que a pegou sem hesitar. Um sorriso largo se formou naquele rosto que Obanai tanto amava ver.

Não demoraram para sair, em questão de alguns minutos ambos já estavam indo em direção ao centro comunitário.

– Que saudades deles. – a rosada dizia olhando para seus antigos alunos chegando ao lugar.

– Iremos recupera-los, mas precisaremos enfrentar a Daki. – sorriu nervoso.

Assim que entraram no lugar encontraram Daki, a pessoa que Mitsuri sonhava em não ver novamente.

– Posso saber o que fazem aqui? – aproximou-se. – que eu saiba Mitsuri não faz mais nada aqui.

– Todas as mentiras que armou com aquele senhor foram desfeitas, Daki. Pare de agir como se tudo estivesse magnífico. – as esmeraldas de Kanroji se encontravam em uma terrível fúria.

– Mentiras? Eu jamais mentiria! – exclamava para todos ouvirem. – e que eu saiba mentir não é um crime. – falava para somente Obanai e Mitsuri escutarem.

As crianças conversavam entre si, enquanto as que haviam chegado mais cedo estavam fazendo uma coreografia arriscada sem supervisão.

A mais velha dos alunos estava preocupada. Daki deveria estar vigiando tais crianças, mas era o oposto disso que a mesma fazia.

– Mana! – uma pequena loira gritou assim que viu sua irmã cair no chão e começar a chorar. – professora! – chamava Daki, que apenas abanava a mão em forma de um "espere, estou ocupada".

Kanroji assim que percebeu empurrou Daki, que caiu no chão, e correu até a garotinha.

– Pequena, onde se machucou? – abaixou-se na altura da garota.

– Lugar nenhum. Obrigada, Tia Mi. – a aluna sorria toda bobinha.

Mitsuri suspirou de alívio, as crianças podiam não ser dela e muito menos suas alunas, mas ainda sim guardava o amor por elas.

– Se afaste dos meus alunos! – Daki empurroi Mitsuri, mas foi segurada por Obanai. – vocês não podem vir aqui!

O ódio da atual professora de ballet era inexplicável, havia medo de Kanroji recuperar seu lugar. Daki havia se certificado de que a rosada não conseguisse entrar em nenhuma loja com a ajuda do antigo dono do café. Mas, parecia que uma brecha se abriu.

– Saiam! – gritou.

– O centro comunitário é um lugar público, Daki. – a rosada pronunciou-se. – eu não dou a mínima de você dar aula para as crianças ou não, mas creio que elas tenham uma opinião bem diferente. – se referia ao grupo de crianças com os braços cruzados para Daki.

– Vai novamente tirar tudo de mim? Não bastou meu primeiro amor e minha promoção? – pela primeira vez  sua voz estava embargada de lágrimas. – por que você consegue tudo que quer e eu preciso me rebaixar para conseguir algo? – encarava Mitsuri, enquanto suaa lágrimas escorriam. – nunca tivr sorte no amor, e quando me apaixonei essa pessoa sentia o mesmo pela minha melhor amiga... A promoção que deveria ser minha foi sua. Não bastou tirat tudo de mim?

– Eu não tirei nada de você, e nunca me contou sobre seu amado, Daki. Se me contasse eu jamais me envolveria com ele. – afirmou. – a promoção foi uma surpresa até para mim, nunca imaginei que iriam me promover. – suspirou. – Daki, eu não queria ter perdido sua amizade. – a rosada falava em seu tom mais sincero. – eu sempre te considerei, e ainda considero, uma irmã. Por favor, vamos deixar o passado de lado. – pediu. – podemos ensinar ballet para as crianças juntas. – sorriu.

Com os olhos cheios de lágrimas e arrependimentos, Daki lançou-se nos braços da rosada. Pedia desculpas incontáveis vezes, ela realmente queria voltar ao passado e apagar suas más escolhas.

– Esqueça isso. Eu já esqueci. – ambas riram. – acho que as crianças também querem te abraçar. – se referia ao grupo que rodeava as garotas e logo abraçaram as mesmas.

– Eu também vou entrar nesse abraço. – brincou Obanai que aproximou-se de Kanroji, abraçando-a.





O Passado Retorna (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora